tag:blogger.com,1999:blog-43232957159123000282024-02-19T12:42:04.928-03:00Evolução SustentávelMariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.comBlogger246125tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-49961046812700852852013-08-08T22:51:00.001-03:002013-08-12T21:43:46.035-03:00Monsanto e Syngenta recebem o Nobel da Agricultura <br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;">
</span><br />
<div class="separator" itemprop="description articleBody" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVvnG6y1nlEwft3zqwGzLo7Z9UPkPvR08ygObwwfDYp2P0J2iB9EAhU9T8yEmj1ktQeXH1gAH2pkPdp1_X6_gVwdn6QR_tAZuoJn4tOydUonuIg1W1jsxjyJCq2LdlKIpS6aJiFb-Ej9jU/s1600/coisas+sobre+a+fome.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="background-color: black; color: #cccccc;"><img border="0" height="452" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVvnG6y1nlEwft3zqwGzLo7Z9UPkPvR08ygObwwfDYp2P0J2iB9EAhU9T8yEmj1ktQeXH1gAH2pkPdp1_X6_gVwdn6QR_tAZuoJn4tOydUonuIg1W1jsxjyJCq2LdlKIpS6aJiFb-Ej9jU/s640/coisas+sobre+a+fome.jpg" width="640" /></span></a></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="color: #cccccc;"><br /><span style="background-color: black;"></span></span></div>
<div class="separator" itemprop="description articleBody" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #cccccc;"><br /><span style="background-color: black;"></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<b><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">"A sociedade compõe-se de duas grandes castas: a dos que têm mais comida do que apetite e a dos que têm mais apetite do que comida." , Nicolas Chamfort</span></b></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<b><span style="font-family: inherit;"><br /></span></b><b style="background-color: #eeeeee;"><br /></b><b style="background-color: #eeeeee;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;"><a href="http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=76213">Quando se premia aos que geram fome</a></span></b></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="font-family: inherit;"><br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;"></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: #cccccc;"><span style="background-color: black;">Vivemos em um mundo ao contrário, no qual se premia as multinacionais da agricultura transgênica enquanto acabam com a agricultura e a agrodiversidade. <b>O Prêmio Mundial da Alimentação 2013, o que alguns chamam de Nobel da Agricultura, foi concedido este ano para os representantes da indústria transgênica: Robert Fraley, da Monsanto e Mary-Dell Chilton, da Syngenta. O terceiro premiado foi Marc Van Montagu, da Universidade de Gante (Bélgica). Todos eles distinguidos por suas investigações a favor de uma agricultura biotecnológica.</b></span></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="font-family: inherit;"><br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;"></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">E me pergunto: Como pode ser que se conceda um prêmio que, teoricamente, reconhece "as pessoas que têm feito avançar (...) a qualidade, a quantidade e o acesso aos alimentos” aos que promovem um modelo agrícola que gera fome, pobreza e desigualdade. <b>Os mesmos argumentos, imagino, que levam a conceder o Prêmio Nobel da Paz aos que fomentam a guerra. </b>Como diz o escrito Eduardo Galeano, em seu livro "Patas arriba” (1998), "se premia ao contrário: se despreza a honestidade, se castiga o trabalho, se recompensa a falta de escrúpulos e se alimenta o canibalismo”.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="font-family: inherit;"><br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;"></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;"><b>Querem que acreditemos que as políticas que nos conduziram à presente situação de crise alimentar serão as soluções; porém, isso é mentira. A realidade, teimosa, nos demonstra, apesar dos discursos oficiais, que o atual modelo de agricultura e alimentação é incapaz de dar de comer às pessoas, cuidar de nossas terras e daqueles que trabalham no campo. Hoje, apesar de que, segundo dados do Instituto Grain, a produção de alimentos multiplicou-se por três desde os anos 60, enquanto que a população mundial desde então apenas duplicou, 870 milhões de pessoas no mundo passam fome. Fome, pois, em um planeta da abundância de comida.</b></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="font-family: inherit;"><br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;"></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) reconhece que nos últimos cem anos desapareceram 75% das variedades agrícolas. Nossa segurança alimentar não está garantida, se depender de um leque cada vez mais reduzido de espécies animais e vegetais. Definitivamente, são promovidas as variedades que mais se adequam aos padrões da agroindústria (que podem viajar milhares de quilômetros antes de chegar ao nosso prato, que tenham um bom aspecto nas prateleiras do supermercado etc.), deixando de lado outros critérios como a qualidade e a diversidade do que comemos.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="font-family: inherit;"><br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;"></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="color: #cccccc;"><span style="background-color: black;"><span style="font-family: inherit;">Nos dizem que temos que produzir mais alimentos para acabar com a fome no mundo e, em consequência, que é necessária uma agricultura transgênica. </span><b>Porém, hoje, não falta comida; sobra! <span style="font-family: inherit;">Não temos um problema de produção, mas de acesso. E a agricultura transgênica não de</span><span style="font-family: inherit;">mocratiza o sistema alimentar; ao contrário, privatiza as sementes, promove a dependência camponesa, contamina a agricultura convencional e ecológica e impõe seus interesses particulares ao princípio de precaução que deveria prevalecer.</span></b></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="font-family: inherit;"><br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;"></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;"><b>Marie Monique Robin, autora do livro e do documentário "O mundo segundo a Monsanto” (2008), deixa claro: essas empresas querem "controlar a cadeia alimentar” e "os transgênicos são um meio para conseguir esse objetivo”. Prêmios como os concedidos a Monsanto e a Syngenta são uma farsa ante a qual somente há uma resposta possível: a denúncia. E ressaltar que outra agricultura somente será possível à margem dos interesses dessas multinacionais.</b></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<b><span style="font-family: inherit;"><br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;"></span></span></b></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="font-family: inherit;"><br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;"></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<b><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Outras decisões da FAO:</span></b></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="text-decoration: underline;"><b><a href="http://ambientalsustentavel.org/2013/fao-afirma-que-agricultura-e-fundamental-para-sobrevivencia-humana/"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">FAO afirma que agricultura é fundamental para sobrevivência humana</span></a></b></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, afirmou que a agricultura é fundamental para a humanidade.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Segundo o vice-diretor-geral da FAO, Dan Gustafson, a adaptação do setor agrícola, não é somente uma opção, mas sim, imperativo para a sobrevivência humana.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">A FAO explica que 80% da dieta do ser humano é composta por plantas. Aproximadamente 30 tipos de colheitas correspondem a 95% das necessidades de alimentos das pessoas.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Os especialistas dizem que dessas 30 colheitas, cinco, arroz, trigo, milho, painço, que é uma derivado do milho, e o sorgo, tipo de cereal usado para fazer a farinha, fornecem 60% dos alimentos.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px; text-align: justify;">
<b style="background-color: #eeeeee;"><span style="font-family: inherit;"><br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;"></span></span></b></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px; text-align: justify;">
<b style="background-color: #eeeeee;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;"><a href="http://www.agrosoft.org.br/agropag/225528.htm" style="background-color: #eeeeee;">Má nutrição no mundo custa US$ 3,5 trilhões por ano, diz FAO</a></span></b></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b style="line-height: normal; text-align: left;"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">A má nutrição custa ao mundo cerca de US$ 500 (aproximadamente R$ 1 mil) por indivíduo ou US$ 3,5 trilhões (R$ 7 trilhões) por ano, valor equivalente ao PIB da Alemanha, a maior economia da Europa, de acordo com cálculo publicado em um novo relatório </span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8950460871661041993" title="FAO"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">FAO</span></a><span style="background-color: black; color: #cccccc;"> - </span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8950460871661041993" title="O Estado da Alimentação e da Agricultura 2013"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">O Estado da Alimentação e da Agricultura 2013</span></a><span style="background-color: black; color: #cccccc;">. O montante também equivale a 5% do PIB mundial e foi calculado com base nos custos relativos à perda de produtividade e gastos com a saúde gerados por uma dieta deficiente.</span></b><span style="line-height: normal; text-align: left;"></span><br style="line-height: normal; text-align: left;" /><span style="background-color: black; color: #cccccc; line-height: normal; text-align: left;">Os dados constam de relatório publicado ontem (04/06/13) pela </span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8950460871661041993" style="line-height: normal; text-align: left;" title="Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação </span></a><span style="background-color: black; color: #cccccc; line-height: normal; text-align: left;">(</span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8950460871661041993" style="line-height: normal; text-align: left;" title="FAO"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">FAO</span></a><span style="color: #cccccc;"><span style="background-color: black;"><span style="line-height: normal; text-align: left;">). No documento, o diretor do órgão, o brasileiro José Graziano, pediu esforços mais consistentes para erradicar a má nutrição.</span><br style="line-height: normal; text-align: left;" /><br style="line-height: normal; text-align: left;" /><span style="line-height: normal; text-align: left;">O estudo assinala que a alimentação precária das mães e das crianças continua a reduzir a qualidade e a expectativa de vida de milhares de pessoas, assim como problemas relacionados à obesidade, como doenças cardíacas e diabetes.</span><br style="line-height: normal; text-align: left;" /><br style="line-height: normal; text-align: left;" /><span style="line-height: normal; text-align: left;">"Atores e instituições devem trabalhar conjuntamente em todos os setores para reduzir mais efetivamente a desnutrição, a deficiência nutricional, o sobrepeso e a obesidade", diz o relatório.</span><br style="line-height: normal; text-align: left;" /><br style="line-height: normal; text-align: left;" /><span style="line-height: normal; text-align: left;">O órgão alerta ainda que, embora cerca de 870 milhões de habitantes do planeta ainda passem fome, segundo dados do biênio 2010-2012, outros bilhões sofrem com a má ingestão de alimentos.</span><br style="line-height: normal; text-align: left;" /><br style="line-height: normal; text-align: left;" /><span style="line-height: normal; text-align: left;">A </span></span></span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8950460871661041993" style="line-height: normal; text-align: left;" title="FAO"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">FAO</span></a><span style="color: #cccccc;"><span style="background-color: black;"><span style="line-height: normal; text-align: left;"> estima que 2 bilhões de pessoas têm deficiências de um ou mais micronutriente, enquanto outras 1,4 bilhão estão com sobrepeso, das quais 500 milhões já são obesas.</span><br style="line-height: normal; text-align: left;" /><br style="line-height: normal; text-align: left;" /><span style="line-height: normal; text-align: left;">Além disso, 25% de todas as crianças abaixo de cinco anos sofrem com baixa estatura e outras 31% possuem deficiência de vitamina A.</span></span></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><a href="http://ambientalsustentavel.org/2013/fao-recomenda-alimentacao-com-insetos-para-combater-a-fome/"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;"><b style="background-color: #eeeeee;">FAO recomenda alimentação com insetos para combater a fome</b></span></a></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">“Comer insetos” para reforçar a segurança alimentar: esta é a orientação da FAO, que lançou nesta segunda-feira (13) um programa para incentivar a criação em larga escala de insetos, alimento rico em nutrientes, de baixo custo, ecológico e “delicioso”.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Dois bilhões de pessoas em culturas tradicionais já os consomem, mas o potencial de consumo é muito maior, considera a Agência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">“Nossa mensagem é: comer insetos, os insetos são abundantes, eles são uma rica fonte de proteínas e minerais”, declarou Eva Ursula Müller, diretora do Departamento de Política Econômica Florestal na apresentação deste relatório em Roma.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Os trilhões de insetos, que se reproduzem sem parar na terra, no ar e na água, “apresentam maiores taxas de crescimento e conversão alimentar alta e um baixo impacto sobre o meio ambiente durante todo o seu ciclo de vida”, defendem os especialistas.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">De acordo com seus cálculos, cerca de 900 espécies de insetos são comestíveis. A FAO enumera os benefícios da produção de insetos em larga escala: são necessários 2 kg de ração para produzir 1 kg de insetos, enquanto o gado requer 8 kg de alimento para produzir 1 kg de carne. Além disso, os insetos “são nutritivos, com um elevado teor de proteínas, gorduras e minerais” e “podem ser consumidos inteiros ou em pó e incorporados noutros alimentos”.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">A criação de insetos é simples, pois pode ser feita a partir de resíduos orgânicos, tais como restos de alimentos, e também a partir de compostos e estrume. Os insetos são extremamente ecológicos: usam muito menos água e produzem menos gases do efeito estufa do que o gado.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">O consumo de insetos, chamado de entomofagia, já é difundido e praticado há muito tempo entre culturas tradicionais em regiões da África, Ásia e América Latina. “Um terço da população mundial come insetos, e isso é porque eles são deliciosos e nutritivos”, ressalta Eva Ursula Müller.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">“Insetos são vendidos nos mercados de Kinshasa, nos da Tailândia ou em Chiapas, no México, e eles começam a aparecer nos menus de restaurantes na Europa”, argumentou. Alguns criadores de vários continentes entenderam as vantagens e começam a tirar proveito: eles começaram a usar os insetos como ingredientes alimentares, incluindo na aquicultura e na criação de aves.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">De acordo com Müller, os insetos oferecem muito mais do que apenas nutrição. Eles também são usados para dar cor e formam uma das bases da medicina tradicional em muitos países. Para garantir a nutrição dos animais, os insetos são suscetíveis de proporcionar um complemento a outros recursos utilizados como soja e farinha de peixe.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Gabril Tchango, ministro das Florestas do Gabão, elogiou o consumo de insetos que “faz parte da vida cotidiana”. Os “cupins grelhados são considerados uma iguaria em nossas florestas”, declarou, considerando que os insetos, em todas as categorias, contribuem com cerca de 10% da proteína animal consumida no Gabão.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">De acordo com a FAO, “até 2030, mais de 9 bilhões de pessoas vão precisar ser alimentadas, assim como os bilhões de animais criados a cada ano” para atender diversas necessidades, num momento em que “a poluição do solo e da água devido a produção intensiva de animais de pastoreio levam a degradação das florestas”.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Outro argumento a favor da criação de insetos é que eles “podem ser colhidos em seu estado natural, cultivados, processados e vendidos pelos mais pobres da sociedade, como as mulheres e agricultores sem-terra. Os insetos podem ser coletados diretamente e facilmente em seu estado natural. Os gastos ou investimentos necessários para a colheita são mínimos”.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><a href="http://www.slowfoodbrasil.com/textos/slow-food-na-midia/667-fao-e-slow-food-assinam-acordo-de-cooperacao?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+slowfoodbrasil+%28Slow+Food+Brasil%29"><b><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">FAO e Slow Food assinam acordo de cooperação</span></b></a></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 19px;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura e a organização internacional </span><a href="http://www.slowfood.com/about_us/por/welcome_por.lasso" style="border: currentColor; font-weight: bold; text-decoration: none;" target="_blank"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">‘Slow Food’</span></a><span style="background-color: black; color: #cccccc;"> firmaram um </span><a href="http://www.fao.org/news/story/es/item/176152/icode/" style="border: currentColor; font-weight: bold; text-decoration: none;" target="_blank"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">acordo em 15 de maio</span></a><span style="background-color: black; color: #cccccc;"> para desenvolver ações conjuntas para melhorar os meios de subsistência de pequenos agricultores que vivem em áreas rurais.</span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 19px;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">Segundo o memorando de entendimento assinado pelas duas organizações, por um período de três anos, a união de forças </span><a href="http://www.un.org/apps/news/story.asp?NewsID=44912&Cr=food+security&Cr1=#.UZOwQ7TA-LM" style="border: currentColor; font-weight: bold; text-decoration: none;" target="_blank"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">promoverá sistemas alimentares</span></a><span style="background-color: black; color: #cccccc;"> e agrícolas mais inclusivos localmente, nacionalmente e internacionalmente.</span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 19px;">
<span style="color: #cccccc;"><br /><span style="background-color: black;"></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 19px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">As iniciativas destacarão o valor dos alimentos e dos cultivos locais esquecidos, além de abordar o acesso ao mercado para os pequenos produtores, melhorando a conservação e uso da biodiversidade, a redução de perdas e desperdícios alimentos e a melhoria do bem-estar animal. Ao assinar o documento, o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, disse que a “Slow Food e a FAO compartilham a mesma visão de um mundo sustentável e sem fome, salvaguardando a biodiversidade para as gerações futuras”. Segundo Graziano, o acordo é mais um passo em direção a esse objetivo.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 19px;">
<span style="font-family: inherit;"><br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;"></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 19px;">
<span style="font-family: inherit;"><br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;"></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQfL_JVPPYAnWJe6N1Y6hqdPHSE87DuEPVkf7xiWiwdH7NeP_j15INVTcj_iuVPkiK84HuryDav_t3XjFJNUK8GZ-XjSk64kRztu5D9MOOPOf4gLa2QiPsus2mVG7aF7TsrsSh7dE9ity0/s1600/vegetais+100+anos+atr%C3%A1s.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><span style="background-color: black; color: #cccccc;"><img border="0" height="623" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQfL_JVPPYAnWJe6N1Y6hqdPHSE87DuEPVkf7xiWiwdH7NeP_j15INVTcj_iuVPkiK84HuryDav_t3XjFJNUK8GZ-XjSk64kRztu5D9MOOPOf4gLa2QiPsus2mVG7aF7TsrsSh7dE9ity0/s640/vegetais+100+anos+atr%C3%A1s.jpg" width="640" /></span></a></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<br /><span style="font-family: inherit;"><br /></span><b style="background-color: #eeeeee;"><a href="http://www.canalibase.org.br/a-fome-existe-devido-a-escolhas-politicas/"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">“A fome existe devido a escolhas políticas”</span></a></b></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span><span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #cccccc;"><span style="background-color: black;">CANAL IBASE: <b>A FAO divulgou em meados de maio um relatório afirmando que insetos podem ser um fonte de alimentação para populações que passam fome. O que o senhor achou desta afirmação, replicada por jornais e outras mídias no mundo inteiro?</b></span></span></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #cccccc;"><span style="background-color: black;">FRANCISCO MENEZES: <b>Todos os pesquisadores da área ficaram indignados com este estudo. Acho que temos que ter cuidado ao tornar pública esta indignação, porque é preciso debater qual o principal objetivo deles com isso. Mas, de qualquer forma, foi uma infelicidade. As pessoas têm que ter acesso à alimentação e ponto. Pensar em alimentá-las com restos é completamente descabido. Há populações que já comem insetos, mas é outra história, faz parte da cultura delas. Introduzir esse consumo é levar o olhar para uma perspectiva errada. Alimento há, o que falta é acesso.</b></span></span></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span><span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">CANAL IBASE: De fato, o alimento só pode ser acessado atualmente por meio da compra ou do plantio. Quando não há dinheiro ou terra, a pessoa está excluída desse sistema, certo?</span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">MENEZES: Exato. <b>As corporações hoje tomam conta da maior parte dos alimentos produzidos no mundo e elas lidam com a comida como uma mercadoria qualquer. </b>Embora o alimento tenha sido reconhecido como um direito básico dos brasileiros em 2010 (quando foi incluído na constituição do país), na prática pouca coisa mudou. <b>Mas é preciso entender o sistema. Se as empresas do setor trabalham com a alimentação como mercadoria, é porque há permissão do estado para isso. O poder público permite que as corporações, nacionais e internacionais, lucrem com um direito tão fundamental à vida de qualquer pessoa.</b> </span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span><span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #cccccc;"><span style="background-color: black;">CANAL IBASE: Por isso o senhor afirma que <b>a fome é uma questão política</b></span></span></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #cccccc;"><span style="background-color: black;">MENEZES: Sim, certamente ela é. Isso não é novidade, mas nunca foi assumido de verdade. Josué de Castro (médico e geógrafo, autor do livro “Geografia da Fome”) já dizia que <b>deixar as pessoas morrerem de fome é uma escolha.</b> Ele estava completamente certo. É um problema ligado à história da humanidade. A segurança alimentar, por exemplo, é um termo herdado dos militares, que foi transformado e usado pelo movimento social. Na guerra, cortar a alimentação é uma das maiores armas que se pode ter. Pode parecer dramático, mas, se você for pensar com cuidado, as corporações também têm nas mãos todos aqueles que não produzem seu próprio alimento. <b>O preço do alimento mexe com a estrutura de uma sociedade.</b></span></span></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span><span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">CANAL IBASE: Há situações de fome extrema no Brasil hoje que podem ser exemplificadas como uma escolha política?</span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #cccccc;"><span style="background-color: black;">MENEZES: Sim. Os indígenas são exemplo disso. <b>A não demarcação de terras indígenas é um fator que leva à morte. </b>Não olhar para isso é uma escolha do poder público, porque, embora esse fenômeno seja pouco falado,<b> milhares pessoas, especialmente crianças, morrem de inanição na beira de estradas. Isso ocorre por falta de terra, pois etnias foram expulsas de seus territórios. </b>O caso dos Guarani-Kaiowa (que veio à tona ano passado após a divulgação de uma carta anunciando um suicídio coletivo) é um exemplo disso. <b>A Justiça leva seu tempo, mas enquanto isso não se define as pessoas morrem.</b></span></span></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span><span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">CANAL IBASE: Além da inclusão das pessoas no sistema econômico, com geração de renda como possibilidade para comprar o próprio alimento, o senhor acha que a agricultura familiar é uma saída? </span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #cccccc;"><span style="background-color: black;">MENEZES: <b>A agricultura familiar é uma das soluções. A segurança alimentar só será atingida com uma série de políticas conjuntas.</b> É preciso reconhecer que o governo atual, desde o início do governo Lula, na verdade, avançou bastante nesse sentido. Hoje, 30% da alimentação escolar tem que ser comprada de pequenos produtores, o que representa um grande mercado que alimenta 48 milhões de crianças por dia. Mas há muito a se fazer. <b>A agricultura familiar continua em risco. </b></span></span></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span><span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">CANAL IBASE: Por quê?</span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">MENEZES: Atualmente, a agricultura familiar ainda é responsável pela maior parte dos alimentos de consumo das famílias. A estimativa é que ela represente 70% da alimentação das famílias brasileiras. Mas o agronegócio ameaça a agricultura familiar. Como as pessoas buscam uma forma de alimentação cada vez mais rápida, mais prática, as compras são feitas em grandes mercados, e muitas famílias buscam grandes marcas do setor alimentício. Não se pode dizer que isso é saudável, mas é o que ocorre. As pessoas buscam enlatados, comidas congeladas e em saquinhos. As grandes empresas estão entrando na casa de cada vez mais gente. O que pouco se discute é a queda na qualidade dessa alimentação.</span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span><span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">CANAL IBASE: O encontro do Fórum de Segurança Alimentar vai tratar esta questão? </span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="line-height: 20px; text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">MENEZES: Essa é uma das principais questões. <b>É preciso ampliar o acesso ao alimento</b>, isso é um ponto-chave. Mas não se pode dizer que qualquer alimento tem o mesmo teor nutricional. Aí mora a questão, a qualidade da alimentação. É preciso não só comer, mas comer bem.</span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<br /><span style="font-family: inherit;"><b><br /></b></span><span style="text-decoration: underline;"><a href="http://www.ecodebate.com.br/2013/03/06/os-transgenicos-estao-destruindo-o-tecido-social-entrevista-com-percy-schmeiser-agricultor-e-ativista-canadense/"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;"><b>‘Os transgênicos estão destruindo o tecido social’. Entrevista com Percy Schmeiser, agricultor e ativista canadense</b></span></a></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="font-family: inherit;"><br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;"></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<strong style="background-color: #eeeeee; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Como começou sua luta contra a Monsanto?</span></strong></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Minha esposa e eu éramos produtores de sementes de canola (cultivada para produzir forragem, óleo vegetal para o consumo humano e biodiesel). Pesquisamos este cultivo durante mais de 50 anos. Em 1998, dois anos depois que introduziram os transgênicos no Canadá, a empresa <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>entrou com um processo contra nós. Nos processou por violação de patente, porque diziam que a nossa canola era fruto de suas sementes transgênicas. Foi uma surpresa para nós porque nunca compramos sementes geneticamente modificadas nem sabíamos da existência da <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto</strong>. O que tornou famoso o nosso caso em todo o mundo foi o fato de mostrar que podia acontecer a qualquer agricultor caso seu campo fosse contaminado com as sementes transgênicas. Nesse momento, o juiz decretou que não importava como havia ocorrido a contaminação com as transgênicas: se por polinização cruzada, polinização por abelhas, por sementes que entraram levadas pelo vento ou pelo próprio transporte de outros agricultores. Se isso acontece, então já não se é mais dono de suas sementes nem de suas plantas, pela lei de patentes. Também nesse momento foi decretado que não poderíamos usar as nossas sementes de novo por estarem contaminadas e que os nossos lucros por esse cultivo deviam ir para a <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto</strong>. Outra questão que o juiz decretou foi que o nível de contaminação não era importante: dá no mesmo se houve 1% ou 90% do campo contaminado, de qualquer forma já não se é mais o dono das suas plantas. A base da nossa luta foi pelos direitos dos agricultores, para que cada um tenha direito a plantar suas sementes ano após ano.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<strong style="background-color: #eeeeee; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">O que fizeram diante do processo movido pela Monsanto?</span></strong></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">O que mais nos doeu é que todo o nosso trabalho de 50 anos com a semente de canola agora pertencia completamente à <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>pela lei das patentes. Por isso decidimos continuar brigando, e recorremos à <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Corte de Apelação</strong>. Esta <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Corte </strong>federal manteve quase a mesma posição, inclusive a <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>tratou de nos prender de outras maneiras. Demandaram-nos novamente por um milhão de dólares. Trataram de nos destruir financeira e mentalmente. Vigiavam-nos quando estávamos trabalhando no campo, vinham à saída da garagem da nossa casa, a observar o que a minha esposa fazia, ela recebia telefonemas com ameaças e também acontecia o mesmo aos nossos vizinhos. E ainda hoje vivemos com medo. Então decididos ir à <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Suprema Corte</strong>. A <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Suprema Corte</strong> disse que não tínhamos que pagar nada à <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto</strong>, mas que ela teria que pagar os nossos custos legais. A <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>aceitou que nós não havíamos comprado sementes deles, no entanto, tínhamos que pagar a eles a licença pelas sementes. Se nós tivéssemos que pagar à <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>tudo o que eles queriam, teríamos que pagar com a nossa casa, a nossa terra e todos os equipamentos. Assim que foi uma vitória para nós ouvir a <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Corte </strong>sentenciar que nós não precisávamos pagar nada à<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto</strong>. Mas de todas as formas, é muito difícil para um agricultor lutar na <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Corte </strong>contra uma multinacional. Foi a <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>que nos processou e, no entanto, tivemos que pagar os custos legais deste processo. Isso não foi justo para nós, porque a <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>deveria ter pagado também os nossos custos.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<strong style="background-color: #eeeeee; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Quanto tiveram que pagar e como enfrentaram esses gastos?</span></strong></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Os gastos foram um pouco mais de 500.000 dólares. O pagamos com grande parte do nosso fundo de aposentadoria, hipotecas sobre nossas terras e também recebemos doações de muitas pessoas de todo o mundo que estão preocupadas com o tema das patentes de sementes e, sobretudo, o que diz respeito à nossa alimentação.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<strong style="background-color: #eeeeee; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Como a sua lavoura foi contaminada com as sementes transgênicas?</span></strong></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Porque meus vizinhos estavam utilizando sementes da Monsanto e ao soprar o vento as trazia para o meu campo e o contaminavam. Eu nunca utilizei as sementes da <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>nem o <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Roundup </strong>(herbicida da <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto</strong>) na minha lavoura. Por isso apresentei uma contrademanda baseada na contaminação ambiental, destruição de sementes e calúnia. Desde esse momento a <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>nos espiou e tratou como criminosos. Detetives da<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>se instalaram perto do campo e controlavam cada passo que dávamos. A primeira coisa que dissemos à <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Corte </strong>é que um agricultor tem que ter o direito de utilizar suas sementes ano após ano. Para minha esposa e para mim, o mais importante é que ninguém, nenhum indivíduo nem uma corporação têm o direito de patentear formas superiores de vida, seja uma ave, uma abelha ou uma planta.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<strong style="background-color: #eeeeee; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">O que aconteceu depois deste episódio da demanda da Monsanto?</span></strong></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Nós pensamos nesse momento que estava tudo terminado com a <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto</strong>. Decidimos mudar de cultivo e fazer pesquisa com mostarda, mas um tempo depois descobrimos que havia plantas de canola no campo em que estávamos pesquisando, que era de 50 acres. Nós comunicamos a <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>que acreditávamos que havia canola transgênica em nosso campo de mostarda. Então a <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>veio ao nosso campo e fez algumas pesquisas. Depois nos notificaram que havia canola de sementes da <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>em nosso campo de mostarda. Perguntaram-nos o que queríamos que fosse feito. Pedimos que toda essa canola fosse retirada manualmente. A <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>concordou. Dois dias antes do dia combinado para a retirada das plantas, enviaram-nos uma carta para que a assinássemos. E nessa carta a<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>estabelecia que minha esposa e eu estávamos proibidos de falar sobre a<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>com qualquer pessoa. Ou seja, que minha liberdade de expressão estava anulada, e se tivesse aceitado não poderia estar aqui falando com você.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<strong style="background-color: #eeeeee; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">O que responderam?</span></strong></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Dissemos a eles que muitas pessoas morreram em nosso país lutando pela liberdade de expressão e que nós não pensávamos em entregá-la a uma corporação. Assim que respondemos à <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>que, com a ajuda de nossos vizinhos, iríamos retirar essas plantas. Com a ajuda dos nossos vizinhos removemos todas as plantas contaminadas e lhes pagamos 600 dólares. A verdade é que não foi muito dinheiro por três dias de trabalho. Mas mandamos a conta para a <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>e a <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>se recusou a pagá-la. Então mandamos a <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto</strong> à<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Corte</strong>, desta maneira, tivemos uma multinacional milionária na <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Corte </strong>por 600 dólares. Pode-se imaginar a vergonha da <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto</strong>, uma corporação internacional, ser chamada à corte por 600 dólares. Então, finalmente, tiveram que pagar os 600 dólares mais os custos legais e chegamos a um acordo de que não haveria mordaça legal. O importante não foi o dinheiro que tiveram que pagar, obviamente, mas importa a consequência legal. Porque se agora a lavoura de qualquer agricultora é contaminada, a empresa tem que pagar por essa contaminação. Esta foi uma vitória, não somente para nós, mas para os agricultores de todo o mundo, porque abre um precedente.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<strong style="background-color: #eeeeee; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Você costuma dizer que no Canadá há vários cultivos, entre eles a canola, que já são completamente transgênicos. Por que os agricultores canadenses optaram por este tipo de sementes patenteadas?</span></strong></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Em 1996 foram introduzidas quatro sementes transgênicas no Canadá: o algodão, o milho, a canola e a soja. E os agricultores se entusiasmaram porque a <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>dizia no começo que com as sementes deles iríamos ter uma produção maior, lucros maiores, seriam mais nutrientes, e teríamos que utilizar menos químicos para obtê-lo. Mas aconteceu todo o contrário; estamos utilizando mais químicos que antes, e fazem tanto mal à saúde humana como ao meio ambiente. Também repetiram uma série de lugares comuns como esse que através destas sementes iríamos alimentar um mundo cheio de fome. Mas creio que se há algo que vai nos levar a ter mais fome no mundo, isso são os transgênicos. Nós, no Canadá, tivemos transgênicos durante 16 anos e cremos que o prejuízo já está feito. Agora é preciso fazer o que é possível para não permitir que entrem mais transgênicos em nossos países.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<strong style="background-color: #eeeeee; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">O que aconteceu com as plantações de canola transgênica que se espalharam pelo Canadá?</span></strong></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">Imediatamente depois que se começou a utilizar estas sementes os lucros começaram a baixar. Mas o pior foi o aumento massivo no uso dos químicos, porque depois de alguns poucos anos as ervas daninhas se tornaram resistentes, causando enormes problemas às plantações de canola. Para eliminar esta super erva daninha, requer-se dos tóxicos mais fortes que já se teve notícia. A <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>produziu um tóxico, o mais tóxico que se conhece na face da Terra. Há outro químico que é o 2,4-D, que usam para matar esta super erva daninha, e este novo tóxico contém 70% do </span><a href="http://www.ihu.unisinos.br/noticias/noticias-anteriores/34088-o-missionario-italiano-que-arrisca-a-vida-pela-amazonia" style="margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">agente laranja</span></a><span style="background-color: black; color: #cccccc;">, aquele que foi usado na guerra do Vietnã, em decorrência do qual milhares de pessoas morreram de câncer. Estes são os químicos poderosos que estamos usando hoje no Canadá, tóxicos massivos. Outra coisa que trataram de trazer ao Canadá é o </span><a href="http://www.ecodebate.com.br/tag/sementes-terminator/" style="margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">gene terminator</span></a><span style="background-color: black; color: #cccccc;">. O gene terminator é posto em um gene, a semente se converte em uma planta, mas a planta produz uma semente que é estéril, razão pela qual não pode ser usada para um novo plantio, e isso faz com que se tenha que comprar novamente as sementes da companhia.</span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<strong style="background-color: #eeeeee; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Que implicações tem o uso de sementes transgênicas?</span></strong></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">Temos uma questão econômica, de saúde, devido ao aumento do uso de químicos e ao veneno espalhado sobre os transgênicos, e um prejuízo para o meio ambiente devido ao uso dos químicos. Os transgênicos nunca foram concebidos para aumentar os lucros. O padrão dos genes introduzidos nas sementes pela <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>é para manter o controle do fornecimento de sementes e de alimentos em todo o mundo. Também se toma o controle do direito que o agricultor tem de usar suas sementes, perde sua capacidade de escolha e fica refém da compra das sementes todos os anos e a pagar um custo alto, além do fato de que tem que comprar mais químicos.</span><strong style="margin: 0px; padding: 0px;"><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: black; color: #cccccc;">Como são as sementes que você utiliza hoje, depois de todo este processo?</span></strong></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Mudamos as sementes, não trabalhamos mais com a canola, estamos trabalhando com trigo, aveia e feijão. No Canadá a soja e a canola são totalmente transgênicas, não se pode ter uma fazenda orgânica destes cultivos. A <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto </strong>é hoje a companhia que administra totalmente o mercado das sementes para estes cultivos. Uma vez introduzidos os transgênicos, não existe a coexistência; o gene transgênico é um gene dominante, porque não se pode controlar o vento nem impedir que o pólen se desloque. Então, uma vez que as sementes transgênicas são introduzidas, não há possibilidade de que um agricultor continue com um desenvolvimento próprio de sementes.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<strong style="background-color: #eeeeee; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Como vê o futuro da agricultura?</span></strong></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4em; margin-bottom: 10px; padding: 0px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Os transgênicos estão destruindo o tecido social do país, nunca vi isso antes, os agricultores brigam entre si. Antes nos ajudávamos uns aos outros; agora isto está desaparecendo porque há desconfiança. Instalam o medo processando os agricultores. Esta nova tecnologia é ciência perversa e não é ciência comprovada. As corporações querem o controle total sobre as sementes, o que lhes dará o controle total sobre o abastecimento de alimentos. É disto que tratam os transgênicos e não para ter mais alimentos para acabar com a fome no mundo. Se os agricultores perdem o direito de cultivar sua própria semente, convertem-se em serventes da terra, regressando à época do sistema feudal. De certa forma, os agricultores já são serventes da terra, porque têm que comprar as sementes de determinada companhia, têm que comprar a licença do alimento, têm que comprar os químicos da mesma companhia, têm que pagar um direito para cultivar em sua própria terra, assim que penso que já somos serventes em nossa própria terra por uma corporação multinacional como a <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto</strong>. Caso a propagação de organismos geneticamente modificados continuar, o controle total do fornecimento de sementes e de alimentos do mundo estará nas mãos de corporações como a<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Monsanto</strong>, e isto acarretará problemas para a saúde, questões ambientais e perda de biodiversidade. Com os organismos geneticamente modificados já não haverá agricultura, mas agronegócio.</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<span style="text-decoration: underline;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span><span style="text-decoration: underline;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span><b style="background-color: #eeeeee;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Pelo resto do mundo:</span></b></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody">
<b style="background-color: #eeeeee;"><br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;"></span></b></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<a href="http://portugalmundial.com/2013/05/hungria-destroi-todas-as-plantacoes-da-monsanto/" style="line-height: normal;"><b style="background-color: #eeeeee;"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">Hungria destrói todas as plantações da Monsanto</span></b></a></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;"></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<b style="line-height: normal;"><a href="http://www.organicconsumers.org/articles/article_26620.cfm" style="background-color: #eeeeee;"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">Payback Time! Boycott the Brands that Helped Kill Prop 37</span></a></b></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="color: #cccccc;"><br /><span style="background-color: black;"></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="background-color: black; color: #cccccc; font-weight: bold; line-height: normal; text-decoration: underline;">Agricultores quenianos deitam fora 40% da comida que cultivam para mercado europeu</span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="font-family: inherit;"><br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;"></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<a href="http://permaculturenews.org/2013/06/12/prince-charles-attacks-monoculture-food-production-systems-a-speech-at-the-langenburg-forum-on-regional-food-security-germany/" style="line-height: normal;"><b style="background-color: #eeeeee;"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">Prince Charles Attacks Monoculture Food Production Systems – A Speech at the Langenburg Forum on Regional Food Security, Germany</span></b></a></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="color: #cccccc;"><br /><span style="background-color: black;"></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="font-family: inherit;"><br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;"></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="font-family: inherit;"><br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;"></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<b style="background-color: #eeeeee;"><span style="background-color: black; color: #cccccc; font-family: inherit;">Para doar: </span><a href="http://www.bancodealimentos.org.br/"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">Banco de Alimentos</span></a></b></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="font-family: inherit;"><br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;"></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<b style="background-color: #eeeeee;"><span style="color: #cccccc;"><span style="background-color: black;"><span style="font-family: inherit;">Para baixar: </span><span style="text-decoration: underline;"><a href="http://www.greenpeace.org/brasil/PageFiles/4685/guia_consumidor_2003.pdf">Greenpeace: Guia do Consumidor contra Transgênicos</a></span></span></span></b></div>
<div align="justify" class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="line-height: 20px;">
<span style="text-decoration: underline;"><br /><span style="background-color: black; color: #cccccc;"></span></span></div>
Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-2978103356313099992012-11-30T23:57:00.000-02:002012-11-30T23:57:31.446-02:00Por que os orgânicos são tão caros? Por Claudia Visoni<div style="text-align: justify;">
<em>Artigo esclarecedor de Claudia Visoni que aponta algumas razões que determinam os preços, muitas vezes salgados, dos produtos orgânicos e agroecológicos. Publicado originalmente no </em><a href="http://conectarcomunicacao.com.br/blog/109-por-os-orgnicos-caros/"><em>blog da autora</em></a><em> e recentemente, também, no </em><a href="http://www.ecodebate.com.br/2012/11/22/por-que-os-organicos-sao-tao-caros-por-claudia-visoni/"><em>Portal Ecodebate</em></a><em>.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Por que os orgânicos são tão caros?</div>
<div style="text-align: justify;">
<em>Claudia Visoni</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em></em> </div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>8 fatores explicam o preço mais alto dos alimentos sem agrotóxicos. E nada explica o conformismo diante do alto custo ambiental, social e de saúde pública que vem de brinde com a agricultura baseada em aditivos químicos. </strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong></strong> </div>
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Ninguém, em sã consciência, prefere comida com agrotóxico, mas os orgânicos no Brasil ainda são bem mais caros, o que deixa muita gente inconformada. Outro dia assisti a uma ótima palestra do agrônomo e pesquisador Wilson Tivelli, da Estação Experimental São Roque (ligada à Secretaria Estadual da Agricultura), que explicou brilhantemente essa questão. Aí vai um resumo dos argumentos de Tivelli (veja o artigo original aqui: <a href="http://www.aptaregional.sp.gov.br/index.php/component/docman/doc_view/1182-organicos-sao-caros-por-que?Itemid=275">http://www.aptaregional.sp.gov.br/index.php/component/docman/doc_view/1182-organicos-sao-caros-por-que?Itemid=275</a>) misturados com o que aprendi sobre o assunto nos últimos tempos.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>1 – Eles demoram mais para amadurecer</strong>A agricultura orgânica consegue nível semelhante de produção por metro quadrado à da lavoura que usa adubos artificiais e agrotóxicos. No entanto, os alimentos se desenvolvem mais devagar. A cenoura orgânica, por exemplo, é colhida por volta de 116 dias após a semeadura enquanto a versão com aditivos químicos fica pronta em 97 dias. Ou seja, a safra ocupa a terra por mais tempo. E tempo é dinheiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por outro lado, essa desvantagem comercial torna os orgânicos mais nutritivos e saborosos, pois vão extraindo da terra nutrientes mais variados e em maior quantidade. Enquanto os vegetais cultivados à base de compostos químicos sintéticos recebem basicamente apenas três macronutrientes -nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) - os adubos orgânicos oferecem toda uma tabela periódica em sua lista de ingredientes.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>2 – Certificação</strong>Por incrível que pareça, não há fiscalização obrigatória nas lavouras que usam agrotóxicos. Os abusos, ultrafrequentes, são descobertos pela ANVISA (Agência de Vigilância Sanitária) apenas ao recolher amostras de alimentos em supermercados. Para sentir o drama, é só clicar nesse link: <a href="http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,pimentao-e-o-campeao-do-agrotoxico-mostra-estudo-da-anvisa,355203,0.htm">http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,pimentao-e-o-campeao-do-agrotoxico-mostra-estudo-da-anvisa,355203,0.htm</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
Já o produto orgânico precisa ser certificado. Ou seja, o produtor deve arcar com a auditoria anual de sua propriedade, o que custa em média cerca de R$ 3 mil. Existem outras formas de certificação por meio de cooperativas que, embora sem custo fixo, demandam bastante tempo e dedicação, desviando o agricultor de sua função principal.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
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<strong>3 – Período de conversão</strong>Um agricultor convencional que resolve virar orgânico passará por um tempo de vacas magras, pois sua terra está “viciada” em produtos químicos e não é fácil recompor a fertilidade utilizando recursos naturais. Durante essa fase, não há nenhum tipo de financiamento governamental que permita ao produtor sobreviver até conseguir safras melhores. No campo, essa talvez seja a principal barreira à adoção do sistema orgânico. Ou seja, existe muita gente querendo sair do esquema convencional, mas não consegue por razões financeiras de curto prazo.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>4 – Falta de crédito</strong>No Brasil não existem linhas de finaciamento voltadas para a agroecologia. Parece mentira, mas para conseguir liberação de dinheiro no banco, o produtor precisa mostrar a nota fiscal comprovando que adquiriu agrotóxicos. Veja com seus próprios olhos o depoimento deles no documentário “O Veneno está na Mesa”, de Silvio Tendler, e aproveite para ampliar seus conhecimentos sobre o tema. O filme está totalmente livre para cópia e veiculação: <a href="http://www.youtube.com/watch?v=8RVAgD44AGg">http://www.youtube.com/watch?v=8RVAgD44AGg</a>. </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>5 - Barreira de isolamento</strong>De acordo com a legislação atual, quem usa substâncias potencialmente tóxicas na lavoura não precisa se preocupar com os resíduos que deixa na atmosfera, na água e no solo, além de estar isento de responsabilidade caso seja comprovada a contaminação de um trabalhador. Para completar, nada o impede de borrifar agrotóxicos até o limite de sua propriedade, mesmo sabendo que a pulverização invadirá o território alheio.</div>
<div style="text-align: justify;">
Já o produtor orgânico precisa manter uma faixa de vegetação robusta e alta para isolar seu cultivo da química dos vizinhos. Ou seja, uma parte de sua propriedade não pode ser utilizada para plantar alimentos, o que reduz a produtividade.</div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>6 - Menor escala de produção</strong>O agronegócio convencional privilegia a monocultura. Assim, terrenos imensos são ocupados por uma única espécie (algo muito atraente para pragas e doenças, pois, quando o invasor encontra esse farto banquete, se dissemina em altíssima velocidade). No sistema orgânico dá-se preferência ao plantio conjunto de várias espécies vegetais e ao consórcio com a criação animal. Desse modo, é mais rica a produção interna de adubo (feito com esterco e sobras vegetais) e mais eficiente o controle das espécies indesejáveis.</div>
<div style="text-align: justify;">
No entanto, uma propriedade com vários cultivos emprega maior número de trabalhadores e há menor possibilidade de mecanização. Outro complicador do ponto de vista comercial é que, ao ter quantidades pequenas de diferentes produtos para oferecer ao mercado, o produtor orgânico perde poder de barganha.</div>
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Um detalhe, porém, não deve ser esquecido: do ponto de vista socioambiental, essas aparentes desvantagens são muito positivas.</div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>7 – Ganância dos supermercados</strong>Grandes varejistas investem bastante em pesquisas sobre hábitos de consumo e logo descobriram que as pessoas com maior poder aquisitivo e nível de instrução são as que mais consomem orgânicos. Encontraram aí uma excelente oportunidade de inflar preços e foi o que fizeram. Uma pesquisa do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) realizada em 2010 flagrou uma diferença de preços de até 463% num mesmo produto orgânico (<a href="http://www.idec.org.br/em-acao/revista/142/materia/quer-pagar-quanto">http://www.idec.org.br/em-acao/revista/142/materia/quer-pagar-quanto</a>). Para quem busca alimentos sem veneno por preço em conta, as feiras de orgânicos são a melhor alternativa (procure aqui: <a href="http://www.slowfoodbrasil.com/textos/noticias-slow-food/504-voce-conhece-as-feiras-organicas-da-sua-cidade">http://www.slowfoodbrasil.com/textos/noticias-slow-food/504-voce-conhece-as-feiras-organicas-da-sua-cidade</a>), seguidas pelos esquemas delivery (para saber mais sobre essa opção: <a href="http://conectarcomunicacao.com.br/blog/98-diga-adeus-aos-agrotxicos/">http://conectarcomunicacao.com.br/blog/98-diga-adeus-aos-agrotxicos/</a>.).</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>8 – Falta de assistência técnica e pesquisa</strong>Antigamente existiam no país as redes de assistência rural financiadas pelo governo. Aos poucos, o poder público foi abandonando essa importante função e deixou o espaço livre para os fabricantes e revendedores de adubos sintéticos e agrotóxicos. Assim, quem dá orientações técnicas aos agricultores hoje em dia são os vendedores dessas fórmulas. Claro que eles não têm interesse nenhum em ajudar quem não consome seus produtos. Além disso, nas faculdades de agronomia predomina o ensino da agricultura baseada em insumos químicos, gerando carência de profissionais que sabem cultivar a terra sem apelar para eles. Para complicar de vez a situação da agroecologia, entidades como a FAPESP, o CNPQ e a CAPES não costumam liberar bolsas de estudos para quem se propõe a estudar agricultura orgânica e familiar.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Com tudo isso,</strong> dá para ver que os alimentos convencionais, aparentemente mais baratos, na verdade saem muito caro. Em seu preço não estão computados:</div>
<ul>
<li><div style="text-align: justify;">
O custo social representado pelo abandono do campo e inchaço das periferias urbanas;</div>
</li>
<li><div style="text-align: justify;">
O custo em termos de saúde pública que tem origem no enorme número de pessoas intoxicadas pelos agrotóxicos, seja de forma aguda ou crônica (câncer, doenças neurológicas e endócrinas entre outras);</div>
</li>
<li><div style="text-align: justify;">
O custo ambiental devido à contaminação química do ar, da água e do solo, à perda da fertilidade do solo e da biodiversidade.</div>
</li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Do dia para a noite não haverá solução mágica para levar orgânicos baratos à mesa de todos os brasileiros. </strong>Mas já existem esquemas alternativos e mais acessíveis para adquiri-los (veja acima o exemplo do delivery e das feiras orgânicas) e outros virão por aí.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>A gente pode e deve brigar para virar esse jogo.</strong> Temos o direito de exigir que o dinheiro público seja investido num modelo agrícola mais justo e sustentável, em vez de virar subsídio para os agrotóxicos, que, aliás, têm isenção de impostos!</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<em>Claudia Visoni é jornalista, paulistana e dirige a empresa Conectar Comunicação (<a href="http://www.conectar.com.br/" target="_blank">www.conectar.com.br</a>). Desde a adolescência, pesquisa assuntos ligados à ecologia e ao consumo, buscando alternativas para viver bem economizando os recursos naturais</em></div>
Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-40754166740512819212012-11-29T16:01:00.002-02:002012-11-29T16:01:44.933-02:00Lógica MetropolitanaVocê entende???<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNUA0RtWUzCxEaBeRxFPeoGhHoXccxbr4NKKfdU3KAkGLUi7gY8Ykd5OWy76b6UoYm6ePdApWC8aUy2KeUupwuLXvMTBFIfR6tKDVISNWg3dZLT4zivW5Zzf-kvsuSevZl7VSdNwMQ-Vo/s1600/178941_536080929752552_134172724_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="262" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNUA0RtWUzCxEaBeRxFPeoGhHoXccxbr4NKKfdU3KAkGLUi7gY8Ykd5OWy76b6UoYm6ePdApWC8aUy2KeUupwuLXvMTBFIfR6tKDVISNWg3dZLT4zivW5Zzf-kvsuSevZl7VSdNwMQ-Vo/s400/178941_536080929752552_134172724_n.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-74296096916271621122012-11-28T11:27:00.000-02:002012-11-28T11:27:04.944-02:00A evolução da horta<div style="text-align: justify;">
Desde a postagem sobre a minha horta, as coisas evoluiram muito por aqui. Evoluiram porque eu consegui aprender com os muitos erros e a natureza é mágica e autosuficiente. <br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4O7lz6jfj41fnC_qM-Z6-YpkOeD6OuB-kC_DY9kO-_lld10LrAJgDyRCh-vc4vpypBbXj9B64Ig4_tO5Kv7AiWQusr9sePICL04T2CLO734BQTEMRmQfKuvDd92LT9JQXeMNgWaHbfuU/s1600/006.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4O7lz6jfj41fnC_qM-Z6-YpkOeD6OuB-kC_DY9kO-_lld10LrAJgDyRCh-vc4vpypBbXj9B64Ig4_tO5Kv7AiWQusr9sePICL04T2CLO734BQTEMRmQfKuvDd92LT9JQXeMNgWaHbfuU/s320/006.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">araça florindo no vaso<br />
</td></tr>
</tbody></table>
Nesse mais de um ano depois perdi várias mudas, recuperei outras, descobri outras e principalmente: a maior parte germinou espontâneamente. Com certeza mais da metade do que tenho plantado hoje é fruto do meu consumo. E esse é um dos motivos que me faz buscar opções nativas e orgânicas, mas nem sempre isso é possível.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKM7LowDNo6O68BdmUk8HqQZaaJYKjQASzFjjGCrl0DBkRAHIskh7kCaMJQ0hT7xMIJjY732NQIX9XToYUaflqpzgNzMtzN62ZgR_sxCr5IrxKwpeCdFb_KpEUlfQfch4OYgzpOtIvshM/s1600/036.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKM7LowDNo6O68BdmUk8HqQZaaJYKjQASzFjjGCrl0DBkRAHIskh7kCaMJQ0hT7xMIJjY732NQIX9XToYUaflqpzgNzMtzN62ZgR_sxCr5IrxKwpeCdFb_KpEUlfQfch4OYgzpOtIvshM/s320/036.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">citronela: já replantei em vários vasinhos, distribui pela casa, estrategicamente e ainda doei algumas mudas e o pé segue firme e forte<br />
</td></tr>
</tbody></table>
Durante esse período perdi um pé de bananeira, meu agrião foi devastado por lagarta em 2 dias, fiz centenas de saladas e sucos verdes só com as folhas do quintal. Já colhi e comi beterrabas, batatas, cenouras, couve, agrião, catalonha, alface, rúcula, manjericão, alecrim, arruda, salsinha, cebolinha, coentro e agora estou prestes a colher os primeiros tomates.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEireAnX4ssq5s6dI3IkUxyYNE2fWsYSlaptTepUU_UHEY7Zh_TUJ-Q2-sAA3cpnClAvAQYU4fQbrw9fAgFJg0cZaW3EKbEIDXq-Kaw36tCq2pw9gQQbWHH5MNv5XiH-vAK9esI8VABWS4k/s1600/094.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEireAnX4ssq5s6dI3IkUxyYNE2fWsYSlaptTepUU_UHEY7Zh_TUJ-Q2-sAA3cpnClAvAQYU4fQbrw9fAgFJg0cZaW3EKbEIDXq-Kaw36tCq2pw9gQQbWHH5MNv5XiH-vAK9esI8VABWS4k/s320/094.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">tomates<br />
</td></tr>
</tbody></table>
A compostagem é um rico viveiro de mudas. E isto é óbvio. Quando dei por mim tinha mais de 8 pés de tomate. Milhos brotaram. Já plantei abacateiros em vários lugares e doei umas mudas. E ainda tenho outras em casa. O araça adorou o sol da manhã e já está florindo. Inhames brotam no cesto de legumes, assim como o cará, me arrependi de não ter fotográfado. Beterrabas e cenouras, assim como faço com o inhame, cortei a tampinha e coloquei no chão, encaixadas na terra. Abóboras nascem com uma facilidade imensa. São muitas folhas e nascem flores todos os dias. Mas perdi meu pé, antes da abóbora vingar. Crescem agora os que nasceram na compostagem.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggyuY2MD6HzdUzIKzUVB6YJv6nKialfU3vOzP10tRC6SeMubMoph9k_GhI4WGMLs7vPsQMX9ahL1gtC0GWtjuLEAFkAHLNgJCnD7oq7olhkniyu6Wl5fWql1bet-b018j8KDvjBbcc3ik/s1600/003.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="139" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggyuY2MD6HzdUzIKzUVB6YJv6nKialfU3vOzP10tRC6SeMubMoph9k_GhI4WGMLs7vPsQMX9ahL1gtC0GWtjuLEAFkAHLNgJCnD7oq7olhkniyu6Wl5fWql1bet-b018j8KDvjBbcc3ik/s320/003.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">as flores de abóbora<br />
</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj_sgyLJkYTSNKPUJH3HnWTvPJKqroBxBGDc19zhhIOIGziyh7xKzjd_arwCaHTNApnaQtFA9zzQ_U3-TU57rPZFTv9AHym-cctgnOsfTr8Shh91Xg1beX_Nc6vpVKFwMT4o5bIMpDJm0/s1600/008.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj_sgyLJkYTSNKPUJH3HnWTvPJKqroBxBGDc19zhhIOIGziyh7xKzjd_arwCaHTNApnaQtFA9zzQ_U3-TU57rPZFTv9AHym-cctgnOsfTr8Shh91Xg1beX_Nc6vpVKFwMT4o5bIMpDJm0/s320/008.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">couve</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFnvYEjmuGKPdVHKFkp73ACJprDpUmjffPo81Dir7TC7uryBoNYNk8cclHSQdaPmn8z5D0MRbokiZHv40EWPclaiyzOi365_6tY6xGcZf6kUIY3N3Smy_TfVuunn-HE_Fst3yW5hHezrM/s1600/086.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFnvYEjmuGKPdVHKFkp73ACJprDpUmjffPo81Dir7TC7uryBoNYNk8cclHSQdaPmn8z5D0MRbokiZHv40EWPclaiyzOi365_6tY6xGcZf6kUIY3N3Smy_TfVuunn-HE_Fst3yW5hHezrM/s320/086.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">abacaxi<br />
<br />
<br />
<br />
<div align="justify">
</div>
Em breve mais fotos e mais evolução da horta!!</td></tr>
</tbody></table>
</div>
Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-1625005229275310692012-11-26T16:04:00.000-02:002012-11-26T16:04:07.048-02:00KÁTIA, A ANTROPÓLOGA, CRIADORA DA ABREUGRAFIA por José Ribamar Bessa Freire<div style="text-align: justify;">
Imperdível crônica de José Ribamar Bessa Freire, publicada <a href="http://www.taquiprati.com.br/cronica.php?ident=1008#">aqui</a>, sobre a miss desmatamento e seus devaneios como escritora e antropóloga.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
KÁTIA, A ANTROPÓLOGA, CRIADORA DA ABREUGRAFIA</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Nelson Rodrigues só se deslumbrou com "a psicóloga da PUC" porque não conheceu "a antropóloga da Folha<i>".</i> Mas ela existe. É a Kátia Abreu. É ela quem diz aos leitores da <i>Folha de São Paulo</i>, com muita autoridade, quem é índio no Brasil. É ela quem religiosamente, todos os sábados, em sua coluna, nos explica como vivem os "<i>nossos aborígenes</i>". É ela quem nos ensina sobre a organização social, a distribuição espacial e o modo de viver deles. </span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Podeis obtemperar que o caderno <i>Mercado</i>, onde a coluna é publicada, não é lugar adequado para esse tipo de reflexão e eu vos respondo que não é pecado se aproveitar das brechas da mídia. Mesmo dentro do mercado, a autora conseguiu discorrer sobre a temática indígena, não se intimidou nem sequer diante de algo tão complexo como a estrutura de parentesco e teorizou sobre "aborigenidade", ou seja, a identidade dos "silvícolas" que constitui o foco central de sua - digamos assim - linha de pesquisa. </span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">A maior contribuição da antropóloga da Folha talvez tenha sido justamente a recuperação que fez de categorias como "<i>sílvicola"</i> e <i>"aborígene",</i> muito usadas no período colonial, mas lamentavelmente já esquecidas por seus colegas de ofício. Desencavá-las foi um trabalho de arqueologia num sambaqui conceitual, que demonstrou, afinal, que um conceito nunca morre, permanece como a bela adormecida à espera de alguém que o desperte com um beijo. Não precisa nem reciclá-lo. Foi o que Kátia Abreu fez.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Com tal ferramenta inovadora, ela estabeleceu as linhas de uma nova política indigenista, depois de fulminar e demolir aquilo que chama de "antropologia imóvel" que seria praticada pela Funai. Sua abordagem vai além do estudo sobre a relação observador-observado na pesquisa antropológica, não se limitando a ver como índios observam antropólogos, mas como quem está de fora observa os antropólogos sendo observados pelos índios. Não sei se me faço entender. Mas em inglês seria algo assim como <i>Observing Observers Observed. </i></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<b><u><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Os argonautas do Gurupi</span></u></b></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Todo esse esforço de abstração desaguou na criação de um modelo teórico, a partir do qual Kátia Abreu sistematizou um ousado método etnográfico conhecido como abreugrafia que, nos anos 1940, não passava de um prosaico exame de raios X do tórax, uma técnica de tirar chapa radiográfica do pulmão para diagnosticar a tuberculose, mas que foi ressignificado. Hoje, abreugrafia é a descrição etnográfica feita com o método inventado por Kátia Abreu, no caso uma espécie de raio X das sociedades indígenas. </span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Esse método de coleta e registro de dados foi empregado na elaboração dos três últimos artigos assinados pela antropóloga da Folha: <i>Uma antropologia imóvel</i> (17/11), <i>A Tragédia da Funai </i>(03/11/) e <i>Até abuso tem limite</i> (27/10) que bem mereciam ser editados, com outros, num livro intitulado "Os argonautas do Gurupi". São textos imperdíveis, que deviam ser leitura obrigatória de todo estudante que se inicia nos mistérios da antropologia. A etnografia refinada e apurada que daí resulta quebrou paradigmas e provocou uma ruptura epistemológica ao ponto de não-retorno. </span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">A antropóloga da Folha aplicou aqui seu método revolucionário - a abreugrafia - que substituiu o tradicional trabalho de campo, tornando caducas as contribuições de Boas e Malinowski. Até então, para estudar as microssociedades não ocidentais, o antropólogo ia conviver lá, com os nativos, tinha de "viver na lama também, comendo a mesma comida, bebendo a mesma bebida, respirando o mesmo ar" da sociedade estudada, numa convivência prolongada e profunda com ela, como em 'Lama', interpretada por Núbia Lafayette ou Maria Bethania.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">A abreugrafia acabou com essas presepadas. Nada de cantoria. Nada de <i>anthropological blues. </i>Agora, o antropólogo já não precisa se deslocar para sítios longínquos, nem viver um ano a quatro mil metros de altura, numa pequena comunidade nos Andes, comendo carne de lhama, ou se internar nas selvas amazônicas entre os huitoto, como fez um casal de amigos meus. E tem ainda uma vantagem adicional: com a abreugrafia, os antropólogos nunca mais serão observados pelos índios.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Em que consiste, afinal, esse método que dispensa o trabalho de campo? É simples. Para conhecer os índios, basta tão somente pagar entrevistadores terceirizados. Foi o que fez a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) que, por acaso, é presidida por Kátia Abreu. A CNA encomendou pesquisa ao Datafolha que, por acaso, pertence à empresa dona do jornal onde, por acaso, escreve Kátia. Está tudo em casa. Por acaso.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<b><u><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Terra à vista</span></u></b></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Os pesquisadores contratados, sempre viajando em duplas - um homem e uma mulher - realizaram 1.222 entrevistas em 32 aldeias com cem habitantes ou mais, em todas as regiões do país. Os resultados mostram que 63% dos índios têm televisão, 37% tem aparelho de DVD, 51% geladeira, 66% fogão a gás e 36% telefone celular. "A margem de erro" - rejubila-se o Datafolha - "é de três pontos percentuais para mais ou para menos". </span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">"Eu não disse! Bem que eu dizia" - repetiu Kátia Abreu no seu último artigo, no qual gritou "terra à vista", com o tom de quem acaba de descobrir o Brasil. O acesso dos índios aos eletrodomésticos foi exibido por ela como a prova de que os "silvícolas" já estão integrados ao modo de vida urbano, ao contrário do que pretende a Funai, com sua "antropologia imóvel" que "busca eternizar os povos indígenas como primitivos e personagens simbólicos da vida simples". A antropóloga da Folha, filiada à corrente da "antropologia móvel", seja lá o que isso signifique, concluiu:</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">- <i>"Nossos tupis-guaranis, por exemplo, são estudados há tanto tempo quanto os astecas e os incas, mas a ilusão de que eles, em seus sonhos e seus desejos, estão parados, não resiste a meia hora de conversa com qualquer um dos seus descendentes atuais". </i></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Antropólogos da velha guarda que persistem em fazer trabalho de campo alegam que Kátia Abreu, além de nunca ter conversado sequer um minuto com um índio, arrombou portas que já estavam abertas. Qualquer aluno de antropologia sabe que as culturas indígenas não estão congeladas, pois vivem em diálogo com as culturas do entorno. Para a velha guarda, Kátia Abreu cometeu o erro dos geocêntricos, pensando que os outros estão imóveis e ela em movimento, quando quem está parada no tempo é ela, incapaz de perceber que não é o sol que dá voltas diárias em torno da terra.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">No seu artigo, a antropóloga da Folha lamenta que os índios "continuem morrendo de diarreia". Segundo ela, isso acontece, não porque os rios estejam poluídos pelo agronegócio, mas "porque seus tutores não lhes ensinaram que a água de beber deve ser fervida". Esses tutores representados pela FUNAI - escreve ela - são responsáveis por manter os índios "numa situação de extrema pobreza, como brasileiros pobres". Numa afirmação cuja margem de erro é de 3% para mais ou para menos, ela conclui que os índios não precisam de tutela.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Quem precisa de tutela intelectual é Kátia Abreu - retrucam os antropólogos invejosos da velha guarda, que desconhecem a abreugrafia. Eles contestam a pobreza dos índios, citando Marshall Sahlins através de postagem feita no facebook por Eduardo Viveiros de Castro:</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">"Os povos mais 'primitivos' do mundo tem poucas posses, mas eles não são pobres. Pobreza não é uma questão de se ter uma pequena quantidade de bens, nem é simplesmente uma relação entre meios e fins. A pobreza é, acima de tudo, uma relação entre pessoas. Ela é um estatuto social. Enquanto tal, a pobreza é uma invenção da civilização. Ela emergiu com a civilização..." </span></i></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><strong><u>Miss Desmatamento</u></strong></span></span></div>
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span><br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><em>A conclusão mais importante que a antropóloga da Folha retira das pesquisas realizadas com a abreugrafia é de que os "aborígenes", já modernizados, não precisam de terras que, aliás, segundo a pesquisa, é uma preocupação secundária dos índios, evidentemente com uma margem de erro de três pontos para mais ou para menos.</em></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><em>- "Reduzir o índio à terra é o mesmo que continuar a querer e imaginá-lo nu" - escreve a antropóloga da Folha, que não quer ver o índio nu em seu território. "Falar em terra é tirar o foco da realidade e justificar a inoperância do poder público. O índio hoje reclama da falta de assistência médica, de remédio, de escola, de meios e instrumentos para tirar o sustento de suas terras. Mais chão não dá a ele a dignidade que lhe é subtraída pela falta de estrutura sanitária, de capacitação técnica e até mesmo de investimentos para o cultivo". </em></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><em>A autora sustenta que não é de terra, mas de fossas sépticas e de privadas que o índio precisa. Demarcar terras indígenas, para ela, significa aumentar os conflitos na área, porque "ocorre aí uma expropriação criminosa de terras produtivas, e o fazendeiro, desesperado, tem que abandonar a propriedade com uma mão na frente e outra atrás". </em></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><em>Ficamos, então, assim combinados: os índios não precisam de terra, quem precisa são os fazendeiros, os pecuaristas e o agronegócio. Dados apresentados pela jornalista Verenilde Pereira mostram que na área Guarani Kaiowá existem 20 milhões de cabeças de gado que dispõem de 3 a 5 hectares por cabeça, enquanto cada índio não chega a ocupar um hectare. </em></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><em>Um discípulo menor de Kátia Abreu, Luiz Felipe Pondé, também articulista da Folha, tem feito enorme esforço para acompanhar a produção intelectual de sua mestra, usando as técnicas da abreugrafia, sem sucesso, como mostra artigo por ele publicado com o título Guarani Kaiowá de boutique (9/11), onde tenta debochar da solidariedade recente aos Kaiowá que explodiu nas redes sociais. </em></span></div>
</span><br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Kátia Regina de Abreu, 50 anos, empresária, pecuarista e senadora pelo Tocantins (ex-DEM,atual PSD), não é apenas antropóloga da Folha. É também psicóloga formada pela PUC de Goiás, reunindo dois perfis que deslumbrariam Nelson Rodrigues. </span></div>
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span><br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><em>Bartolomé De las Casas, reconhecido defensor dos índios no século XVI, contesta o discurso do cronista do rei, Gonzalo Fernandez de Oviedo, questionando sua objetividade pelo lugar que ele ocupa no sistema econômico colonial: </em></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><em>- “Se na capa do livro de Oviedo estivesse escrito que seu autor era conquistador, explorador e matador de índios e ainda inimigo cruel deles, pouco crédito e autoridade sua história teria entre os cristãos inteligentes e sensíveis”.</em></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><em>O que é que nós podemos escrever na capa do livro "Os Argonautas do Gurupi" de Kátia Abreu, eleita pelo movimento ambientalista como Miss Desmatamento? Que crédito e autoridade tem ela para emitir juízos sobre os índios? O que diriam os cristão inteligentes e sensíveis contemporâneos? Respostas em cartas à redação, com a margem de erro de 3% para mais ou para menos.</em></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
</div>
</span><br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip5x3vU6xoKa19RoiOuuoesjCuzjA4jrcYQ-JXasumEw5XaYpN0N8k1feBUUmCah3caJezGnx2QGO6JHy5Hl48ri3aAm0mg39y_jmAvLuOSiSm50yxqSqQvvmkGxdcKPqxJ-abCgfRKPM/s1600/Katia%2520charge.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="185" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip5x3vU6xoKa19RoiOuuoesjCuzjA4jrcYQ-JXasumEw5XaYpN0N8k1feBUUmCah3caJezGnx2QGO6JHy5Hl48ri3aAm0mg39y_jmAvLuOSiSm50yxqSqQvvmkGxdcKPqxJ-abCgfRKPM/s400/Katia%2520charge.jpg" width="400" /></a></div>
</div>
Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-13004566584560009542012-11-06T10:36:00.001-02:002012-11-06T10:36:50.923-02:00Cineclube Socioambiental apresenta: O VENENO ESTÁ NA MESAÓtima dica para quem está na região do ABC e São Paulo:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-UrJI7Jtm6wE4mdJCAUQyb03dld1PsIOb9HZI5bdEqM6sQp2IPFVQqEyoAEZZTJmauJuSZ36NEl8KK-4TN64lldSCucOndjoP_uTEp2NDnqRW5DaycK-kC76SxZ_MFQ4IUZWOPVFZxXQ/s1600/381800_603022233057387_2125155274_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-UrJI7Jtm6wE4mdJCAUQyb03dld1PsIOb9HZI5bdEqM6sQp2IPFVQqEyoAEZZTJmauJuSZ36NEl8KK-4TN64lldSCucOndjoP_uTEp2NDnqRW5DaycK-kC76SxZ_MFQ4IUZWOPVFZxXQ/s640/381800_603022233057387_2125155274_n.jpg" width="428" /></a></div>
<br />Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-33347644674504041052012-11-04T11:20:00.001-02:002012-11-04T11:20:34.218-02:00Então, é Natal???<div style="text-align: justify;">
Estamos no comecinho de novembro, mas estabelecimentos comerciais de cada esquina já fazem alarde sobre o Natal. Os panetones já repletam as prateleiras e cada setor quer disputar seus centavos a todo custo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu já cansei de citar nesse blog, que datas comemorativas nunca me agradaram. Não me animam, nem me bastam. <strike>"Mas que sujeito chato sou eu, que não acha nada engraçado, macaco, praia, carro, jornal, tobogã...Eu acho tudo isso um saco!"</strike></div>
<strike><br /></strike>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8iBt12KWQX0ctKl3xCpIQPUfikQMfVppH3jIhSHMZMFrseKTLUdslpDgzdHWITEgIrvTyl1sfV8aDg5piIjRIq37b-i8h9ZwCYKfqc29u1hXDHUhhI0hYOFnBYqeaCGK5njp1L74Bj9M/s1600/carnes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8iBt12KWQX0ctKl3xCpIQPUfikQMfVppH3jIhSHMZMFrseKTLUdslpDgzdHWITEgIrvTyl1sfV8aDg5piIjRIq37b-i8h9ZwCYKfqc29u1hXDHUhhI0hYOFnBYqeaCGK5njp1L74Bj9M/s400/carnes.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">E o holocausto animal representado por datas como essa</td></tr>
</tbody></table>
<strike><br /></strike>
<strike><br /></strike>
<div style="text-align: justify;">
Além dessa minha implicância nata, toda essa publicidade e idolatria ao consumo, me irritam. Os significados das datas são descartados e o que vale em cada época é o cartão de crédito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Cada qual sabe de sua vida e suas preferências. Comemore o que você bem quiser ao lado de quem você ama, mas deixe de lado todo esse louvor ao capitalismo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Está circulando no facebook uma mensagem sucinta, parecida com minha postagem de <a href="http://evolucaosustentavel.blogspot.com.br/2011/12/nesse-natalboicote-uma-multinacional.html">"Natal"</a> do ano passado. Incentivando as pessoas a buscarem alternativas de presentes que fortaleçam o mercado autônomo, regional. Boicotemos as grandes marcas, sim! Pelo bem do próximo, inclusive. E o bem do próximo é umas das recomendações natalinas, não é?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Releiam também a preciosa <a href="http://evolucaosustentavel.blogspot.com.br/2011/12/natal-rubem-alves.html">crônica de Rubem Alves</a> sobre o Natal, antes de comprometer as contas e se endividar pelo resto de 2013 com o êxtase natalino.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E o Natal ainda está longe. Aproveite os lindos dia de primavera de novembro, o sol e o calor. Tudo de graça! Porque dá sim para ser feliz, sem gastar nem R$1,00!!!</div>
<br />
<br />
<br />Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-35319545801178473692012-11-03T21:42:00.000-02:002012-11-03T21:42:19.634-02:00Brotos, finalmente, eu os tenho!!<div style="text-align: justify;">
Admito que já estava desistindo dessa tarefa simples, que para mim parecia impossível. Já havia tentado de várias formas, de acordo com várias dicas, livros e blogs diferentes. Falhei em todas. Mesmo com o melhor <a href="http://come-se.blogspot.com.br/2010/06/germinadores-ou-sprouters-da-pra.html">passo a passo</a> disponível na internet, na minha opinião (lá do blog <a href="http://come-se.blogspot.com.br/">Come-se</a>, da Neide Rigo que consegue cultivá-los até em <a href="http://come-se.blogspot.com.br/2011/09/brotos-na-garrafa-de-coca-cola.html">garrafa pet</a>). Por lá, ela sugere inúmeras possibilidades e indica os melhores grãos.</div>
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Eu já tinha tentado em pote de vidro - que nunca faltam aqui em casa, já que são meus organizadores de grãos - cobertos com uma telinha e elástico. Não deu certo.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKTTicLvF3jmN0GYS-UIY2g52WRkCIuFBLwiH4snbxxFU7O-yDSzjzuk1nd6FYYss_sOx5P1oif6wjz3caFzAGoDEO1LCX5MJZvKmZRZGoROXytK2BSJpZfkeMxkNBCXXdtje5bQ9-4TM/s1600/117.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKTTicLvF3jmN0GYS-UIY2g52WRkCIuFBLwiH4snbxxFU7O-yDSzjzuk1nd6FYYss_sOx5P1oif6wjz3caFzAGoDEO1LCX5MJZvKmZRZGoROXytK2BSJpZfkeMxkNBCXXdtje5bQ9-4TM/s320/117.JPG" width="320" /></a></div>
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Até que olhando para um pote de plástico guardado junto com outros potinhos, que eu sempre penso que podem ser úteis, achei a solução. Fiz furinhos embaixo para escoar a água e encima para ventilar.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9FW6opg-YmJZ7rc4gTdCoyENtD_ibww3klzeIX156CROzMZHPNg4q2eNi-7KGMPnR0YRl1dJhhIoNdSSJe92eCJtZKcaI5TXoY1TT_PhvR4AhYaKpT9tYld_QVwhmwF_JFZlBerMPNfA/s1600/027.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9FW6opg-YmJZ7rc4gTdCoyENtD_ibww3klzeIX156CROzMZHPNg4q2eNi-7KGMPnR0YRl1dJhhIoNdSSJe92eCJtZKcaI5TXoY1TT_PhvR4AhYaKpT9tYld_QVwhmwF_JFZlBerMPNfA/s320/027.JPG" width="320" /></a></div>
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Estamos no 4º dia e os brotinhos da lentilha já sorriem para mim.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpCv-ZRHvFc6Qwh9JN9PVSZcFDouXN8g_-R_ufb52CsOdUhR-5LVRsxbayktbwXmlPnrmuJ9RbdP5DCaDNtf3_q64r_jxAi8Lh41Kj_D4LQ5qkuZEtVF3ra5-hXJEG09XW3MNAoY9gDnI/s1600/023.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpCv-ZRHvFc6Qwh9JN9PVSZcFDouXN8g_-R_ufb52CsOdUhR-5LVRsxbayktbwXmlPnrmuJ9RbdP5DCaDNtf3_q64r_jxAi8Lh41Kj_D4LQ5qkuZEtVF3ra5-hXJEG09XW3MNAoY9gDnI/s400/023.JPG" width="400" /></a></div>
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Agora é esperar mais um pouquinho, para que cresçam mais e jogar na panela com shoyo...(estou aguada de vontade. Num sanduíche natural de verdade com folhas frescas, legumes e alguma pasta, pode ficar delicioso também).</div>
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Agora é partir para outros grãos e esperar pelos resultados!</div>
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Sei que os brotos são vendidos em mercados, mas os preços não me agradam. E sou daquelas que se posso fazer em casa...eu boicoto mesmo qualquer industrializado. </div>
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Para os bons resultados, basta lavar umas 3 vezes ao dia, sem deixar a água acumular. Se houver odor, descarte, significa que não vai dar certo. Jogue na compostagem, que provavelmente eles vão vingar em pesinhos.</div>
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Boa dica também para professores e educadores. Uma boa experiência para fazer com a criançada!!</div>
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Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-16665119289208344252012-10-13T20:32:00.000-03:002012-10-13T20:32:03.160-03:00Dia das Crianças: outras reflexões<div style="text-align: justify;">
Dia das crianças, mais uma data comemorativa que promete aquecer o mercado e endividar famílias pelo resto do ano e por todo o ano que vem. Quem costuma visitar este blog sabe bem que eu não sou um exemplar muito fiel da espécie humana. Abomino rituais, cerimônias e grande parte dos eventos sociais mais comuns. E dia de qualquer coisa para mim...é simplesmente mais um dia dos 365 do ano, incluindo meu aniversário.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQBHzeAodOy9XZo7zqK1rW7tsrKNGcyl2bGlMw2Xcn5wwRFGGYEqaUYGN9sTfokyNjW70XFhzCWgUxeArAc6a5xEg9_vezo1a8gmNstLIP_aps49uABqCfmZEZ21gLgXD8sX9otBVXJbY/s1600/brinquedos-sao-paulo_0.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="204" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQBHzeAodOy9XZo7zqK1rW7tsrKNGcyl2bGlMw2Xcn5wwRFGGYEqaUYGN9sTfokyNjW70XFhzCWgUxeArAc6a5xEg9_vezo1a8gmNstLIP_aps49uABqCfmZEZ21gLgXD8sX9otBVXJbY/s320/brinquedos-sao-paulo_0.jpg" width="320" /></a></div>
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<br /></div>
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Com o dia das crianças, assim como Natal, dia dos namorados e bla bla bla, não seria diferente. Mas tenho dois filhos, que apesar de viverem sob meu teto e minhas convicções, sofrem influências externas o tempo todo, de pessoas tão viciadas no capitalismo e consumismo, quanto se é possível. Não sou xiita integralmente, não acho que eles devam abraçar meus ideias severamente agora no primeiro ciclo da infância, mas ainda assim, acaba sendo natural para eles valorizar outras coisas e não apenas presentes comprados.</div>
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<br /></div>
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Por aqui costumamos plantar árvores para comemorar os aniversários. E ultimamente temos preferido fazer passeios, no lugar de festas. Eu também quero organizar uma festinha no Portinho, que é um lugar lindo, cheio de árvores, onde as crianças podem literalmente se esbaldar.</div>
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<a href="http://evolucaosustentavel.blogspot.com.br/2010/12/alternativas-ao-consumismo.html">Nesta</a>, <a href="http://evolucaosustentavel.blogspot.com.br/2011/06/o-que-e-consumo-consciente-para-voce.html">nesta</a> e <a href="http://evolucaosustentavel.blogspot.com.br/2011/12/nesse-natalboicote-uma-multinacional.html">nesta</a> postagem deste blog já havia abordado o tema consumismo, com dicas práticas e esta postagem de hoje complementa as demais.</div>
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O movimento <a href="https://www.facebook.com/?ref=tn_tnmn#!/InfanciaLivredeConsumismo">Infância Livre do Consumismo</a> é uma iniciativa mega legal de um gupo de mães organizadas que busca a regulamentação da propaganda infantil, além de abordar questões e sugerir reflexões acerca de temas relacionados.</div>
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<br /></div>
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Em várias cidades do Brasil já acontecem feiras de troca de brinquedos. Uma iniciativa bem bacana, já que as crianças podem interagir, enquanto aprendem sobre o despreendimento.</div>
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Criança gosta mesmo é de brincar! De preferência a céu aberto, respirando ar fresco e tomando sol. Aos pais e familiares cabe essa grande responsabilidade: a de oferecer momentos assim. E vivendo nesse nosso tempo estranho, onde a maioria trabalha mais de 8 horas por dia e as escolas, já nos primeiros anos, importam-se mais com o futuro vestibular do que com a formação do cidadão, fica realmente bem difícil crescer.</div>
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Criança para ser feliz precisa de amor, atenção, orientação, limites. Precisa correr, aprender, desbravar. Precisa de amigos, ter contato com pessoas de todos os tipos, ter contato com a natureza, com os animais, com a terra. Precisa ser livre para criar. Criança precisa viver! </div>
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Passeios ao shopping, eletrônicos de última geração, brinquedos caríssimos e zelo demais, definitivamente não fazem parte de uma infância feliz. </div>
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Para atrapalhar um pouco mais, a publicidade infantil é invasiva, esmagadora e insana. Está em todos os canais de televisão, mesmo os pagos. Em cada atração infantil, em cada programa. Faz com que os ricos sempre queiram mais e os pobres queiram o que não poderão ter. É angustiante e deprimente!<br />
<br />
Essa questão passa por outra: quantas horas por dia seu filho passa, em frente a uma tela (seja a de um computador ou da TV)??? A TV é uma grande aliada das mães, já que aliena e hipnotiza a criança, que prostrada no sofá, não há de atrapalhar a mãe em suas tarefas diárias (intermináveis). <br />
<br />
Não acho que a TV e a propaganda são aos maiores vilãs do mundo. Meus filhos assistem TV, mas por aqui a tela mágica é sempre a última opção. É uma escolha deles, eles sempre preferem brincar. A TV por aqui funciona mais em dia chuvosos, para assistir a um filme que eles querem muito ver, ou algum ou outro programa preferido. De resto eles passam longe e eu morro de orgulho!<br />
<br />
Permita que seus filhos brinquem com tinta, com a terra, deixe que pisem no chão descalços, que subam em árvores, que corram. Deixe que eles te ajudem na cozinha, na escolha dos alimentos. Leia para seus filhos, sobrinhos, afilhados, netos...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Porque são nesses momentos que podemos reforçar que o SER sempre será mais importante que o TER!!! E que as melhores coisas da vida, realmente, não são coisas!!!</div>
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E é sempre bom lembrar que animais, de nenhum tipo, deveriam ser classificados como mercadoria. Pássaros engaiolados são a representação máxima do egoísmo e eu acredito que não é isso que os pais devam ensinar a seus filhos. Se a criança já vem pedindo um bichinho de estimação, aproveite essa chance para ensinar bons valores. Se você estiver disposto a assumir a responsabilidade de cuidar de outra vida, não vá a um criador, defina critérios estéticos, passe o cartão e vá embora com sua mercadoria. Primeiro olhe ao redor: pode haver algum filhote de cachorro ou gato precisando de um lar por perto. Há feiras e ongs que certamente indicarão vários tipos e personalidades de bichinhos. Ensine seus filhos que você é capaz de estender a mão a um ser-vivo que precisa e não resolve tudo na vida, apenas abrindo sua carteira.<br />
<br />
Porque crianças aprendem com os adultos. Muito menos com as palavras proferidas e muito mais com os atos cotidianos. Enquanto pais, temos essa grande e árdua tarefa de melhorarmos dia após dia, simplesmente para sermos bons exemplos para esses pequenos, que crescem enquanto nos vêem agir.<br />
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<div style="text-align: justify;">
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<br />Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-80594438077242006642012-10-04T17:06:00.000-03:002012-10-04T21:11:52.414-03:00Dia dos Animais<div style="text-align: justify;">
Hoje, dia 4 de outubro, é o dia de São Francisco, um homem grandioso, com uma vida exemplar, que entendia que animais são nossos irmãos.</div>
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</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5BMn2ECg4ufVyEmCYvxWHaYMDFafP8ttBu-y5V3f8krO4TEiqREq8cyALiHZh2LVNjP7_N-wxnGzgRc7NQjbc4ujNNc7v0PG1NHHmh5mGDy53g4ZGag_dG4WMjTW5Zx1kN6gLXQukBSU/s1600/S%C3%A3o+Francisco.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5BMn2ECg4ufVyEmCYvxWHaYMDFafP8ttBu-y5V3f8krO4TEiqREq8cyALiHZh2LVNjP7_N-wxnGzgRc7NQjbc4ujNNc7v0PG1NHHmh5mGDy53g4ZGag_dG4WMjTW5Zx1kN6gLXQukBSU/s320/S%C3%A3o+Francisco.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
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<div style="text-align: justify;">
Quando eu era criança e me desesperava em noites frias e chuvosas, pensando nos animais de rua, meu padastro tentava me confortar, dizendo que esses animais têm o bem mais precioso do mundo: a liberdade.</div>
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<div style="text-align: justify;">
Isso não deixa de ser verdade. Quantos seres-humanos, podem dizer que são realmente livres? Somos algemados pelo sistema de tal forma, que a liberdade não passa de um sonho utópico. </div>
<div style="text-align: justify;">
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<div style="text-align: justify;">
Enquanto isso, os animais de rua têm o mundo a desbravar, sem responsabilidades, obrigações e rituais enfadonhos. </div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
Nós (protetores e simpatizantes dos animais) tendemos a fragilizá-los mais do que o aceitável. Animais tem seus instintos e habilidades preservados. A maioria dá conta de viver sem a proteção humana. O problema é que a liberdade tem seu preço. E grande parte das pessoas que habitam esse planeta tem um prazer inexplicável de fazer o mal.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhADDtfQwUBwvAi0JXEu95TBQhKPmx7C6vONLVf07MTCLYK-gW5EzUNbWJ8aMjZp3XzXxDILTIjQXsOnPwp1e0UDHqeOM_6D2Qtw65fJNGdrbItRgfNlm8WeV-hQ-eCdi6inibQFAh6-hQ/s1600/tabela-caes_315x303.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhADDtfQwUBwvAi0JXEu95TBQhKPmx7C6vONLVf07MTCLYK-gW5EzUNbWJ8aMjZp3XzXxDILTIjQXsOnPwp1e0UDHqeOM_6D2Qtw65fJNGdrbItRgfNlm8WeV-hQ-eCdi6inibQFAh6-hQ/s1600/tabela-caes_315x303.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">E isso numa visão otimista. Uma fêmea de médio porte costuma parir pelo menos 6 filhotes e frequentemente entre 8 e 10. O que elevaria bastante esses números expostos.</td></tr>
</tbody></table>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
Animais de rua correm muito mais riscos. São atropelados e abandonados para morrer aos poucos. São torturados de diferentes formas, E como, na maioria dos casos, também não são castrados, contribuem cada vez mais para a superpopulação dessas espécies tidas como domésticas. Aliás, esse é outro grande problema. Cansei de separar briga de cachorro, por causa de uma fêmea no cio. Já vi cachorros extremamente debilitados por brigas assim, cachorros que ficaram cegos, tiveram infecção generalizada por causa dos ferimentos e muitas outras histórias tristes e chocantes.</div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
Não me cansarei jamais de falar sobre a adoção. Comprar animais é confirmar que você acredita que possa possuir uma vida, que tem o direito de ser dono de um ser-vivo. E se for adotar, que seja por amor, genuíno, pelo prazer de cuidar de um ser-vivo, pelo prazer de dividir e compartilhar, de estar presente, de oferecer carinho, além de abrigo, comida, água e proteção.</div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
Costumo divulgar a adoção, as feiras de adoção, as ongs e etc. Mas minha verdade é simples: acredito que quem ama verdadeiramente os animais, passa pela rua e não ignora um cão sarnento, machucado ou desnutrido e então adota um animal. Essas pessoas não querem "ter" um bichinho de estimação. Essas pessoas resgatam e salvam uma vida!!! Simplesmente.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Canso de ver animais adotados ou comprados, de raça ou SRD, vivendo em condições absurdas, proporcionadas pelo tutor que um dia resolveu o abrigar. Cachorros aprisionados em lugares mínimos, acorrentado dia e noite, sem água, entre suas próprias fezes, que não recebem carinho, nem atenção e tantas vezes, apenas surras frequentes.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O que me faz lembrar da frase do meu padastro. No final, os de rua, acabam tendo uma chance maior. Podem ir e vir, recebem carinho de pessoas como eu, que não ligam para pulgas, que tiram os carrapatos com a própria mão, que oferecem um pouco de comida e uma vasilha com água. </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
É por isso, que independentemente da situação do animal, dos animais, os de rua, os domésticos, os selvagens, ou mesmo os que vivem o holocausto da indústria alimentícia ou do entretenimento, os torturados pela ciência e pela estética, minha esperança é de que as pessoas acordem, saiam do pedestal que coloca os humanos numa posição acima de todo o resto do planeta e entendam que os animais são nossos irmãos e merecem condições decentes para viver, respeito e amor!</div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
A castração é um ato de amor. Evita doenças, crias indesejadas, abandonos futuros e consequentemente maus tratos.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Seja consciente! Animais não vieram ao mundo para corresponder as nossas expectativas, nem atender aos nossos caprichos!!</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Você não precisa amar todos os animais do mundo, mas tem a obrigação de respeitar cada um deles!!!</div>
<br />Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-34080756887444548102012-09-13T15:16:00.001-03:002012-09-13T15:16:13.045-03:00Partido da Terra - como os políticos conquistam o território brasileiro<div style="text-align: justify;">
O livro <a href="https://www.facebook.com/#!/partidodaterraBR">Partido da Terra - como os políticos conquistam o território brasileiro</a>, do jornalista Alceu Luís Castilho, esmiuça o histórico de apropriação e saqueamento das terras brasileiras pelos políticos brasileiros ao longo do tempo.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn4m7j0Vqcr6PDmsTxf_5RV7WzMPK91wwPvBzD6PvjWKdn72qI-1DLHj_X3WuGxN3CSoI7Q3GgH3NyKqurue_ymYLYIRFEEHyfxniromIqEHk6kKMqCLm3BiGoJC3zbDIooqtQs0u7wLQ/s1600/o+partido+da+terra.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn4m7j0Vqcr6PDmsTxf_5RV7WzMPK91wwPvBzD6PvjWKdn72qI-1DLHj_X3WuGxN3CSoI7Q3GgH3NyKqurue_ymYLYIRFEEHyfxniromIqEHk6kKMqCLm3BiGoJC3zbDIooqtQs0u7wLQ/s400/o+partido+da+terra.png" width="305" /></a></div>
<br />
<br />
<span style="font-size: large;">"... Mais que uma bancada, temos um sistema político ruralista..."</span> diz o autor<br />
<br />
<br />
Alguns dados relatados no livro:<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
PSDB e PMDB são os partidos com maior número de ruralistas entre seus representantes.</div>
<div style="text-align: justify;">
João Lyra tem 53.108 hectares de terra.</div>
<div style="text-align: justify;">
Newton Cardoso (ex-governador de Goiás) possui 1545 fazendas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Blairo Maggi: 203 mil hectares.</div>
<div style="text-align: justify;">
Prefeitos que utilizam trabalho escravo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Iris Rezende, enquanto ministro da Justiça permitiu que a Aracruz Celulose continuasse exaurindo 11 mil hectares de terras indígenas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Kátia Abreu e suas mais de 3 mil cabeças de gado.</div>
<div style="text-align: justify;">
Jader Barbalho, Renan Calheiros e José Sarney são proprietários de terra, grileiros e estão envolvidos com a exploração de trabalho escravo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Paulo Piau (<span style="font-size: large;">relator do Código Florestal</span>) recebeu mais de R$ 1 milhão da empresa Friboi.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Leitura Obrigatória! A utopia fica na esperança desse livro ser lido por estudantes de todo o Brasil. Em ano de eleição que é para ficar mais divertido. Lembrei, inclusive de um dos candidatos a prefeitura de Santos (litoral), Beto Mansur (PP) acusado de trabalho escravo. Enquanto ele se apóia nesse sistema falido da justiça, pode receber mais dinheiro para financiar sua campanha tão suja quanto a sua trajetória.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Lembrei também de Ronaldo Caiado, em discurso inflamado sobre as alterações do código florestal:</div>
<div style="text-align: justify;">
"Quantos brasileiros doam parte de seu patrimônio, para proteger o meio ambiente"?</div>
<div style="text-align: justify;">
Nós não temos patrimônio, querido Caiado. Vocês saquearam tudo!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHNK-3x1gZZ4eiHYnQx0p3n-C2RgGgLpov1te62cG8Ri5J7flPdvfSrw9HHBUfQQ6UepkVixsRWCFdT0cZrlNgo7HgbMfChFahIZHqQozHFPYgt_zQSDDysoKFlhaBx4CDXWgr-39arI0/s1600/pt.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHNK-3x1gZZ4eiHYnQx0p3n-C2RgGgLpov1te62cG8Ri5J7flPdvfSrw9HHBUfQQ6UepkVixsRWCFdT0cZrlNgo7HgbMfChFahIZHqQozHFPYgt_zQSDDysoKFlhaBx4CDXWgr-39arI0/s400/pt.jpg" width="400" /></a></div>
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Página do livro no facebook: <a href="https://www.facebook.com/#!/partidodaterraBR">https://www.facebook.com/#!/partidodaterraBR</a><br />
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O livro em outros blogs<br />
<a href="http://candidoneto.blogspot.com.br/2012/08/o-partido-da-terra-livro-comprova-o.html">Língua Ferina</a><br />
<a href="http://www.mpabrasil.org.br/noticias/parlamentares-latifundiarios-e-suas-estreitas-relacoes-com-o-agronegocio">Movimento dos Pequenos Agricultores</a><br />
<a href="http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2012/08/28/o-sistema-politico-brasileiro-e-a-logica-do-arame-farpado/">Blog do Sakamoto</a><br />
<br />
Relacionados:<br />
<a href="http://moendogente.org.br/#lat=-16.69489801173675&lng=-46.300120520996245&zoom=5&p=160">Moendo Gente</a>: situação dos frigoríficos brasileiros<br />
<a href="http://www.reporterbrasil.org.br/">Repórter Brasil:</a> combate ao trabalho escravo<br />
<span id="goog_1528897593"></span><a href="http://www.blogger.com/">Greenpeace<span id="goog_1528897594"></span></a>: Desmatamento Zero<br />
<br />Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-75523520084207617342012-08-29T00:08:00.000-03:002012-08-29T00:08:09.297-03:00E que venha o futuro...<div style="text-align: justify;">
Hoje o assunto é educação. Mais que isso. Hoje o assunto é revolução.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis-7uWtpL0ScRRJIdjzeULgXgE7gxGfW8XPGwPWfPWQiY7L2DUJWVvBXsvV-Kvc-iyqTlotCSbC8YXFD3DkPQDGWQFEQMI22RWq3VWUUvcQTbYLox9O_Wc7C1uSPlK6Z2VQ9SEcPeAhv4/s1600/diario.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="162" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis-7uWtpL0ScRRJIdjzeULgXgE7gxGfW8XPGwPWfPWQiY7L2DUJWVvBXsvV-Kvc-iyqTlotCSbC8YXFD3DkPQDGWQFEQMI22RWq3VWUUvcQTbYLox9O_Wc7C1uSPlK6Z2VQ9SEcPeAhv4/s400/diario.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Isadora Faber, aluna da sétima série de uma escola municipal em Florianópolis, teve uma idéia simples, porém eficiente. </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Cansada de reivindicar direitos e não ser ouvida, cansada do descaso público, Isabela criou uma página no <a href="https://www.facebook.com/pages/Di%C3%A1rio-de-Classe/261964980576682">facebook</a>, onde relata a situação de sua escola.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
E para quem acha que essa nova geração é tão alienada quanto todas as outras e que não se faz revolução em frente ao computador, sugiro que acessem a página da garota, que já foi "curtida" por mais de 135 mil pessoas.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Isadora também foi manchete em vários veículos da mídia e já conta com o apoio da prefeitura. Até a diretora da unidade, admitiu a "fragilidade na administração", após a menina ter sido "contestada" pelos próprios funcionários. E até uma reunião entre a secretaria da educação e a direção da escola já foi agendada.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Que Isadora e seu Diário de Classe inspirem mais adolescentes, bem agora na época de eleição. E que para nós, marmanjos já criados, fique essa bela lição de cidadania...</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
E que venha a nova geração!</div>
<br />
<br />
<br />
<br />
Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-62758393277664114952012-07-17T02:41:00.001-03:002012-07-17T02:41:28.588-03:00Feira de Sementes e Mudas dos Quilombos do Vale do Ribeira<iframe frameborder="0" height="415px" src="http://catarse.me/pt/projects/803-feira-de-sementes-e-mudas-dos-quilombos-do-vale-do-ribeira-sp/video_embed" width="364px"></iframe><br />
<br />
<a href="http://catarse.me/pt/projects/803-feira-de-sementes-e-mudas-dos-quilombos-do-vale-do-ribeira-sp#embed">http://catarse.me/pt/projects/803-feira-de-sementes-e-mudas-dos-quilombos-do-vale-do-ribeira-sp#embed</a><br />
<br />
<br />
<div style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font: inherit; line-height: 22px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
O que é a Feira?</div>
<div style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font: inherit; line-height: 22px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
É uma iniciativa do Instituto Socioambiental – <span class="caps" style="border: 0px; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">ISA</span> em parceria com as associações das comunidades quilombolas, <span class="caps" style="border: 0px; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">EAACONE</span>- Entidade de Articulação das Associações das Comunidades Negras do Vale do Ribeira, <span class="caps" style="border: 0px; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">FACQUIVAR</span>- Federação das Associações das Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira, <span class="caps" style="border: 0px; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">ITESP</span>- Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo, FF- Fundação Florestal do Est. SP, <span class="caps" style="border: 0px; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">USP</span>-Leste e Prefeituras de Eldorado, Iporanga, Apiai, Itaóca e Registro.</div>
<div style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font: inherit; line-height: 22px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;">A feira de trocas de sementes e mudas visa reforçar a importância da roça na manutenção da cultura quilombola do Vale do Ribeira para garantir a segurança alimentar das comunidades envolvidas. Este evento mobiliza as comunidades, a população da cidade de Eldorado -SP e os convidados, resultando em troca de sementes, mudas e outros produtos tradicionais. O trabalho agrícola é a principal atividade produtiva nos quilombos do Vale do Ribeira. Empenhados em produzir alimento para o sustento das famílias, homens e mulheres cultivam arroz, feijão, milho, mandioca, cana, banana e uma variedade de outros tubérculos, verduras, hortaliças e frutas. O reconhecimento da importância das roças para a subsistência e segurança alimentar das comunidades quilombolas é notório e recorrente. A atividade de cultivo supõe um conjunto de relações, saberes e práticas que, ancorados em valores compartilhados, serve de base para a organização sociocultural quilombola. A roça é o centro deste sistema agrícola e por isso, se decai, leva consigo uma série de outros aspectos caros à manutenção do patrimônio cultural das comunidades quilombolas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;">Antecede a Feira um Seminário, que terá como tema o papel da roça na segurança alimentar e na cultura quilombola, prevê a participação de cerca de 100 pessoas, representando as 25 comunidades presentes, instituições parceiras, outras comunidades tradicionais e gestores públicos. Espera-se do conjunto de relatos dos quilombolas uma discussão a respeito da questão das roças, inserção dos jovens nas atividades tradicionais e políticas públicas de valorização e conservação das roças e sementes.</span></div>
<br />
<div style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font: inherit; line-height: 22px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;">Data e Local:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;">Seminário – Data: 17/08/2012</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;">Feira – Data: 18/08/2012</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;">Local: Praça Nossa Senhora da Guia no município de Eldorado, Vale do Ribeira (SP)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;">Durante a feira grupos culturais vindos das comunidades se apresentarão.</span></div>
<br />
<div style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font: inherit; line-height: 22px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;">Você sabe o que é uma comunidade quilombola?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;">É uma comunidade negra rural habitada por descendentes de africanos escravizados, com laços de parentesco, que vivem da agricultura de subsistência, em terra doada, comprada ou secularmente ocupada por seus antepassados, os quais mantêm suas tradições culturais e as vivenciam no presente, como suas histórias e seu código de ética, que são transmitidos oralmente de geração a geração.</span></div>
<br />
<div style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font: inherit; line-height: 22px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;">Por que precisamos da sua doação?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;">Para garantir a realização da V Feira de Trocas de Sementes e Mudas e o Seminário de trocas de experiência.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;">Durante 4 anos a feira foi realizada e os resultados obtidos foram positivos no sentido de garantir a segurança alimentar dessas comunidades, dada a importância queremos dar continuidade e realizar a V edição da feira para isso precisamos de você!</span></div>
<br />
<div style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font: inherit; line-height: 22px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Ajude a realizar este evento, faça a sua doação!</div>
<div style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font: inherit; line-height: 22px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Confira o orçamento na aba atualizações!</div>
<div style="border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; font: inherit; line-height: 22px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Visite o nosso site:<a href="http://www.socioambiental.org/"> <span style="font: inherit;">www.socioambiental.org</span> </a></div>Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-34746042544500850072012-07-15T20:55:00.001-03:002012-07-15T20:56:53.219-03:00Árvores da minha infância - e da Mata Atlântica também -<div style="text-align: justify;">
São apenas quatro espécies, das quais três são bastante populares e ainda encontradas por São Paulo. A outra é a minha favorita, entre as quatros.</div>
<br />
Jabuticabeira<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx_r7sTF6uEJfuIY4IoAsTGF54YhKL5L8YPSU63YWoM0-4fSCxroj8Q9XnPhmo6Xs936nTLJKo0LzYyFrVlW7YGeSlf1-ItiuPSHwT299L9pnSBwaZpXtl3vbF23J-rqInV93P1SZGa_0/s1600/jabuticabeira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx_r7sTF6uEJfuIY4IoAsTGF54YhKL5L8YPSU63YWoM0-4fSCxroj8Q9XnPhmo6Xs936nTLJKo0LzYyFrVlW7YGeSlf1-ItiuPSHwT299L9pnSBwaZpXtl3vbF23J-rqInV93P1SZGa_0/s320/jabuticabeira.jpg" width="240" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Já falei dela aqui... Esta da foto, lembra muito bem a espécie da minha infância. Ficava assim num quintal, de uma casa no meio de São Paulo. Minhas lembranças incluem um avô sempre sereno, colhendo as frutinhas para minha irmã e para mim e umas dezenas de pássaros cantando em volta.</div>
<br />
Pitangueira<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPWfjSdVV1fkEK3xkIHCxKeSJvZW7pIfdJNtm6LWE_NHt3F8pOp3U7FrbvoWUAWoMeSeGdkzwimDJkP8YZxxBpfmXopQZM5LtBnQJZgA-ds19yjox79ZamM_rQ9lFDB_JJumCBHfMd8NI/s1600/pitangueira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPWfjSdVV1fkEK3xkIHCxKeSJvZW7pIfdJNtm6LWE_NHt3F8pOp3U7FrbvoWUAWoMeSeGdkzwimDJkP8YZxxBpfmXopQZM5LtBnQJZgA-ds19yjox79ZamM_rQ9lFDB_JJumCBHfMd8NI/s320/pitangueira.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
A mais comum. Até hoje encontro pelas ruas do bairro onde morei em São Paulo. Havia um pé na escola onde estudei. E pude experimentar as frutas, pela primeira vez, colhidas no pé, antes de encontrá-las na feira.</div>
<br />
<br />
Jerivá<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfScqNLsuX3aJ376ca_5fLEAsNEsspXoaoiRfPwgnX8yjGWQwvLaGe0PGQhoQ1iG8OrwOyQBS2A3Bil5M4vtIVmjsn_9T11VB0hVZQ2w8X-06eqRKZxa-Uqe09ktVTUO4fNwMJ6RMZ320/s1600/jeriv%C3%A1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfScqNLsuX3aJ376ca_5fLEAsNEsspXoaoiRfPwgnX8yjGWQwvLaGe0PGQhoQ1iG8OrwOyQBS2A3Bil5M4vtIVmjsn_9T11VB0hVZQ2w8X-06eqRKZxa-Uqe09ktVTUO4fNwMJ6RMZ320/s320/jeriv%C3%A1.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Ou coquinhos, como chamei por toda a infância. Esses caíam aos montes, cobriam o chão, acertavam a cabeça e os exemplares eram muito altos...(ou talvez grandes demais para mim, que ainda era uma criança). Ao lado da minha casa há um pé altíssimo, onde vez ou outra aparece um gavião carijó para fazer ninho e afugentar qualquer roedor que aparecer pela redondeza...</div>
<br />
<br />
E a mais querida:<br />
<br />
Uvalha - uvaia -<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkrDylI5blBhudvmfGQEmgqxwIHcLeabUAItVTPnZMAxhrM371xnk8sscEWQvfzLzHm6iJYqH8T_8JWTeIKJtFt24iPlvszEJgE7lckXYgt1gJ7YA5JfphIxoevTM7csizAHaHOteDjf4/s1600/uvaia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkrDylI5blBhudvmfGQEmgqxwIHcLeabUAItVTPnZMAxhrM371xnk8sscEWQvfzLzHm6iJYqH8T_8JWTeIKJtFt24iPlvszEJgE7lckXYgt1gJ7YA5JfphIxoevTM7csizAHaHOteDjf4/s320/uvaia.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Tive a sorte e o privilégio de estudar por 12 anos numa escola repleta de árvores, no pé da Serra da Cantareira, onde havia um pé de pitanga e outros tantos de jerivá, mas a minha preferida era a de uvaia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1bZDQ941e_T0LAWXW7Xe0Yg1yHRiSQn-UwIMemrUIXVfT8F5FmceGDOBan2v6b68jkn3F1DrSw0q3nbyqw4rWBIIeU1vfbRXSz33VQOWTADnOZoqP7D0y5jcnMvEdGwEHvPkQ8xHpcWY/s1600/uvaia1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="144" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1bZDQ941e_T0LAWXW7Xe0Yg1yHRiSQn-UwIMemrUIXVfT8F5FmceGDOBan2v6b68jkn3F1DrSw0q3nbyqw4rWBIIeU1vfbRXSz33VQOWTADnOZoqP7D0y5jcnMvEdGwEHvPkQ8xHpcWY/s200/uvaia1.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
O fruto é amarelo, aveludado e o gosto bem azedinho. Eu amava. Nas minhas recordações ela era muito maior e mais frondosa, do que nas descrições da espécie que tenho lido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lembro de ter levado algumas frutinhas para casa e, na hora, minha você reconhecê-las como uvalha - que eu entendi como ovalha, propaguei como ovalha e ouvi de todo mundo que essa fruta não existia. Hoje sei que minha avó estava certíssima, eu entendi errado e a maior parte das pessoas que ouvir o nome correto, ainda assim não vai saber do que se trata.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vou redobrar minha atenção às árvores e espero muito encontrar essa espécie por aqui. Hoje ela vem sendo muito usada na recuperação de áreas degradadas e eu espero colher muitos frutos entre setembro e janeiro para cultivar várias mudinhas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;">Colher essas frutinhas que possuem muito mais vitamina C do que as laranjas - que nem do Brasil são e normalmente são cultivadas em monocultura com muito agrotóxico - é um sonho que eu pretendo realizar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando vou a feira não entendo como pode ser abundante a oferta de kiwi e morango, por exemplo, mas a gente não encontrar pitanga ou jabuticaba - em qualquer época do ano -.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A gente ainda não descobriu o verdadeiro sabor de cada estado, de cada região, de cada lugar...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Todas essas árvores são endêmicas da mata atlântica, o bioma que me cerca e que aprendi a respeitar e amar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-550224904586655052012-07-09T01:21:00.000-03:002012-07-09T01:21:38.486-03:00Portinho - Praia Grande<div style="text-align: justify;">
O Portinho é uma atração turística em Praia Grande, às margens do Mar Pequeno, repleto de árvores, próximo a Avenidade Ayrton Senna, onde fica o Portal de entrada da cidade.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikEZPp9i5Vhjm5_fDhEzA4zQyCf92cdcUvj_omMgkrwdX5ULNFpCQaX7X-YzhMwVZajcIzvr797e-6nG79fOzpLNG0194FCFlE2-zfa_Ny5iKgjYRQLlceeR7JzSYsGFlgyEN9rUtd_tA/s1600/411.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikEZPp9i5Vhjm5_fDhEzA4zQyCf92cdcUvj_omMgkrwdX5ULNFpCQaX7X-YzhMwVZajcIzvr797e-6nG79fOzpLNG0194FCFlE2-zfa_Ny5iKgjYRQLlceeR7JzSYsGFlgyEN9rUtd_tA/s400/411.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Há dezenas de quiosques com churrasqueiras e um restaurante para o público. Como não sou nada fã de churrasco e prefiro a minha comida, não utilizo o espaço para botar fogo em carvão e tostar a carne. Fazemos pic nics, normalmente. No chão, embaixo de uma árvore. Ainda não conheci crianças que não gostem de passeios desse tipo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />Por lá também há um parquinho onde os pequenos podem se esbaldar. Além de um campo de futebol e a escolinha de remo e vela.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />Há atividades de pesca e passeios de barco, por um preço que eu considero salgado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />Mas o motivo da postagem é o de divulgar o Museu da Mata Atlântica, sediado dentro do Portinho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />A entrada é gratuíta e há um estagiário em Biologia para acompanhar os visitantes e esclarecer dúvidas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />Além do Museu, funciona o Núcleo de Educação Ambiental, formado por profissionais que atuam nesse setor. Esse núcleo oferece cursos, também gratuitos, onde qualquer pessoa pode se inscrever. Dentre os cursos oferecidos estão os de horta em garrafa pet, artesanato com recicláveis, brinquedos com material reciclável, etc. Os cursos variam e é necessário ligar ou ir pessoalmente para se inscrever. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />Também há um viveiro de mudas, onde o visitante pode descobrir, por exemplo, que o pé de alface, também floresce. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />(As mudas não podem ser levadas pelos visitantes - infelizmente - são doadas apenas para trabalhos ligados a educação ambiental em escolas e/ ou outros projetos).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3n7etdbcIl0_FtJGP-D86qlkGVdY3kK_eDTrsED7OekDH_-N-ykDic0BsEIBkCrVwEc-Jv3LZTe2aeA0bv0tXMyi2sE2nPF0GtOOPfGLnLJ_g72GB0D-rMaU8WfWjZJfVv5V8l-DWyy0/s1600/229.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3n7etdbcIl0_FtJGP-D86qlkGVdY3kK_eDTrsED7OekDH_-N-ykDic0BsEIBkCrVwEc-Jv3LZTe2aeA0bv0tXMyi2sE2nPF0GtOOPfGLnLJ_g72GB0D-rMaU8WfWjZJfVv5V8l-DWyy0/s640/229.JPG" width="425" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">logo na entrada uma ilustração sobre a importância das árvores</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgetx0rlO8A5qir7_D-_k-wi0ksThdtHmL0Htp5bTPfLD7Qi0fQxM8QxqnPYLcDo6GtEAP9o3I6Ynp3L23RjQDbtK2gh0Ot0acVwwJTJg8Vdc9qAunijy8qw363qUxylWJM2hl2PNW4Zk4/s1600/338.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgetx0rlO8A5qir7_D-_k-wi0ksThdtHmL0Htp5bTPfLD7Qi0fQxM8QxqnPYLcDo6GtEAP9o3I6Ynp3L23RjQDbtK2gh0Ot0acVwwJTJg8Vdc9qAunijy8qw363qUxylWJM2hl2PNW4Zk4/s400/338.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">para adoraradores da Mata Atlântic como eu</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjjyd4B2-lBjtgz3gAw5de1qADzJ-tAOc8mqqQ0FZtEWU9RWwvEC8H_vIbInRA5gdu_XK50ZlLenOkZW-RSE1gPFhpPMtYbSdmYemPPXZgx0tBwzZNoyVwmV5djAYUtMeK0KcOyuhxJB4/s1600/339.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjjyd4B2-lBjtgz3gAw5de1qADzJ-tAOc8mqqQ0FZtEWU9RWwvEC8H_vIbInRA5gdu_XK50ZlLenOkZW-RSE1gPFhpPMtYbSdmYemPPXZgx0tBwzZNoyVwmV5djAYUtMeK0KcOyuhxJB4/s400/339.JPG" width="300" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">algumas espécies de cobras, encontradas pela polícia ambiental, pescadores ou turistas por diversos motivos</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDmaom139lJZpxqHp5AW_TpP5wbKB2CR2xEPludMMEV0ZyeU8mKQX_ntgFmX91dCB8JwsCDR_0ViiDG3qM6OFGSEsIzhgDiGArpb5RStyb0_xAt_59d7I_vtLW3WaDAWarbu8U11hID_8/s1600/304.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDmaom139lJZpxqHp5AW_TpP5wbKB2CR2xEPludMMEV0ZyeU8mKQX_ntgFmX91dCB8JwsCDR_0ViiDG3qM6OFGSEsIzhgDiGArpb5RStyb0_xAt_59d7I_vtLW3WaDAWarbu8U11hID_8/s320/304.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">parte dos ossos de uma baleia, encontrada na praia, no final dos anos 80, que eu acompanhei a remoção na época, ao lado do meu avô. </td></tr>
</tbody></table>
<br />
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4b2n40nqfmXlv4mXgFNgxtLJ2G3RjBh02g6Irc7GNwdswl5gRsXYdjlOfUsu7pQC6QBNlLjpoTiDK8UlaA7hazVDtb8bKMbs66peK1H8nD8iiEHRvphvC751dDFxGfc_Ln_BV_pQnY8c/s1600/374.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4b2n40nqfmXlv4mXgFNgxtLJ2G3RjBh02g6Irc7GNwdswl5gRsXYdjlOfUsu7pQC6QBNlLjpoTiDK8UlaA7hazVDtb8bKMbs66peK1H8nD8iiEHRvphvC751dDFxGfc_Ln_BV_pQnY8c/s400/374.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">carretel de fio repaginado numa das oficinas oferecidas<br />
<br />
<br />
</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Endereço: Rua Paulo Sérgio Garcia, 18531 - Tude Bastos (Sítio do Campo)<br />
Telefone do Núcleo de Educação Ambiental: (13) 3496-5357Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-87532223120198962222012-07-08T19:50:00.000-03:002012-07-08T19:50:01.421-03:00Compostagem IIMais vida encontrada na compostagem...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5nckZOMPp_MKx7tE6MiItD9hgBr_dwZ7P3L_reNCkH8JrQuYxHibzswcBu4Yg5EPgXSBuJ8E24zLn8a0kqhlYaHM7s7WfaHYclkjdYu4n_W5WXxeM4qxxuvg7vazyME439f-o-TL9lhk/s1600/016.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5nckZOMPp_MKx7tE6MiItD9hgBr_dwZ7P3L_reNCkH8JrQuYxHibzswcBu4Yg5EPgXSBuJ8E24zLn8a0kqhlYaHM7s7WfaHYclkjdYu4n_W5WXxeM4qxxuvg7vazyME439f-o-TL9lhk/s320/016.JPG" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Dessa vez as beterrabas resolveram dar o ar da graça</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipDl-JdsICF-varPyaHeVPttdCjkmTRoUuTgZdGM2lY6exBQePhDXSsp5Sy9u6a2IJGPxui5TBdp7RjXeriS4yo4RW8zFBF8RGj9cIZHFj5B3MZpvxV9BEyvKVWVSEiP2JNU5fDJp_znA/s1600/015.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipDl-JdsICF-varPyaHeVPttdCjkmTRoUuTgZdGM2lY6exBQePhDXSsp5Sy9u6a2IJGPxui5TBdp7RjXeriS4yo4RW8zFBF8RGj9cIZHFj5B3MZpvxV9BEyvKVWVSEiP2JNU5fDJp_znA/s320/015.JPG" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
assim como as batatas<br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKA7f4qNQBUd4E_-1oJpJVSJgm3ry4Zynk-yOm7Uq0XSsFvEXHAkh1DVYFq0DljQgYYC7212bUpmDK-cof8pugls3wUIhh-DccOkyjQRQs7pWzx0ONATG-bxUbLrcg6GxXMaEYdufwVGo/s1600/017.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKA7f4qNQBUd4E_-1oJpJVSJgm3ry4Zynk-yOm7Uq0XSsFvEXHAkh1DVYFq0DljQgYYC7212bUpmDK-cof8pugls3wUIhh-DccOkyjQRQs7pWzx0ONATG-bxUbLrcg6GxXMaEYdufwVGo/s320/017.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
feijão ( e dessa vez sei que se trata do roxo)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDiuCB1BoyxPUPMC-I3lflUTFOMCCtBXYFX1mGq9gYb-WFxL0gKyCNW_rk0TjPBlTN5RcIrXGxCG_7w280DfAQ4bYSt0taHwgLp1RJFq_9paf6H-kd1EoRLgAFbkPFNYlRo0xcwAvmUB0/s1600/013.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDiuCB1BoyxPUPMC-I3lflUTFOMCCtBXYFX1mGq9gYb-WFxL0gKyCNW_rk0TjPBlTN5RcIrXGxCG_7w280DfAQ4bYSt0taHwgLp1RJFq_9paf6H-kd1EoRLgAFbkPFNYlRo0xcwAvmUB0/s320/013.JPG" width="240" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
pequeno <a href="http://evolucaosustentavel.blogspot.com.br/2011/11/meu-pe-de-cuca.html">pé de cuca</a>, que minha filha pegou na rua para brincar, foi párar na compostagem e brotou</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="left" class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
E a compostagem segue cheia de vida...</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Desde que moro sozinha reciclo meu lixo, mas a compostagem só comecei a fazer certinha, há um ano. E durante todo este período o lixo que minha família, de 4 pessoas, produz, ficou reduzido a uma sacolinha plástica por semana. E o melhor de tudo é que acabo tendo um berçario de mudas variadas, sem nenhum trabalho.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-13793925359636538902012-06-29T00:57:00.001-03:002012-06-29T00:58:27.468-03:00"Amar o próximo é crime agora?"<div style="text-align: justify;">
A frase acima foi dita por Kaká Ferreira, presidente da ong Anjos da Noite, após declaração feita pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana, informando que a partir de agora, oferecer e /ou destribuir sopa nos bairros do centro de São Paulo aos moradores de rua pode virar crime.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCH8T9At2VsSSgtplOHOA2kAm1cqZ_H3mK3pYaAmDKuTmYzjlB8ePu0L5iAxQh1noyifTZMPoVkKd9C5sTjdTN5dWGC4FC1cziSHek0Nh8Zgeors1xrHdZUNVtoH7i8G0qCfm40bUOf2Y/s1600/comida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCH8T9At2VsSSgtplOHOA2kAm1cqZ_H3mK3pYaAmDKuTmYzjlB8ePu0L5iAxQh1noyifTZMPoVkKd9C5sTjdTN5dWGC4FC1cziSHek0Nh8Zgeors1xrHdZUNVtoH7i8G0qCfm40bUOf2Y/s400/comida.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
A ong Anjos da Noite realiza esse trabalho há mais de 20 anos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Kassab é arbitrário e descompensado, mas essa iniciativa foi longe demais. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A prefeitura alega que a iniciativa dessas pessoas, que estão simplesmente alimentando quem tem fome, suja demais as ruas de São Paulo. Também querem que esses moradores de rua, sejam encaminhados as tendas específicas oferecidas pela própria prefeitura onde eles podem sentar e comer com maior dignidade do que no meio da rua.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não enxergo concorrência e não acredito que as ongs devam parar de auxiliar essas pessoas porque agora a prefeitura tem um serviço um pouco melhor organizado (que eu sinceramente duvido que daria conta de atender a todos os moradores de rua da cidade de São Paulo).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A maior parte dos moradores de rua não quer virar estatística de municípios e normalmente nega as oportunidades oferecidas pelo poder público. Eles têm os seus motivos. Da mesma forma nunca vi nenhuma dessas pessoas recusar a comida quente, na noite fria, trazida por trabalhadores voluntários.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estamos acostumados a ver o Estado virar as costas para os indivíduos. E também já nos acostumamos a ver pessoas trabalharem pelo bem comum.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Que o poder público comece a se preocupar com o que está realmente errado e deixe livre quem está fazendo o bem.</div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOyRlp6MgfiuKFmMzCOfgFUxf0LpEJ_kg5nvMo9zE_HgneJGuUPyKbP0_GaUruzUN9Kv4emo9Vsi3Euv8xmLyuhyphenhyphenv-vd-jO9etluclTk3JKSHWZsL7b8yvsnTLYDb73nuGT22fZvCRdqU/s1600/rio+tiete.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOyRlp6MgfiuKFmMzCOfgFUxf0LpEJ_kg5nvMo9zE_HgneJGuUPyKbP0_GaUruzUN9Kv4emo9Vsi3Euv8xmLyuhyphenhyphenv-vd-jO9etluclTk3JKSHWZsL7b8yvsnTLYDb73nuGT22fZvCRdqU/s400/rio+tiete.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem do Rio Titê - há décadas necessitando de iniciativas públicas - </td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E que bom seria se todo o lixo da imunda metrópole paulistana se resumisse as garrafas plásticas utilizadas para distribuir sopa na madrugada!</div>
<br />
<br />
<br />
Notícia divulgada pelo Jornal da Tarde, <a href="http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/prefeitura-quer-proibir-sopao-gratis-no-centro/">clique aqui</a>.<br />
<br />Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-90872808307374801072012-06-21T21:49:00.000-03:002012-06-21T22:52:46.977-03:00Rio...+ 20 anos de espera?<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibY3zbJ5zQ_bTKp08nLjMwNLwP7e-gZfJy_Z-xLRIMCLnuD3rhTdCQRM13wzKpUIMT7SLtL2HzU7lDbhNqO6svxkl-JpoKJaQLXuXKM5KFwrjag_TQOHfAzBahD5-qJJN-hNTV4Prbpzk/s1600/mundano.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibY3zbJ5zQ_bTKp08nLjMwNLwP7e-gZfJy_Z-xLRIMCLnuD3rhTdCQRM13wzKpUIMT7SLtL2HzU7lDbhNqO6svxkl-JpoKJaQLXuXKM5KFwrjag_TQOHfAzBahD5-qJJN-hNTV4Prbpzk/s640/mundano.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">grafite de Thiago Mundano</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Quem já circulou por esse blog sabe da minha desesperança quando o assunto são conferências sobre meio ambiente. Políticas, documentos, discursos...muita teoria e normalmente NENHUMA prática.</div>
<div style="text-align: justify;">
Moro no litoral de São Paulo e mesmo que quisesse não poderia ir até o Rio de Janeiro dedicar meus dias inteiros a debates e discussões. Gostaria sim de ouvir seres-humanos comuns e suas histórias de lutas e progressos ambientais e sociais. Gostaria de ter ouvido Frei Betto, Leonardo Boff e principalmente <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Vandana_Shiva">Vandana Shiva</a>, que na minha modesta e distante opinião foi um show a parte nessa Rio + 20.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #741b47; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><b><i><span style="color: #38761d;">"Não concordo que o Brasil seja um grande produtor de alimentos para o mundo. O Brasil é um grande produtor de cana-de-açucar, que vira álcool. É um grande produtor de soja, que alimenta o gado europeu. O Brasil é um grande produtor de commodities. E commodities vão para o mercado. Não vão para os famintos!"</span></i></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>Vandana Shiva</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0xTppapQvqGn9qwZWjCcaMZKGXl5UOkwH-_eU3NwmwlQUSZHpnklPCxmvdP2SyUGVy3Q4_nZUVp62-En5qslXnl651YUccDMf4XoinWEwiuzKGkB7UiKFEWVkY2c1ocjD2cenHg6FxVg/s1600/polar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="234" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0xTppapQvqGn9qwZWjCcaMZKGXl5UOkwH-_eU3NwmwlQUSZHpnklPCxmvdP2SyUGVy3Q4_nZUVp62-En5qslXnl651YUccDMf4XoinWEwiuzKGkB7UiKFEWVkY2c1ocjD2cenHg6FxVg/s320/polar.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Agora, imagino que para os participantes da Rio + 20, o discurso de Dilma Roussef tenha sido um tanto quanto revoltante<strike> eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada. </strike>Porque no Rio de Janeiro ela foi favorável ao desenvolvimento sustentável, a frear o consumismo...(aquilo era o quê? Uma outra personalidade, das múltiplas que ela deve ter para enganar cada povo e governo de cada país que visita?).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Chegando em Brasília desenvolvimento sustentável para ela é apoiar o agroegócio e permitir a alteração de um código florestal, já muito pouco respeitado. Eficiência energética ela resolve construindo megas hidrelétricas, termoelétricas, usinas nuclear e com o imponente projeto do pré-sal. E diminui o consumismo, reduzindo IPI de automóvel.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfHfWQij_fwLG5VQwCi1yqD-NbOHBz4vKVtROKqNQKqI__pjBaLeQA2meNy3OzjSm8DM3TGfOKbOkATEDzitha36G_4dNVQ-I7b8HsHmAosa4Flz-l1geOa0P9bPNY_gj6CRqdIm80TIs/s1600/charge1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfHfWQij_fwLG5VQwCi1yqD-NbOHBz4vKVtROKqNQKqI__pjBaLeQA2meNy3OzjSm8DM3TGfOKbOkATEDzitha36G_4dNVQ-I7b8HsHmAosa4Flz-l1geOa0P9bPNY_gj6CRqdIm80TIs/s1600/charge1.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quanta discrepância, hipocrisia e demagogia, reunidas num discurso só. E eu devo ter esperanças??? O que foi feito desde 1992, quando eu ainda era uma criança e não sabia que por culpa dos países mais ricos os pobres pagavam com suas vidas e a natureza se esvaia com cada decisão tomada pelos homens mais poderosos do mundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Da Rio + 20 fico com todas as palavras proferidas por Vandana Shiva, física, ambientalista atuante que só falou verdades e que assim como eu também não acredita nesse tipo de conferência, mas sim na sociedade organizada, unida e disposta a fazer um futuro melhor. Futuro esse que eu acredito que começamos a mudar, quando destapamos os olhos para enxergar as verdades.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLq8xgnbrs9nJNW_HeQxrVHO5OLpgan-oJnOKSAdjsh37LZIqoxBc1PEyL9P0N1Q36CuRa4ndJrHkbONcEuUS7Loa1fTeTFh_LgDkGtYs9g59JP6FlwbvkiIJWzfkBkfs5Cp6eNa4hlpE/s1600/passeatario.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLq8xgnbrs9nJNW_HeQxrVHO5OLpgan-oJnOKSAdjsh37LZIqoxBc1PEyL9P0N1Q36CuRa4ndJrHkbONcEuUS7Loa1fTeTFh_LgDkGtYs9g59JP6FlwbvkiIJWzfkBkfs5Cp6eNa4hlpE/s1600/passeatario.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Manifestação no Rio de Janeiro, durante a Rio + 20, quase não divulgada pela mídia.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #741b47; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="color: black; font-family: Times New Roman;"><strong><em><span style="color: #38761d;">" A indústria d</span></em></strong></span></span><span style="color: #741b47; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="color: black; font-family: Times New Roman;"><strong><em><span style="color: #38761d;">o petróleo e o agronegócio encontraram na economia verde uma maneira de defender seus próprios interesses, subvertendo o conceito. Infelizmente, governos do mundo emergente ainda não perceberam que economia verde não se trata de tecnologia e sua transferência, e sim da exploração de recursos naturais. Trata-se de um modelo aparentemente sustentável que fará com que os governos percam cada vez mais controle sobre seus recursos naturais, entregando-os nas mãos das grandes corporações"</span></em></strong></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #741b47; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="color: #38761d; font-family: Times New Roman;"><strong><em>"Sustentabilidades </em></strong></span></span><span style="color: #741b47; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="color: black; font-family: Times New Roman;"><span style="color: #38761d;"><strong><em><span style="color: #38761d;">e justiça social são inseparáveis, não teremos uma sem outra. Quando pensamos em injustiça, pensamos nas pessoas que não têm comida, água, terra. Tudo o que lhes falta vem da natureza. Sem sustentabilidade, não teremos justiça social. Sistemas de exploração, tais como os modelos de agronegócio, são insustentáveis em termos de exploração de recursos naturais e são injustos, privar as pessoas de direitos fundamentais como comida e água."</span></em></strong></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #741b47; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="color: black; font-family: Times New Roman;"><span style="color: #38761d;"><strong><em>Vandana Shiva (mais uma vez)</em></strong></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: black; font-family: Times New Roman;"><span style="color: #38761d;"></span></span><br />
<span style="color: black; font-family: Times New Roman;"><span style="color: #38761d;"></span></span><br />
<span style="color: black; font-family: Times New Roman;"><span style="color: #38761d;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj76AIsp_KZt2KXgVNQAnGgHE8Ui7Nc6zJ9FHK8EY5b_W5h_UjpWjF9ZI3yG-5XtfIMjjP3lJGNR1i-mWhaosKL3ufX_yDkLyQdnRJuDfFMpx7JGkmNplE8qOY0nMZpNCNYWumO77C53dE/s1600/vandana.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj76AIsp_KZt2KXgVNQAnGgHE8Ui7Nc6zJ9FHK8EY5b_W5h_UjpWjF9ZI3yG-5XtfIMjjP3lJGNR1i-mWhaosKL3ufX_yDkLyQdnRJuDfFMpx7JGkmNplE8qOY0nMZpNCNYWumO77C53dE/s1600/vandana.jpg" /></a></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #cccccc;">Trechos de uma entrevista que ela deu para O Globo, <a href="http://oglobo.globo.com/rio20/o-poder-esta-nas-redes-sociais-diz-vandana-shiva-5175582">clique aqui</a> para ler na íntegra.<a href="http://oglobo.globo.com/rio20/o-poder-esta-nas-redes-sociais-diz-vandana-shiva-5175582"></a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
</span><div style="text-align: justify;">
</div>
</span>Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-86501134844770961542012-06-18T00:43:00.000-03:002012-06-18T00:43:17.185-03:00O pássaro cativo<div style="text-align: justify;">
Há tempos estou para postar este lindo poema de Olavo Bilac, que me emocionou e me emociona sempre. Esta semana o <a href="http://www.uniaolibertariaanimal.com/">Grupo Ula</a> - já mencionado por aqui algumas vezes - publicou o poema com uma linda ilustração para acompanhar. Foi minha deixa. Para todo mundo se emocionar, abrir as gaiolas para sempre e nunca mais aprisionar nenhuma linda ave que nasceu para voar...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr9f0U0Sgsvyiz-VVgjMoy-PHCt9HQ8w0g0vY3bNWqTQ1e5Emb5OK-7RgpK_DSj6mXOcAWOA285vWJNyHVbdqi4U7rron73BShEIIAWkb7sYmBxUcgasGxgn9MUHhJTGSKBIhlAo3GY_A/s1600/Passarocativo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr9f0U0Sgsvyiz-VVgjMoy-PHCt9HQ8w0g0vY3bNWqTQ1e5Emb5OK-7RgpK_DSj6mXOcAWOA285vWJNyHVbdqi4U7rron73BShEIIAWkb7sYmBxUcgasGxgn9MUHhJTGSKBIhlAo3GY_A/s1600/Passarocativo.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-4857415665887235722012-06-14T10:00:00.000-03:002012-06-14T10:00:36.517-03:00Lista das espécies mais assassinas do mundoNão resisti e estou compartilhando também. Do <a href="http://www.blogcaicara.com/2012/06/conheca-as-especies-mais-perigosas-do.html">blog Caiçara Expedições</a>.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwPtLBe3A83XyQFKTcpyWvJESrXFvi9vd7hguFJt6hCrR582jrBrt5mbd8SvM_l1ZkrrMvdrrHkc3XYpKvu4Okhrp5aUd6U-3QAGbP6HGlT6Urr_3nVoz5Y1OriCfRRWIJf8KFP4uaZKg/s1600/especies+mais+perigosas+dos+oceanos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwPtLBe3A83XyQFKTcpyWvJESrXFvi9vd7hguFJt6hCrR582jrBrt5mbd8SvM_l1ZkrrMvdrrHkc3XYpKvu4Okhrp5aUd6U-3QAGbP6HGlT6Urr_3nVoz5Y1OriCfRRWIJf8KFP4uaZKg/s640/especies+mais+perigosas+dos+oceanos.jpg" width="492" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Porque a verdade é que nenhuma outra espécie consegue ser mais perigosa que o racional ser-humano...</div>Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-91404865229920998802012-05-31T20:46:00.000-03:002012-05-31T20:46:12.338-03:00O direito do povo ao PLEBISCITO!<div style="text-align: justify;">
<em>Há algum tempo venho repetindo através das redes sociais e acredito que em algumas postagens desse blog, sobre a necessidade (urgente) de um plebiscito para decisões polêmicas como a construção de Belo Monte e as alterações do Código Florestal.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>Felizmente Leonardo Boff, muito mais capacitado que eu, também defende esta idéia. Abaixo um texto do autor, sobre o tema, publicado no <a href="http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/05/leonardo-boff-lamenta-aprovacao-de-codigo-florestal-e-conclama-referendo-popular.html">Pragmatismo Político</a>.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Por Leonardo Boff</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
Lamento profundamente que a discussão do Código Florestal foi colocada preferentemente num contexto econômico, de produção de commodities e de mero crescimento econômico.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Isso mostra a cegueira que tomou conta da maioria dos parlamentares e também de setores importantes do Governo. Não tomam em devida conta as mudanças ocorridas no sistema-Terra e no sistema-Vida que levaram ao aquecimento global.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este é apenas um nome que encobre práticas de devastação de florestas no mundo inteiro e no Brasil, envenenamento dos solos, poluição crescente da atmosfera, diminuição drástica da biodiversidade, aumento acelerado da desertificação e, o que é mais dramático, a escassez progressiva de água potável que atualmente já tem produzido 60 milhões de exilados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aquecimento global significa ainda a ocorrência cada vez mais frequente de eventos extremos, que estamos assistindo no mundo inteiro e mesmo em nosso país, com enchentes devastadoras de um lado, estiagens prolongadas de outro e vendavais nunca havidos no Sul do Brasil que produzem grandes prejuízos em casas e plantações destruídas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Terra pode viver sem nós e até melhor. Nós não podemos viver sem a Terra. Ela é nossa única Casa Comum e não temos outra.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A luta é pela vida, pelo futuro da humanidade e pela preservação da Mãe Terra. Vamos sim produzir, mas respeitando o alcance e o limite de cada ecossistema, os ciclos da natureza e cuidando dos bens e serviços que Mãe Terra gratuita e permanentemente nos dá.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E vamos sim salvar a vida, proteger a Terra e garantir um futuro comum, bom para todos os humanos e para a toda a comunidade de vida, para as plantas, para os animais, para os demais seres da criação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A vida é chamada para a vida e não para a doença e para morte. Não permitiremos que um Código Florestal mal intencionado ponha em risco nosso futuro e o futuro de nossos filhos, filhas e netos. Queremos que eles nos abençoem por aquilo que tivermos feito de bom para a vida e para a Mãe Terra e não tenham motivos para nos amaldiçoar por aquilo que deixamos de fazer e podíamos ter feito e não fizemos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O momento é de resistência, de denúncia e de exigências de transformações nesse Código que modificado honrará a vida e alegrará a grande, boa e generosa Mãe Terra. Agora é o momento da cidadania popular se manifestar. O poder emana do povo. A Presidenta e os parlamentares são nossos delegados e nada mais. Se não representarem o bem do povo e da nação, de nossas riquezas naturais, de nossas florestas, de nossa fauna e flora, de nossos rios, de nossos solos e de nossa imensa biodiversidade perderam a legitimidade e o uso do poder público é usurpação. Temos o direito de buscar o caminho constitucional do referendo popular. E aí veremos o que o povo brasileiro quer para si, para a humanidade, para a natureza e para o futuro da Mãe Terra.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc5bhmUndVPjc8WDeS0rXywZ2duhsgRuBlbm3nmm2Ko_8y2Ut56-SURJXfi34GCfsWa38rsH7u6aZwPXd9z6Sg07R_ZPAGQbvuPaEHU2Kk4hnjHcrFyh0mot_ozBO-hW4GdhNtMXOvims/s1600/veta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc5bhmUndVPjc8WDeS0rXywZ2duhsgRuBlbm3nmm2Ko_8y2Ut56-SURJXfi34GCfsWa38rsH7u6aZwPXd9z6Sg07R_ZPAGQbvuPaEHU2Kk4hnjHcrFyh0mot_ozBO-hW4GdhNtMXOvims/s320/veta.jpg" width="244" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<em>Já que as manifestações virtuais e presenciais por todo o Brasil foram simplesmente ignoradas. Já que a presidente Dilma, aceitou fazer parte desse teatro bizarro, <strong>nós temos o direito a um referendo popular</strong>. Nós <strong>TEMOS</strong> o direito de <strong>viver e atuar em democracia</strong> e não assistir a tudo, calados, enquanto repartem e vendem o país inteiro para homens poderosos e corrruptos.</em><br />
<br />
<em><a href="http://www.tse.jus.br/eleicoes/plebiscitos-e-referendos">PLEBISCITO JÁ!</a></em></div>
<br />
<br />
<br />
<br />Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-27513774458797742542012-05-25T18:41:00.001-03:002012-05-25T18:41:43.328-03:00Hospital Público Veterinário em São Paulo<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
"...I have a dream..."</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Todo protetor de animais, todo ser-humano que tem compaixão genuína pelos animais compartilhava esse sonho: um hospital público veterinário.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E esse dia chegou. A Folha noticiou <a href="http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1095004-prefeitura-de-sao-paulo-vai-criar-hospital-publico-para-caes-e-gatos.shtml">aqui</a> e no <a href="http://www.rede.tripoli.com.br/profiles/blog/show?id=2305715%3ABlogPost%3A294401&xgs=1&xg_source=msg_share_post">site</a> do vereador Tripoli - incansável protetor dos animais - também foi divulgada essa grande vitória.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É claro que para mim ainda é pouco. Um hospital público para uma cidade como São Paulo está longe de ser suficiente, mas se levarmos em conta, que até bem pouco tempo atrás, animais eram assassinados em massa nos CCZs, esta iniciativa é reconfortante. Finalmente o poder público está tratando a situação de milhares de animais com o devido respeito e seriedade que o tema merece.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E apesar de ser muito oportuno inaugurar um hospital público veterinário e encher de alegria o coração de milhares de simpatizantes da causa animal, bem em ano de eleição. Hoje eu vou tratar de enxergar o mundo mais cor-de-rosa e ignorar o jeito torto de se fazer política nesse país.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Que o sonho se expanda, que em breve outros bairros de São Paulo recebam outras unidades e que um dia essa seja a nossa realidade NACIONAL!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXB7KRy_a6-TEzh7FOd-A2WPLSj9ssNaVVRApl9MIJ-ZjoRR57iJbwUyVKu9U8arDBKvGTBAZc69WY_kzQSMPFKHFZmAVpUp7Y_vobJdMGDA1SNaCggY7ycXDyCa4Nb9qIGrl_28_aI7I/s1600/018.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXB7KRy_a6-TEzh7FOd-A2WPLSj9ssNaVVRApl9MIJ-ZjoRR57iJbwUyVKu9U8arDBKvGTBAZc69WY_kzQSMPFKHFZmAVpUp7Y_vobJdMGDA1SNaCggY7ycXDyCa4Nb9qIGrl_28_aI7I/s320/018.JPG" width="249" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
O Shiver ilustra essa postagem porque é um exemplo de vitória. Teve cinomose, ainda filhote, mas sobreviveu para contar a história</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E para encerrar a postagem com chave de ouro, <a href="http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1095580-juristas-aprovam-pena-4-vezes-maior-para-quem-maltratar-animais.shtml">no Senado estão sendo discutidas alterações na legislação penal para quem abandona, tortura ou mata animais, domésticos ou selvagens</a>...O que me faz acreditar um pouco mais na humanidade.<br />
<br />
No meu bairro, nessas últimas semanas, vi 5 filhotes conseguirem lares - com adotantes responsáveis - uma cadelinha abrigada pelos trabalhadores do posto de gasolina e mais outra cadela, que estava com sarna, foi curada e castrada pela funcionária e dona da loja do material de construção.<br />
<br />
E essa semana se encerra muito bem para mim. Obrigada!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<br />Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-15939469790224304022012-05-24T15:57:00.000-03:002012-05-24T15:57:16.024-03:00Compostagem<br />
Os tesouros encontrados na compostagem...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKkvu_HKQrXAa-NrtlrXvGd20ppdOoN8_l6XFCDEPX4OWBI2IBhAwZ1ZjNcFEatezI8Ih1jnjdyYhgSn-UWA5JynBNALTHNUYFon3yR2Kk_Qx03Kfx3dIfvSQi0Z-lzrvaG3dqr2G3LFU/s1600/001.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKkvu_HKQrXAa-NrtlrXvGd20ppdOoN8_l6XFCDEPX4OWBI2IBhAwZ1ZjNcFEatezI8Ih1jnjdyYhgSn-UWA5JynBNALTHNUYFon3yR2Kk_Qx03Kfx3dIfvSQi0Z-lzrvaG3dqr2G3LFU/s320/001.JPG" width="281" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Obra de arte da natureza, a sementinha escolheu a casca do ovo para se abrigar</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_9sPwLpPbw17CkaxOi8BsNbqNTejPlxWMqF0lU0G4bpkzlHly25JzMdkdi7oQoCjePVyaFxs6T1gimYnplKarCpels_5PPy7w7gG8X6TB8RKFo_8NLM-0V1D0usNdQwn3ToBJFjYcjaw/s1600/002.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_9sPwLpPbw17CkaxOi8BsNbqNTejPlxWMqF0lU0G4bpkzlHly25JzMdkdi7oQoCjePVyaFxs6T1gimYnplKarCpels_5PPy7w7gG8X6TB8RKFo_8NLM-0V1D0usNdQwn3ToBJFjYcjaw/s320/002.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
"Abacateiro acataremos teu ato, nós também somos do mato como o pato e o leão"</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYRl_PA9dmgtXiWBLuMpj7fh1rcOVMdvUk4q-HPJ6MLke4Uusj1EtPEW5O5YqC7pPgyjeBAymN16L1XPU3Pun4_wFU3OHrBShr_SjGj7EwKiAig8kMm4CLIWfeCWsFetry4zQpQhDzNh8/s1600/003.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYRl_PA9dmgtXiWBLuMpj7fh1rcOVMdvUk4q-HPJ6MLke4Uusj1EtPEW5O5YqC7pPgyjeBAymN16L1XPU3Pun4_wFU3OHrBShr_SjGj7EwKiAig8kMm4CLIWfeCWsFetry4zQpQhDzNh8/s320/003.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Sementes de algum tipo de feijão, qua ainda não identifiquei...agora é esperar para ver</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUZv-MLA8N-_PghsD7sYOYM6ADEVE24EKT5-6wukM-6jwP4uhzRzhou-VOjnZnKR2N-uL_FugILnDrPPztiSMFOf86X9gkho4FU5RClBpC4RaP8S8j4sDQf4nH0nkEASJTby3ScR5_h5M/s1600/004.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUZv-MLA8N-_PghsD7sYOYM6ADEVE24EKT5-6wukM-6jwP4uhzRzhou-VOjnZnKR2N-uL_FugILnDrPPztiSMFOf86X9gkho4FU5RClBpC4RaP8S8j4sDQf4nH0nkEASJTby3ScR5_h5M/s320/004.JPG" width="293" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
as cenouras que brotaram</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWrzykZrAZqDYNS50OHIwvuVKOp2jU1gxHw6kTabY709vMfIlev29CEd_f3Lh8g97vZ1ixUVQE2KhlAUu6836fgyDV1MgK-ZMxqRaBkzVzOIUMwXoh7pUcuRbPed8ly3ndzI_INt8wKlk/s1600/005.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWrzykZrAZqDYNS50OHIwvuVKOp2jU1gxHw6kTabY709vMfIlev29CEd_f3Lh8g97vZ1ixUVQE2KhlAUu6836fgyDV1MgK-ZMxqRaBkzVzOIUMwXoh7pUcuRbPed8ly3ndzI_INt8wKlk/s320/005.JPG" width="240" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Cebolinha, desconfio que os talos brotam até no cimento...</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqrduVWolWgrG8YIUKERXP7SWRXQRh-rr3ajnlCndWb9YyJRkkwjb1GfKYcN6TkrWnEXFmGSvCO2v0aF8Qovetd4qhWSUK-V1i9KnNiMB9llXzPddzajAMHC1GcYSXg05dg5haDbHuGg0/s1600/164.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqrduVWolWgrG8YIUKERXP7SWRXQRh-rr3ajnlCndWb9YyJRkkwjb1GfKYcN6TkrWnEXFmGSvCO2v0aF8Qovetd4qhWSUK-V1i9KnNiMB9llXzPddzajAMHC1GcYSXg05dg5haDbHuGg0/s320/164.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br />Em certo momento minha compostagem estava dessa forma...</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
as sementes de melancia formaram essa espontânea e linda plantação, mas infelizmente um dos meus cachorros acabou com a festa...</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Em breve novas fotos do que será meu novo espaço de cultivo a prova de cachorros...</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-6907201096176111252012-05-15T07:30:00.000-03:002012-05-15T16:56:21.045-03:00O Pálido Ponto Azul<div style="text-align: justify;">
Uma das indicações <a href="http://evolucaosustentavel.blogspot.com.br/2012/05/o-que-devemos-saber-sobre-lei-que.html">no artigo de Henrique Mumme sobre as alterações do código florestal</a>, que resolvi colocar aqui numa outra postagem. Mais do mesmo, do que tantos de nós falamos, mas a maioria insiste em ignorar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vale cada um dos 6 minutos.</div>
<br />
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/EjpSa7umAd8" width="420"></iframe>Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4323295715912300028.post-4496111936332366872012-05-14T18:26:00.000-03:002012-05-14T18:26:31.190-03:00O QUE DEVEMOS SABER SOBRE A LEI QUE ALTERA O CÓDIGO FLORESTAL<div style="text-align: justify;">
<strong><em>Este artigo é de um velho conhecido meu. Ainda não havia lido nada mais completo, detalhado e esclarecedor. Aprendi um pouco mais. Há dezenas de outras indicações de leitura e vídeo. E vale cada parágrafo. Dedique um pouco do seu tempo e entenda todas as questões que envolvem essa polêmica. Para leigos e interessados.</em></strong></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxGgYlqEcU8zJOHCxRpLgyI4_STAeSAAGZSbsam7V1Dah4Xqwfva4JSyR5BgV_R8Ez5X9Ykq7BPpZS9d4SPo2LGcOgEBPart9KdwFqwJMFdb1nEHzfP8j0NJ-Frcw3lU_LGe6CTUBJU4c/s1600/serra1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="316" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxGgYlqEcU8zJOHCxRpLgyI4_STAeSAAGZSbsam7V1Dah4Xqwfva4JSyR5BgV_R8Ez5X9Ykq7BPpZS9d4SPo2LGcOgEBPart9KdwFqwJMFdb1nEHzfP8j0NJ-Frcw3lU_LGe6CTUBJU4c/s320/serra1.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O QUE DEVEMOS SABER SOBRE A LEI QUE ALTERA
O CÓDIGO FLORESTAL</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 8pt; line-height: 150%;">Autor: </span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 8pt; line-height: 150%;">Engenheiro
Agrônomo Henrique Mumme Harger da Silva<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><o:p></o:p></b></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">APRESENTAÇÃO<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Com
o objetivo de colaborar para o esclarecimento da população em geral sobre a Lei
que altera o Código Florestal, elaborou-se o texto a seguir com base,
inspiração e motivação, nas apresentações da Dra. Silvia Jordão (Geógrafa) e
Mestre Roberto Varjabedian (Biólogo), realizadas no Anfiteatro de Geografia da
USP, em 03/05/2012, sob orientação da Professora Dra. Sueli Angelo Furlan do Departamento
de Geografia - FFLCH-USP, bem como no documento sobre o tema, de outubro de
2011, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e Academia Brasileira
de Ciências (ABC), e nas aulas, trabalhos e apresentações do Professor Dr.
Sergius Gandolfi e Professor Dr. Flávio Bertin Gandara, ambos da Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, onde com muito orgulho me formei.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">TÓPICOS<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Intro"><span style="color: blue;">INTRODUÇÃO</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Cobertura"><span style="color: blue;">COBERTURA DA IMPRENSA</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Podemos"><span style="color: blue;">O QUE PODEMOS FAZER?</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Breve"><span style="color: blue;">BREVE HISTÓRICO</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Base"><span style="color: blue;">BASE CIENTÍFICA</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#CodigoGeomorfologia"><span style="color: blue;">O CÓDIGO
FLORESTAL E A BASE GEOMORFOLÓGICA NA DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
(APP) FRENTE À NOVA LEI</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Manguezais"><span style="color: blue;">Áreas Úmidas e Manguezais</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Meandros"><span style="color: blue;">Rios com Meandros e Áreas
Alagáveis</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Tabuleiros"><span style="color: blue;">Tabuleiros, Morros,
Montanhas e Serras</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Nascentes"><span style="color: blue;">Nascentes e Cursos Intermitentes</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Reservatórios"><span style="color: blue;">Reservatórios Artificiais</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Reservas"><span style="color: blue;">Reservas Legais</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Compensação"><span style="color: blue;">Compensação Distante
no Espaço</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Pequeno"><span style="color: blue;">O Pequeno Agricultor <i style="mso-bidi-font-style: normal;">vs</i> A “Pequena” Propriedade</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Dimensões"><span style="color: blue;">Dimensões das Perdas</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Emissões"><span style="color: blue;">Emissões de Gases e o
Aquecimento Global</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Enfraquecimento"><span style="color: blue;">ENFRAQUECIMENTO DA
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Insegurança"><span style="color: blue;">Insegurança Jurídica,
Política e Ambiental</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Urbano"><span style="color: blue;">Urbano <i style="mso-bidi-font-style: normal;">vs</i> Rural e a Transferência de Poder aos Municípios</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Resumo"><span style="color: blue;">“Resumo da Ópera”</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Veto"><span style="color: blue;">Como Funciona o Veto Presidencial</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Defende"><span style="color: blue;">QUEM DEFENDE A NOVA LEI E
POR QUÊ?</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Universidades"><span style="color: blue;">O Comprometimento
Parcial das Universidades</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Produção"><span style="color: blue;">A Produção de Alimentos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">vs</i> A Conservação Ambiental</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Perigos"><span style="color: blue;">Maiores Perigos da Atualidade</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4323295715912300028#Finais"><span style="color: blue;">CONSIDERAÇÕES FINAIS</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Intro"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">INTRODUÇÃO<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Intro;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Há
uma forte percepção por parte do meio acadêmico de que as mudanças na
legislação são espelhadas no momento desenvolvimentista que vivemos atualmente.
Há forças de grande poder econômico “batendo de frente” com a legislação
ambiental, sem espaço para muita negociação.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">As
mudanças no Código Florestal não são somente a “cereja do bolo” após uma série
de medidas enfraquecedoras das Leis e demais medidas protecionistas ao ambiente
(como a divisão, desarticulação e sucateamento de órgãos licenciadores, os
cortes de verbas para parques, reservas nacionais, indígenas e unidades de
conservação), mas também o “topo de um iceberg”, visto que desencadeará
alterações em demais legislações federais, estaduais e municipais, como por
exemplo, a “Lei da Mata Atlântica” que, diga-se de passagem, apesar de seus
pontos positivos, já exibe uma série de pontos controversos, criticados inclusive
por especialistas da área.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Para
quem trabalha com embasamento nas Leis ambientais, está claro que já há muito
tempo vêm ocorrendo uma “desconstrução da legislação ambiental”. A tentativa de
anistiar legalmente as multas geradas pela aplicação do Código Florestal, por
exemplo, ocorre há quase dez anos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Há
uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 2015/2000, em tramitação na Câmara
Federal, que visa suprimir a autonomia da União na demarcação de terras
indígenas, criação de Unidades de Conservação e reconhecimento de áreas
remanescentes de Quilombos. Mas esta não é a única matéria em tramitação no
Legislativo a preocupar. A PEC 38/1999, de autoria do senador Mozarildo
Cavalcanti (PTB-RR), em tramitação no Senado, pretende submeter demarcações de
reservas indígenas à aprovação privativa da Casa, e também limitar a 30% dos
territórios dos Estados as áreas demarcadas, ou Unidades de Conservação Ambiental.
Em suma, o Congresso em breve poderá ter o poder de demarcar, ou melhor,
redefinir as Reservas Indígenas e Unidades de Conservação a seu bel prazer.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Também
está em curso: alteração da Lei da Mata Atlântica (11.428/2006), regularização
da mineração em terras indígenas, redefinição (entenda-se redução) de Unidades
de Conservação para implantação de Usinas Geradoras de Energia (como ocorreu
com Tapajós), a já citada fragmentação e sucateamento de órgãos e instituições
ambientais, interrupção da criação de novas Unidades de Conservação, menor
aporte de verbas para áreas de conservação e preservação regulamentadas, monetarização
da natureza, dentre outros.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">No
que tange especialmente à redefinição de Reservas Indígenas e Unidades de Conservação,
além da permissão para que grandes empreendimentos geradores de energia ou de
mineração se instalem dentro das mesmas, possuo uma experiência pessoal muito
forte, que marcou minha vida, quando participei de uma reunião em 2006, junto
com os líderes dos setores ambientais de todos os grandes grupos geradores de
energia no Brasil. Esta experiência está devidamente relatada no documento
denominado “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Raios X de uma Reunião</i>”,
que em breve divulgarei acesso, onde posso adiantar que, de forma
impressionante, funcionou como um livro de “prognósticos da escuridão”, por
assim dizer, permitindo prever toda a desarticulação do protecionismo ambiental
colocada em prática (como favor prometido aos interessados), relacionada com a
subida ao poder de Dilma, na época Ministra de Minas e Energia.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Então,
face ao exposto, recomenda-se enxergar as alterações ao Código Florestal dentro
de um cenário mais abrangente no tempo e espaço.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Cobertura"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">COBERTURA DA IMPRENSA<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Cobertura;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
cobertura realizada pela imprensa geralmente não esclarece a gravidade da
questão e nem mesmo ajuda na resolução, uma vez que não se aprofunda ou a
abrange de forma satisfatória, pulverizando o tema. A discussão na grande mídia
em oposição à Lei, quando existe, restringe-se à anistia. Praticamente todas as
grandes emissoras se manifestaram a favor dos ruralistas e do poder econômico
vigente, terminando reportagens extremamente incompletas (sem começo, meio e
fim) com frases do tipo “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">não há sentido
em se vetar uma Lei que ficou treze anos sendo discutida</i>”, como se o tempo
de discussão de uma Lei importasse mais do que o “como”, “por quem”, “em que
condições”, e “porque”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Os
princípios relacionados à temática estão sendo constantemente minados e, em
alguns casos, não estão claros para as próprias entidades, órgãos e grupos
correlatos. O convencimento das pessoas depende da clareza dos conceitos, e poucos
estão se empenhando o suficiente para torná-los claros e acessíveis.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Podemos"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O QUE PODEMOS FAZER?</span></b></a><span style="mso-bookmark: Podemos;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<span style="mso-bookmark: Podemos;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Podemos
ir muito além de dizer e escrever “veta Dilma”, pois como você poderá comprovar
através deste documento, este é só um primeiro e “tímido” passo, apesar de
muito importante.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">As
entidades contrárias à nova Lei devem ser identificadas, se unir de forma
organizada e reivindicar que a constituição e a comunidade acadêmica sejam
consideradas na composição da legislação.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Há
uma dificuldade histórica em mobilizar as pessoas a respeito de qualquer
assunto aqui no Brasil, uma vez que as realidades sociais são tão diferentes, assim
como os problemas que afligem cada uma destas classes. Há ainda uma forte
distração da população através de mecanismos específicos vinculados pela mídia
“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">mainstream</i>” que, além de servirem a
tal propósito, geram muito lucro às emissoras. Nem mesmo os Síndicos dos
edifícios (quando raramente bem intencionados) conseguem mobilizar os moradores
para os problemas que estão próximos deles. O microcosmo de um condomínio emula
ou espelha o macrocosmo da nação. Difícil saber quem espelha quem, mas a
verdade é que, desde que fomos colonizados ou fundados, o Governo é o
responsável formal e quem detém os maiores e mais efetivos poderes para
mudanças (além de seus membros constituintes da alta hierarquia serem muito bem
pagos, e arrecadarem grande quantidade de impostos para que os serviços sociais
funcionassem de fato adequadamente).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Breve"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">BREVE HISTÓRICO<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Breve;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Nossa
nação padece com a dificuldade histórica de elaborar, regulamentar e executar
de forma apropriada suas Leis, principalmente as ambientais, que sempre foram
enxergadas equivocadamente como entraves aos empreendimentos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O
Código Florestal de 1965 (Lei 4.771/65) na realidade substitui o de 1934
(Decreto Federal 23793/34), elaborado no governo de Getúlio Vargas, onde é
relevante a informação obtida junto ao portal SOS Florestas: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Infelizmente, assim como aconteceu
anteriormente, essa Lei teve pouco sucesso. Vicejou seu descumprimento e total
desprezo, tanto por parte da sociedade como do Poder Público. Já em 1945,
Luciano Pereira da Silva, que foi seu relator enquanto tramitava no Congresso
Nacional, reconhecia a precariedade na execução de seus dispositivos,
decorrente da inércia, por displicência, das autoridades estaduais e
municipais, quando não a resistência passiva e deliberada</i>".<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Cabe
salientar que ambos os Códigos não procuravam limitar o direito à propriedade,
e sim disciplinar seu uso em função da relevância ambiental da área.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Somente
depois de três anos de discussões (grupo de trabalho formado em 1962) se obteve
o Novo Código Florestal, durante o governo de Humberto de Alencar Castelo
Branco, primeiro Presidente do regime militar instaurado pelo Golpe Militar de
1964, que morreu em circunstâncias misteriosas, em um acidente aéreo mal
explicado nos inquéritos militares, quando estava organizando com o Senador
Daniel Krieger um movimento contra o endurecimento do regime.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O
Código Florestal de 1965, diferentemente do que os ruralistas apregoam, teve um
embasamento científico muito forte, relevando os trabalhos acadêmicos de
diferentes áreas correlatas até então desenvolvidos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Base"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">BASE CIENTÍFICA<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Base;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Além
de todas as referências bibliográficas citadas no documento da Sociedade Brasileira
para o Progresso da Ciência (SBPC) e Academia Brasileira de Ciências (ABC), que
contesta diversas alterações impostas pela nova Lei, discorrerei sobre alguns
aspectos, principalmente baseado nas apresentações da Dra. Silvia e Mestre
Roberto, citados anteriormente.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O
documento da SBPC e da ABA pode ser acessado na íntegra através do link:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.sbpcnet.org.br/site/arquivos/Documento%20SBPC-ABC%20para%20SENADORES%20anexo%20168.pdf"><span style="color: blue;">http://www.sbpcnet.org.br/site/arquivos/Documento%20SBPC-ABC%20para%20SENADORES%20anexo%20168.pdf</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O
conhecimento científico sobre os temas abordados pelo Código Florestal é vasto
e se encontra facilmente acessível. Portanto, há muita informação disponível
sendo ignorada neste processo. Infelizmente isto é comum de se observar na
política, não só de nosso país, mas de todo o globo, que é majoritariamente
desprovida de técnica ou assistência científica, acarretando em perdas sociais
incomensuráveis.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Uma
vez que a educação pública, com suas escolas e universidades, representa um
investimento de magnitude significativa, porque então não é considerada adequadamente
pelo Governo?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="CodigoGeomorfologia"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O
CÓDIGO FLORESTAL E A BASE GEOMORFOLÓGICA NA DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO
PERMANENTE (APP) FRENTE À NOVA LEI<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: CodigoGeomorfologia;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Dentre
as bases geomorfológicas abrangidas pelo Código Florestal de 1965, podemos
citar a consideração da dinâmica natural do relevo, o armazenamento hídrico dos
solos, dos mananciais de superfície e subsuperfície, e a qualidade das águas. Os
mananciais (fontes de água) dependem diretamente do equilíbrio dos processos
geomorfológicos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
dinâmica do relevo é dada por processos exógenos e endógenos que ocorrem desde
o nascimento desde Planeta (estima-se que há cerca de 4,54 bilhões de anos). A
maior parte do relevo terrestre é recoberto por materiais inconsolidados, ou
seja, que não estão fixos e, portanto, se movimentam. As placas tectônicas
operam de forma localizada e em escalas temporais diversas, e o clima, por sua
vez, atua constantemente.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Há
áreas mais sensíveis ambientalmente, onde os processos geomorfológicos ocorrem
de forma mais intensa e frequente, com alterações súbitas, como nas margens de
rios, áreas mais declivosas, e nas proximidades de vulcões em atividade.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Estas
áreas mais susceptíveis às alterações do relevo (intensidade e frequência dos
processos) são denominadas “nevrálgicas” e normalmente possuem outras
importâncias correlatas, relacionadas não só ao Meio Físico, mas também aos
Meios Biótico (fauna e flora) e Socioeconômico (nós todos, como comunidades
humanas), e nada mais são do que as denominadas APP (Áreas de Preservação
Permanente), com múltiplas funções ecossistêmicas e de caráter integrado.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Em
relação à criação das APP, além do Código Florestal, são importantes as
Resoluções CONAMA que acrescentam, complementam e detalham estas áreas, como as
Resoluções 004/85 e 303/2002 (veredas, topos e terços superiores dos morros e
montanhas, linhas de cumeada, escarpas, bordas de tabuleiros e chapadas, rampa
de colúvio, restingas, manguezais, dunas, altitudes a partir de 1.800 metros,
refúgios e áreas de reprodução de aves migratórias, praias, etc.).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Em
tese, as políticas públicas deveriam proteger a população, tornando as
sociedades mais seguras, como por exemplo, em áreas onde há frequentes abalos
sísmicos, nos casos em que Leis específicas orientam construções feitas de
forma a não desabar. No Chile e Japão as edificações são feitas com metais
recobertos de gesso ou outros materiais menos densos, de forma que durante um
tremor elas envergam, mas normalmente não desabam, diminuindo os riscos de
ferimentos letais.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">No
Brasil, os principais problemas de segurança da população são relacionados à
ocupação de áreas de risco, principalmente pela população de menor renda. A
população de alta renda geralmente está relacionada à ocupação indevida nos
topos de morro, como é o caso do Hotel “Blue Mountain” em Campos do Jordão, e
de inúmeros loteamentos de alto padrão, além é claro, do uso destas áreas para
produção industrial, agrícola e pecuária, que implica em riscos indiretos à
população, relacionados às contaminações e exaustão de recursos essenciais.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
Pousada Sankay em Angra dos Reis foi protagonista de uma grande tragédia no ano
de 2010, quando foi soterrada por um grande deslizamento, chamando atenção para
o fato de que a ocupação nas bases de áreas declivosas também oferece grande
risco por conta do deslocamento de massa acima. Mesmo onde não ocorrem
deslizamentos de massa, pode ocorrer erosão acelerada do solo.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Aparentemente,
de acordo com informações coletadas e compiladas em trabalhos acadêmicos, a
maioria dos deslizamentos de massa ocorre entre 25° e 35°, apesar de o Código
Florestal de 1965 considerar como APP apenas a declividade a partir de 45°, no
entanto, o Artigo 10 deste mesmo Código considera também o intervalo de maior
ocorrência de deslizamentos, conforme a seguir:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Não é permitida a derrubada de florestas,
situadas em áreas de inclinação entre 25 a 45 graus, só sendo nelas tolerada a
extração de toras, quando em regime de utilização racional, que vise a
rendimentos permanentes</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Com
a nova Lei a redação relacionada ao assunto se encontra no Artigo 11, conforme
a seguir:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Em áreas de inclinação entre 25° e 45°, serão
permitidos o manejo florestal sustentável e o exercício de atividades
agrossilvipastoris, bem como a manutenção da infraestrutura física associada ao
desenvolvimento das atividades, observadas boas práticas agronômicas, sendo
vedada a conversão de novas áreas, excetuadas as hipóteses de utilidade pública
e interesse social</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Nesta
nova redação não fica clara a proibição quanto à derrubada de florestas, uma
vez que “manejo florestal sustentável” e “atividades agrossilvipastoris” são
termos muito mais abrangentes e com maiores margens de interpretação. Além
disso, infraestrutura física geralmente significa obras de engenharia que
suprimem vegetação e impermeabilizam o solo.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
Dra. Silvia Jordão, ao final de sua apresentação, deixou a seguinte pergunta
como reflexão: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Será que uma Lei pode
realmente mudar a dinâmica natural do relevo?</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Manguezais"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Áreas Úmidas e
Manguezais<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Manguezais;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Atualmente
grande parte do entulho gerado pela construção civil nas grandes cidades, como
São Paulo, tem tido como destino os litorais, onde há firmas ou pessoas que
pagam por este material, utilizando-o para aterro de áreas úmidas, como
veredas, brejos, restingas e manguezais. As ocupações urbanas nestes locais
obviamente apresentarão, dentre outros problemas, um escoamento de água e
esgoto muito deficitário, uma vez que a área é naturalmente alagada e possui
baixa declividade, de forma que a água só poderia escoar com eficiência para um
depósito escavado no fundo do mar.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">As
raízes do mangue retêm sedimentos, estabilizam as margens e enriquecem o ambiente
estuarino, vital para espécies diversas, como camarões, caranguejos, moluscos,
e outras que se reproduzem, alimentam e depois migram para o alto mar.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Na
nova Lei se manteve a proteção aos manguezais, mas se removeu as áreas
denominadas “apicuns” e “salgados”, excetuando-as da APP. No entanto, estes
ambientes fazem parte dos manguezais e são vitais para este ecossistema,
funcionando como meios de cultura para cianobactérias que constituem base da
cadeia alimentar, como área de expansão do mangue quando há alteração dos
níveis d’água, como auxiliar na reprodução de caranguejos (dentre outras
funções), tendo sido removidos principalmente em prol do interesse da
carcinicultura (cultivo de camarões) que atualmente impacta de forma
extremamente negativa e significativa os ambientes de mangue, principalmente no
nordeste do país (Rio Grande no Norte e Ceará), onde ocorre intervenção
agressiva com supressão que impede a regeneração, contaminação pelos efluentes
da produção, salinização do solo e do lençol freático, desequilíbrio na fauna
de peixes, crustáceos e moluscos, conflitos com extrativistas ribeirinhos que
vivem do mangue (foram reportados até mesmo assassinatos), dentre outros. Este
modelo de grande carcinicultura é extremamente insustentável e prejudicial ao
ambiente.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
remoção da classificação de APP de ambientes integrantes do manguezal (apicuns
e salgados) não só irá manter os impactos atuais da carcinicultura, como
permitirá ampliações. A FAO estima que cerca de 50 mil hectares de manguezais
já tenham sido perdidos entre 1980 e 2005.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Meandros"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Rios com Meandros e
Áreas Alagáveis<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Meandros;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">As
enchentes ocorrem de forma periódica ao longo dos anos, como é o caso no Vale
do Itajaí, em São Paulo capital, em São Francisco do Sul (grande parte sobre
restinga), entre inúmeros outros que protagonizam reportagens todos os anos, principalmente
por conta da ocupação irregular nas áreas de cheias naturais dos rios, ou de elevação
da maré. Rios com meandros possuem o chamado “cinturão meândrico” ou “faixa
meândrica”, ou seja, o leito maior do rio na época chuvosa, cuja determinação
depende do período de retorno, normalmente de 100 anos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">São
exemplos de rios originalmente com meandros no Estado de São Paulo: Rio do
Peixe, Tietê, Pinheiros, Tamanduateí, dentre outros. As lagoas marginais, que
entram em contato com os rios sazonalmente, são de importância enorme para a
vida aquática. Em alguns casos, a largura da área de alagamento natural
ultrapassa 1.500 metros. O curta documentário de 2009, denominado “Entre Rios”,
de Caio Ferraz, que pode ser acessado no link <a href="http://vimeo.com/14770270"><span style="color: blue;">http://vimeo.com/14770270</span></a>, contribui ao
entendimento da questão. Para este assunto ainda contribui de forma
extremamente valiosa o trabalho “Áreas de Preservação Permanente relacionadas aos
mananciais no Estado de São Paulo” – BOIN M.N. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">et al</i>. (diversos autores integrantes do CAO - CENTRO DE APOIO
OPERACIONAL DAS PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE URBANISMO E MEIO AMBIENTE) - 2007.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Infelizmente
nosso Governo, em sua forma de fazer política, demonstra uma preferência geral
pela remediação do que pela prevenção, o que talvez seja explicado em parte
pelo sistema de lucro consolidado relacionado aos mecanismos de reconstrução
após desastres (algumas ações, como a dragagem, são responsáveis por gastos monstruosos,
que dragam efetivamente o dinheiro público, mas de forma extremamente
questionável os fundos dos corpos hídricos). A dragagem para desassoreamento em
rios, lagos, canais e mesmo em portos são cada vez mais intensas e frequentes
(além de mais dispendiosas).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Com
as alterações no Código Florestal, a poluição atmosférica e dos corpos hídricos
tende a se acentuar gravemente. Muitos tipos de solos naturais são normalmente
excelentes filtros físicos, químicos e biológicos, purificando a água percolada.
Por conta disso que as águas em profundidade geralmente exibem melhor qualidade.
Desprovido de cobertura vegetal, parte deste filtro natural é comprometida, o
solo se torna mais susceptível à erosão e acumula menos água, de forma que o
abastecimento de nascentes e lençóis freáticos diminui, e o “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">run-off</i>” (escorrimento) aumenta (mais lixiviação
e erosão), por consequência aumentando a vazão dos córregos (mais água chegando
mais rápido), diminuindo suas calhas (assoreamento) e elevando as chances de
enchentes e contaminação das águas (nutrientes do solo, matéria orgânica,
adubos, agrotóxicos, dentre outros).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">As
metragens para determinação da APP, quando existentes ao caso específico
(algumas deixaram de existir com a nova Lei) continuam as mesmas, porém, a referência
para medição foi alterada, e de forma drástica. A faixa de APP deve ser
determinada a partir do nível mais alto conhecido para o curso d’água (área de
cheia sazonal), de preferência usando estudo para o período de cheias em
período de cem anos. No entanto, a nova Lei fala em medição a partir do leito
regular, o que implica diretamente na perda de áreas de várzea, as quais de
acordo com o texto poderão ser exploradas na produção agrícola.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
faixa de 50 metros para APP de vereda desapareceu, bem como das áreas de
várzea. Além da perda propriamente dita, de uma área sensível essencial para
manutenção de diversos organismos aquáticos que deveria ser protegida por uma
APP, teremos um incremento na contaminação de corpos hídricos por agrotóxicos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O
Brasil gasta anualmente quase dois bilhões de dólares com venenos, e cerca de
80% dos agrotóxicos produzidos no país são fabricados no Estado de São Paulo. Segundo
a ANVISA, o Brasil é o terceiro maior consumidor de agrotóxicos no mundo, e o
primeiro na América Latina. Em reportagem de 2011, o gerente geral de
toxicologia da ANVISA, Luiz Cláudio Meirelles, informa que em determinadas
amostras (frutas, legumes e verduras) havia mais de cinco tipos diferentes de
agrotóxicos não autorizados. Em 2006, o resultado de um estudo norte americano
revelou que pelo menos um pesticida foi encontrado nas águas de todos os rios
amostrados nos EUA.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">De
que adianta produtores de morango obterem frutos grandes, brilhantes e de
vermelho intenso, se eles contém mais veneno do que a maçã da “Branca de Neve”?
Os próprios produtores muitas vezes não os ingerem (compram orgânicos), mas
vendem para outras pessoas se contaminarem.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Quanto
aos orgânicos, temos de ir além dos rótulos, uma vez que a maioria das
certificadoras mais arrecada do que de fato certifica. Grandes propriedades em
monocultivo pouco têm em comum com a produção orgânica. Há, por exemplo, café
brasileiro sendo exportado para Inglaterra como de qualidade “número um”, “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">premium</i>” e “orgânico” que, no entanto, adiciona
quantidades massivas de agrotóxicos nas leiras de cultivo.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Tabuleiros"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Tabuleiros, Morros,
Montanhas e Serras<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Tabuleiros;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Aparentemente
não houve mudanças em relação aos tabuleiros, no entanto, as agressões causadas
nestas áreas até julho de 2008 serão anistiadas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Toda
supressão ilegal realizada até 22 de julho de 2008 será anistiada e boa parte
considerada regular frente aos novos critérios (22/07/08 é a data do Decreto nº
6.514 que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente,
estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e
dá outras providências).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Os
topos de morro absorvem água da chuva e geram nascentes em seus afloramentos,
que por sua vez geram córregos e riachos, que formam rios ainda maiores nos
fundos de vale, os quais contribuem para os reservatórios que nos abastecem.
Com a nova Lei as APP de topo de morro praticamente deixam de existir. Em
analogia funcionaria como o favorecimento ao extermínio de organismos-base na
cadeia alimentar.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">No
caso dos topos de morro como APP, a referência de base a ser considerada em
relevos ondulados agora é a “sela”, ao invés do fundo de vale. A amplitude
mínima deixa de ser 50 metros e passa a ser 100 metros. A declividade mínima
deixa de ser aproximadamente 17° e passa a ser 25°.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Para
quem nunca trabalhou delimitando APP em topos de morros é difícil imaginar o
que na prática estas mudanças significam, então aqui seguem alguns exemplos: O
município de Santo Antônio do Pinhal que antes, com uso de carta do IBGE de
precisão 1:50.000, tinha mais de 50% de seu território definido como APP (topo
de morro e trechos hídricos) perde praticamente todas as APP de topo de morro
(deixam de existir). Em outro estudo de caso, a APP de 720 hectares para topo
de morro passa a ser de 06 hectares (menos de 1% da área original). Em São Luís
do Paraitinga, cerca de 250 hectares de APP de topo de morro desaparecem.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Apenas
nas situações de morros em relevos não ondulados (geralmente os morros próximos
ao litoral) é que a base não será a sela, porém, as restrições de tamanho e
declividade também se aplicam. Em suma, antes a referência era o “pé” do morro,
agora é o “ombro”, e um morro, para ser considerado como tal, ainda tem que ter
o dobro do tamanho (amplitude) e ser 8° mais declivoso. Quem ganha muito com a
quase extinção das APP de topo de morro é a silvicultura (produção de madeira).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Nascentes"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Nascentes e Cursos
Intermitentes<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Nascentes;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Quando
removemos a vegetação do entorno, algumas nascentes antes perenes passam a ser
intermitentes (ocorrem somente nas épocas chuvosas), ou mesmo deixam de existir
(secam completamente de forma definitiva).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
nova Lei ainda fala que só é considerada nascente quando esta dá origem a um
curso de água perene, dessa forma desconsiderando todos os cursos
intermitentes, que deixam de ter APP. Note que é consenso científico que
nascentes perenes, uma vez desprovidas de vegetação natural, tendem a se tornar
intermitentes ou mesmo secar. Obviamente o mesmo ocorre com os cursos hídricos
formados pelas nascentes. Ao desconsiderar a APP de cursos intermitentes, estaremos
os condenando à extinção e, consequentemente, à redução do aporte hídrico dos
demais cursos perenes, que por sua vez, poderão se tornar intermitentes e no
futuro secarem, caracterizando esta medida como uma ação nitidamente auxiliar
na destruição e extinção progressiva de recursos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Reservatórios"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Reservatórios
Artificiais<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Reservatórios;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">No
entorno de reservatórios artificiais as APP cumprem igual importância, não só
necessárias como compensação ao impacto causado, mas também como habitat,
conservação da biodiversidade, e para diminuição do assoreamento. No entanto,
com a nova Lei elas praticamente deixam de existir. Mesmo alguns órgãos ligados
à geração de energia já manifestaram serem contra a nova Lei, principalmente por
conta do impacto na própria geração de eletricidade, visto que a redução ou
ausência de APP compromete diretamente os mananciais (qualidade e quantidade de
água). Desde a década de 90 existem reservatórios hidrelétricos tão assoreados
que foram obrigados a interromper a geração de energia (da Enersul) e prestam hoje
somente à retransmissão da energia oriunda de Itaipu.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">De
acordo com a nova Lei, a APP não se aplica quando não se tratar de barramento
ou represamento de curso d’água, ou quando a superfície for inferior a um
hectare, e ainda diz o seguinte:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Para os reservatórios artificiais de água
destinados a geração de energia ou abastecimento público que foram registrados
ou tiveram seus contratos de concessão ou autorização assinados anteriormente à
Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, a faixa da Área de
Preservação Permanente será a distância entre o nível máximo operativo normal e
a cota máxima maximorum</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Este
trecho é muito preocupante, uma vez que atualmente se mede a APP a partir da
cota máxima <i style="mso-bidi-font-style: normal;">maximorum</i>, e não até a
mesma. A cota <i style="mso-bidi-font-style: normal;">maximorum</i> nada mais é
do que a cota alcançada pela maior cheia em um período de 100 anos (tempo de
retorno). Esta diminuição na faixa é uma perda, e pode se dar de forma drástica
nos reservatórios ditos “encaixados”, onde há declividade mais acentuada
próxima às margens. Em um estudo de caso, a APP de um reservatório caiu de
aproximados oitenta hectares para cerca de sete hectares (menos de 9% da área
originalmente protegida).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Reservas"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Reservas Legais<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Reservas;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Reservas
Legais possuem regime jurídico diferenciado das APP, no entanto, são também
áreas de conservação, ecologicamente importantes. A nova Lei muda até mesmo
conceitos elementares como APP e Reserva Legal, além de apresentar outras
mudanças nitidamente mal intencionadas em simples termos, que por sua vez abrem
mais brechas para serem considerados legalmente amparados os impactos
ambientais que não podemos mais nos dar o luxo de suportar ou aceitar. Por
exemplo, ao invés de “preservar fluxo gênico”, falam em “facilitar fluxo
gênico”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Reservas
Legais serão áreas produtivas, podendo ter até 50% de exemplares exóticos, como
Eucaliptos e Pinheiros, diminuindo a diversidade e riqueza de espécies,
aumentando a pressão de uso sobre a área, e prejudicando as funções de
conservação.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Os
que defendem a alteração da Lei dizem que as porcentagens não mudaram (80% com
possibilidade de redução para 50% na Amazônia, 35% no Cerrado e 20% nas demais
regiões), porém, esquecem-se de dizer que as APP podem ser consideradas ou
computadas na composição da área de Reserva Legal. Além disso, as “pequenas”
propriedades não são obrigadas a realizarem a recuperação (chegam a 400
hectares). E pasmem: a compensação por determinados impactos contempla outras
áreas fora da região impactada. Removeram-se as micro-bacias hidrográficas como
referência, permitindo dessa forma que um impacto gerado no norte do país possa
ser compensado no extremo sul, em biomas completamente diversos. Coisa que no
Estado de São Paulo já ocorreu, quando vinte e duas bacias foram
“transformadas” em apenas duas bacias - Bacias Hidrográficas do Paraná e do
Atlântico Sudeste - para efeitos de aplicação da legislação de compensação -
Decreto nº 53.939, de 06 de janeiro de 2009, já contendo aspectos em resposta à
pressão dos setores ruralistas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Claro,
porque não, já que temos somente uma espécie vegetal e outra animal no país
inteiro, e que todos os biomas são idênticos... Peço desculpas pela ironia, mas
há momentos em que isso tudo parece ser uma piada de muito mau gosto.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Imaginem
a título de fiscalização o que isto não representa, uma vez que a fiscalização
da compensação dentro de um pequeno território - distrito de Subprefeitura, por
exemplo - já ocorre de forma extremamente falha e deficitária.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Para
este assunto colaboram ainda os seguintes trechos de documento técnico composto
em fevereiro de 2009, de autoria do Biólogo Roberto Varjabedian e Eng. Agrônomo
Eduardo Pereira Lustosa, que abordam, além das distorções na definição de
bacias hidrográficas, a flexibilização da exigência de averbar Reserva Legal, a
implantação de Sistemas Agroflorestais, e a presença de espécies exóticas:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Promove-se assim a criação de lacunas ou
vazios, que tendem a ficar desprovidos de remanescentes de ecossistemas
naturais, potencializando desequilíbrios ecológicos. Cabe alertar que extensas
áreas poderão permanecer com baixíssimos níveis de biodiversidade e com
alteração significativa dos processos da natureza, somando-se às áreas que já
se encontram nesta condição atualmente. Ao mesmo tempo, estão sendo criadas
demandas ainda maiores e complexas de controle e fiscalização ambiental, para
um sistema de gestão público que opera com notável fragilidade estrutural e
operacional</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">As inovações destacadas anteriormente se
revelam como diretrizes altamente nocivas. Constituem ataque frontal à
manutenção da biodiversidade e estão na contramão de todos os compromissos
assumidos por vários países do mundo e pelo próprio Brasil em relação a este
tema</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Também configuram uma fragilização das metas
estabelecidas na legislação ambiental, ferindo os princípios da preservação e
restauração dos processos ecológicos essenciais; da preservação da
biodiversidade e integridade do patrimônio genético, e da proteção da flora,
bem como da manutenção de suas funções ecológicas, os quais são citados na
Constituição Federal, art. 225, parágrafo 1º, números I, II, III e VII</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Com a perda de rigor na exigência do devido
estabelecimento de áreas protegidas, perdem-se também serviços ecossistêmicos
de florestas nativas e de outros ambientes, especialmente no que se refere à
necessidade de garantir um caráter homogêneo para a sua distribuição espacial
no território, com a promoção de prejuízos à restauração de habitats em áreas
degradadas, das interações ecológicas e de componentes bióticos da flora e da
fauna silvestre</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Assim, nos deparamos com a perspectiva de
notáveis prejuízos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, à qualidade
ambiental e à qualidade de vida, contrariando os princípios do próprio Código
Florestal, da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6938/81) e da Constituição
Federal (art. 225)</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Compensação"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Compensação Distante no
Espaço<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Compensação;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O
estado de conservação ambiental no conjunto do território é muito mais
importante do que a presença de áreas isoladas para conservação, não desmerecendo
a importância destas, pois na realidade elas também compõem o conjunto.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O
raciocínio que leva à compensação longínqua como solução aceitável é perverso e
extremamente falho. Além disso, ações de recuperação, por mais tecnificadas que
sejam, nunca resultam em algo tão precioso quanto o ambiente natural formado ao
longo de milhares de anos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Este
raciocínio foi ainda fomentado pela concepção dos créditos de carbono, que na
prática servem para dar “selo verde” para ações que nunca poderiam receber
alcunha ecológica. É confortável e conveniente acreditar que plantar mudinhas
de árvores (que quando de fato são plantadas, geralmente o são de forma
deficitária e nem mesmo recebem o acompanhamento devido - muitas vezes morrendo
posteriormente) compensa queimar petróleo, inundar áreas naturais,
impermeabilizar grandes áreas, construir arranha céus, consumir determinado
produto ou serviço, etc. A conveniência é aprimorada quando se criam campanhas
que induzem as pessoas a acreditarem que apertando um botão virtual em um site,
ou comprando determinada marca de detergente, o consumidor está automaticamente
plantando uma árvore. Na prática inventaram o alívio de consciência ambiental
instantâneo, que ainda agrega valor no produto. Há até mesmo “ações verdes” na
bolsa de valores.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Conheço
um caso onde o impacto de uma empresa europeia procurou ser compensado com um
reflorestamento no norte do Brasil. Para efetivação deste reflorestamento (para
ficar bonito na foto do folder e no vídeo institucional), áreas de regeneração
natural foram suprimidas e quantidades massivas de agrotóxicos desfolhantes
(capina química) foram aplicadas via aérea (alta tecnologia). A deriva deste
agrotóxico aos corpos d’água (tanto diretamente pela via aérea de aplicação
quanto posteriormente através de lixiviação) provocou a morte de centenas de tartarugas
que reproduziam em uma praia no leito sinuoso do rio. Bela compensação.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Já
trabalhei pessoalmente com estas ações de recuperação e visitei outras mais
(inclusive os primeiros reflorestamentos realizados pela CESP) e, infelizmente,
o resultado geralmente é frustrante.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Plantios
arbóreos homogêneos para extração de madeira estão muito longe de
caracterizarem ambiente florestal e, mesmo os reflorestamentos mais antigos do
Brasil, iniciados pela CESP em 1978, com plantio de espécies nativas em porções
no entorno de reservatórios, atualmente não se parecem em nada com florestas,
visto a ausência de diferentes estratos, inexistência de sub-bosque, epífitas,
lianas, cipós, pteridófitas, e mesmo de exemplares da fauna normalmente
encontrados em áreas naturais da região. O resultado é extremamente díspar da
complexidade de um ambiente florestal natural e se trata na realidade de um
ambiente simplificado, com muito menos interações e funções ecológicas. Isto
ocorre principalmente pela insuficiência ou ausência de banco de sementes no
solo, e falta de interligação com fragmentos florestais naturais que atuam como
fontes dispersoras.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Não
há regeneração mais efetiva do que aquela efetuada pela natureza, e onde
sobraram condições para que a natureza se reestabeleça (banco de sementes no
solo, e em fragmentos conservados). Basta que o ambiente seja protegido contra
ações humanas que inibem ou impedem o processo, às vezes cabendo ações de
incentivo à regeneração, como o enriquecimento florestal (adição de mudas mais
velhas e em espaçamento maior), remoção de gado, cercamento, fiscalização, capina
seletiva, dentre outros.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Como
agravante em relação à eficiência de reflorestamentos e sua abrangência, quando
há informações providas pelo Governo quanto à área de reflorestamento existente
no Brasil, normalmente são computados os plantios de Eucaliptos e Pinheiros,
que abrangem áreas muito mais extensas do que os reflorestamentos que de fato
procuram restaurar um ambiente florestal. Percebe-se má fé mesmo quando lemos
em palitos de sorvetes a inscrição “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">madeira
oriunda de reflorestamento</i>”, visto que esta madeira na realidade é oriunda
de um plantio comercial de Eucaliptos e/ou Pinheiros, plantados em área que
provavelmente já abrigou uma floresta. Pela legislação ambiental, árvores
nativas normalmente não poderiam ser exploradas para confecção de palitos de
sorvete.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Pequeno"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O Pequeno Agricultor <i style="mso-bidi-font-style: normal;">vs</i> A “Pequena” Propriedade<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Pequeno;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Outro
“truque” está no fato de equivocadamente associarem propriedades rurais de até
04 (quatro) módulos fiscais com “imóveis rurais da agricultura familiar”,
“terras indígenas” e “povos e comunidades tradicionais”, quando dizem: “Nas
Áreas de Preservação Permanente é autorizada, exclusivamente, a continuidade
das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em áreas
rurais consolidadas até 22 de julho de 2008”. Note que:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">1 -
Há uma diferença significativa entre a medida convencional de pequena
propriedade rural familiar (normalmente até 30 hectares) e as dimensões dos
quatro módulos fiscais, que chegam a representar 400 hectares na Amazônia e 160
hectares no Estado de São Paulo, que com a nova Lei, ficam desobrigadas da
recuperação de reservas legais. Mas o problema maior não está com o tamanho em
si, pois pode realmente uma grande propriedade ser familiar. O problema está principalmente
em considerar como critério de classificação principal apenas o tamanho, sendo
que há muitos outros fatores que caracterizam a denominada “agricultura
familiar”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">2 –
Diversas “pequenas” áreas formam grandes extensões. Já é técnica comum dos
empreendedores subdividir propriedades para chegar a tamanhos onde a Lei não se
aplica ou é aplicada de forma diferenciada, procurando se desviar das
necessidades legais ambientais. Atualmente não há mecanismos inibitórios
eficientes desta prática. A tal pequena propriedade pode até mesmo ser “pessoa
jurídica”. Vários pequenos impactos quando somados se revelam enormes. Além
disso, qualquer tamanho de agricultura necessita de apoio técnico científico e
deve zelar pela preservação de recursos. Nem sempre o tamanho da propriedade
está ligado ao tamanho do impacto gerado na mesma. Uma produção de gado
confinado pode ser instalada em poucos hectares e ainda assim consumir muita
energia e gerar milhares de toneladas de resíduos, por exemplo.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Então
os pequenos produtores não são mais tão “pequenos”, e dessa forma todo o
discurso de proteção à agricultura familiar e aos pequenos cai bem aos “mascarados”
médios e grandes impactadores (como se não bastasse o fato de que muitos
pequenos juntos formam um grande problema quando não são respeitadas as
variáveis ambientais).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Dimensões"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Dimensões das Perdas<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Dimensões;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
perda de APP é variável para cada região, porém, é extremamente significativa
em todos os casos. Em estudos de casos particulares, com amostras em determinados
quadrantes, a perda de áreas para preservação permanente variou entre 40 e 80%.
Ainda de acordo com estudo da Academia Brasileira de Ciências e da Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência, o percentual de perda de áreas
protegidas poderá chegar a 60% em comparação ao Código Florestal vigente.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Emissões"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Emissões de Gases e o
Aquecimento Global<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Emissões;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
nova Lei ainda está totalmente na contramão do compromisso assumido pelo Brasil
na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Um
estudo do IPEA revelou que se as pequenas propriedades (não tão pequenas assim)
ficarem dispensadas da recuperação da área de reserva legal desmatada
irregularmente (onde a APP pode ser computada como reserva legal) o país
perderá 29,5 milhões de hectares potenciais de florestas e, no melhor dos
casos, 11,6 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente (TCO2 eq)
deixariam de ser absorvidos nos biomas do país.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Mas
liberar uma parte das propriedades do cumprimento da Lei poderia incentivar
outros produtores e, potencialmente, elevar o desmatamento, somando uma área
total de 47,9 milhões de hectares sem cobertura florestal. Nesse cenário, a
liberação de carbono contido nas reservas legais poderia chegar a 18 bilhões de
TCO2 eq.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O
estudo do IPEA considerou só reservas legais, mas o Observatório do Clima, que
reúne ONGs ligadas ao aquecimento global, fez estudo somando à supressão da
reserva legal impactos de possível redução das matas ciliares de 30 metros para
15 m nos cursos da água com até 5 m de largura. O exercício deixa o Brasil
ainda mais distante dos objetivos de mitigação das emissões. Pelo levantamento,
as emissões podem alcançar 25 bilhões de TCO2 eq (13 vezes o total emitido pelo
país em 2007).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O
IPEA estimou com base em um preço conservador do carbono - US$ 5 no mercado de
ações voluntárias - que a preservação das reservas legais poderia gerar de US$
92 bilhões a US$ 141 bilhões aos proprietários brasileiros.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Enfraquecimento"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">ENFRAQUECIMENTO
DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Enfraquecimento;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Fernando
Gabeira diz em seu Blog: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">O único consolo
é que na vigência de Leis mais severas, o meio ambiente era destruído de
qualquer jeito. Na vigência de multas pesadas, poucos centavos eram recolhidos
aos cofres do governo. Para o bem ou para o mal, as Leis não são ainda o fator
determinante</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Como
é cada vez mais comum, nosso país, com esta Lei, resolve acabar com o crime o
tornando legal. E não estou me referindo somente à anistia, mas principalmente
aos novos critérios, que acabam com a maioria dos passivos ambientais em
qualquer propriedade do país. Além disso, é mais um reforço na equivocada
política “poluidor-pagador”, que já pode ser considerada também
“cortador-pagador” há muito tempo, visto, por exemplo, como na prática ocorrem
os Termos de Compensações Ambientais. A tendência de se colocar unidades
monetárias na natureza só contribui negativamente, pois aumenta o poder de quem
tem dinheiro justificar o que bem entender.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Se
não em sua redação, com certeza na maioria das interpretações e aplicações
práticas, muitas Leis são inconstitucionais.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Todas
as críticas, muito bem amparadas tecnicamente, às mudanças que fragilizaram a
legislação ambiental ao longo dos anos, não refletiram em revisões. Foram
ignoradas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Insegurança"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Insegurança Jurídica,
Política e Ambiental<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Insegurança;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O
termo “insegurança jurídica” tem sido vinculado por alguns veículos da
imprensa, como na reportagem da revista “Isto É”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
insegurança jurídica não será inaugurada, ou exclusiva ao caso em questão. Já
está instaurada e infelizmente faz parte do “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">modus operandi</i>” nacional. Há legisladores fabricando Leis ao bel
prazer a muito tempo, com “recortes e colagens” desprovidas de assistência
técnica adequada, muitas vezes com uma redação que abre brechas para interesses
ocultos, ou que serve para arrecadação e/ou propaganda eleitoral. Muitas Leis
são contraditórias ou entram em conflito com as já existentes sem, no entanto,
as substituir. Há Leis tão estapafúrdias, beirando o ridículo, que se tornam
parte de “notícias cômicas”. Coisas similares a algo como “Prefeito cria Lei que
proíbe chover aos sábados e domingos”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Uma
Lei que já não vem sendo respeitada se conserta legalizando os desrespeitos? Talvez
não, mas pelo menos assim todas as irregularidades passam a ser regulares, os
impactadores aliviam a consciência, e perdem o medo de serem “importunados” com
processos judiciais, “ecochatos” e seja lá o que eles temem (o ambiente “bicho
papão”), quando o prudente seria temerem os reflexos de tamanha pressão
negativa e imprudente sobre o meio. Veja, não estamos falando de algo como a
“Lei seca”, e sim de uma Lei que auxiliará na perpetuação da seca. Do filme “Os
Intocáveis”: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Repórter: Inspetor Ness...
agora que a lei seca foi revogada e não é mais proibido beber bebidas
alcoólicas o que o senhor vai fazer? Se aposentar? Inspetor Ness: Primeiro vou
tomar um drink”</i>. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A baixa
efetividade da Lei atual ocorre principalmente por conta da falta de
fiscalização e de órgãos bem estruturados, com profissionais e chefias
desvinculadas de interesses escusos (hoje escusos somente para os “cegos,
surdos e loucos”).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Não
se resolve a baixa efetividade da aplicação de uma Lei tornando os resultados
dessa baixa efetividade legais. E se desejam abrandar a Lei com a desculpa de
que a atual é inexequível, utópica, ou seja lá qual outro adjetivo falacioso
inventem... Onde está a estrutura bem formada e forte que atuará para que esta
nova Lei seja cumprida efetivamente a partir de sua promulgação? Bem, mesmo que
houvesse tal estrutura, a aplicação da nova Lei traz mais danos do que
benefícios e, considerando-se a inexistência de tal estrutura eficaz, funciona
na prática como “carta branca” para mais absurdos irresponsáveis, para um
ambiente cada vez menos resiliente e seguro.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Aproxima-se
da loucura o fato de profissionais defenderem tal reforma, principalmente
quando consideramos o quadro atual de danos ambientais já cometidos, em tão
curto lapso temporal. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Deveríamos estar
defendendo maiores restrições (note que as faixas de APP do Código Florestal
são mínimas, e estão longe de serem cumpridas ou efetuadas) e a aplicação de
fato da Lei, com órgãos mais estruturados (profissionais competentes e equipamentos).
No entanto, estamos rumando na direção contrária, e motivados pelo interesse de
poucas Corporações (bela Democracia esta onde o interesse de empresas é que
rege Leis e as aprova, ainda por cima revestidas de causa social).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Fica
evidente que a maioria de nossos políticos está pouco atenta à legislação
existente quando o próprio Deputado Federal Aldo Rebelo, um dos principais
relatores da Lei que altera o Código Florestal, demonstra desconhecimento sobre
a abrangência do Código Florestal não só nas áreas rurais, mas também nas
urbanas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Urbano"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Urbano <i style="mso-bidi-font-style: normal;">vs</i> Rural e a Transferência de Poder aos Municípios<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Urbano;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Historicamente
as áreas urbanas têm sido foco de inúmeros desrespeitos ao Código Florestal,
desrespeitos estes considerados gritantes, principalmente por conta de sua
visibilidade, da organização administrativa existente nas metrópoles, e da
significância que as áreas verdes assumem em locais poluídos e contaminados,
como é infelizmente o caso de nossas cidades. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Os
municípios, através de brechas na legislação maior, vêm criando “Leis de Uso do
Solo” e “Planos Diretores” que em tese deveriam ser mais restritivos que a
legislação Federal ou Estadual, mas que, no entanto, tem servido como
ferramenta para justificar grandes impactos, consolidados ou não, ou ainda, que
estão por vir (“projetos progressistas”).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Por
conta destas Leis que funcionam como “ferramentas do progresso a qualquer
custo”, interesses particulares têm predominado sobre os interesses coletivos
ou comuns, inclusive, das futuras gerações. Frequentemente Prefeitos criam
perímetros urbanos à revelia de qualquer critério técnico ou legal, de forma
que a legislação municipal aparentemente é feita em prol de um particular, não
se aplicando conceitos ou argumentações técnicas básicas para urbanização em
isonomia na região, principalmente ao considerarmos a frequente criação de
polos urbanos não conectados à malha urbana principal, em locais com único
proprietário, ou com poucos. A criação de um perímetro urbano deveria ser
embasada na presença de serviços urbanos (como rede de energia, esgoto e água) conforme
Resolução CONAMA 369/2006 Art. 9, onde devem ser considerados apenas os
serviços municipais (implantação e manutenção) para fins de caracterização, uma
vez que qualquer loteamento pode criar sua própria estrutura e desta forma,
qualquer fazenda poderia se tornar urbana. Vale lembrar que Leis municipais não
poderiam alterar a legislação ambiental para criar concessões, mas apenas para
restringi-la.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Atualmente,
o loteamento em áreas naturais tem sido uma das principais forças motrizes para
o desmatamento das formações florestais remanescentes no Estado de São Paulo,
de forma que os fragmentos em meio a estes loteamentos deveriam ser no mínimo
“abraçados” pelos interessados residentes, visando sua proteção, conservação e
incremento das funções ecossistêmicas. A fauna, com habitat cada vez mais
escasso, se concentra nestes remanescentes e acaba interagindo com o meio
urbano. Há até mesmo uma animação norte-americana lançada em 2005, denominada
“Os Sem-Floresta”, que trata o assunto (infelizmente também em voga nos Estados
Unidos) de maneira bem humorada e didática.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
nova Lei diz ainda que novos empreendimentos terão faixa de APP definida pelo
licenciamento (entre 15 e 100 metros nas áreas rurais e de 15 metros nas áreas
urbanas). Quem já trabalhou com, ou em órgãos licenciadores (de todas as
esferas), sabe da precariedade estrutural, da desorganização, e das fortes
influências políticas que passam por cima de qualquer aspecto técnico, fatores
estes que chegam a frustrar os bons profissionais de forma significativa,
levando-os a procurarem alternativas profissionais, muitas vezes com o próprio
empreendedor, onde entendem poder influir mais positivamente nas decisões do
que através do órgão ambiental. No entanto, minha experiência pessoal não
revelou tal possibilidade, sendo difícil chegar à conclusão de onde é mais
frustrante trabalhar, no setor ambiental privado, em órgãos governamentais, em
consultorias, ou em ONGs.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Além
disso, a nova Lei aumenta o poder do município quanto à definição da largura de
faixa de APP e mesmo quanto às autorizações para supressões. Em Santa Catarina
uma Lei municipal já se antecipou à tendência e definiu APP de 5 metros.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Este
tipo de transferência de poder, que já vem ocorrendo na legislação há algum
tempo, demonstra uma inversão na hierarquia, de forma que na prática, o poder Municipal
(o mais desorganizado, incompetente e desonesto) ocupa o topo da pirâmide, o
Estadual fica no meio e o Federal lá embaixo, mantendo o “teatrinho”. O próprio
IBAMA Federal vem se distanciando de questões ambientais específicas, muitas
vezes atuando somente quando requisitado por outros órgãos, e não de maneira
pró-ativa.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Os
nobres relatores não se atentam para o fato de que mesmo em áreas urbanas há
APP com funções extremamente significativas à manutenção da biodiversidade, se
não diretamente, também como verdadeiros oásis no meio do deserto, entre áreas
ainda preservadas (as sobreviventes). Além disso, é nas cidades que os
poluentes se concentram e onde qualquer vegetação ganha relevância redobrada,
onde a necessidade de áreas naturais é urgente, um verdadeiro caso de saúde
pública.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Quanto
à legislação que influencia o ambiente municipal em São Paulo, cito três Leis que
foram criadas recentemente, desprovidas de assistência técnica apropriada, mal
redigidas, e que possuem interesses ocultos negativos ao ambiente, a serem
permitidos ou propiciados pela redação das mesmas: Lei nº 15.442, de 9 de
setembro de 2011 do Vereador Domingos Dissei, Portaria nº 1233, de 28 de
dezembro de 2010, referente à Lei 10.365/87, do Prefeito Gilberto Kassab, e a Lei
15.470, de 27 de outubro de 2011, dos Vereadores Celso Jatene (PTB) e Dalton
Silvano (PV).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
primeira, na prática, induz os munícipes e profissionais correlatos a
favorecerem o corte de vegetação arbórea quando esta causa algum dano ao
calçamento, mesmo quando a árvore não oferece risco de queda além do normal, e
existe solução técnica para mitigação da situação em harmonização do passeio
público com a árvore, principalmente através da aplicação de tecnologias
arquitetônicas e de engenharia, respeitando-se as orientações dos manuais de
arborização urbana. A Lei diz que o responsável ficará dispensado do
cumprimento da obrigação de reparo do calçamento até que o corte ou a supressão
seja providenciado pela Administração Municipal, nos termos da legislação
vigente, e que, a partir do corte ou supressão da espécie arbórea, o
responsável terá o prazo de 30 (trinta) dias para providenciar a regularização
do passeio público.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
segunda interpreta e utiliza equivocadamente a Portaria 154/09-SVMA, que trata
das espécies invasoras. Considerar uma espécie localizada em uma caixa arbórea
como invasora é apenas um subterfúgio para se justificar uma remoção que é
guiada por outros propósitos. Pessoalmente acredito que uma árvore plantada
(por um ser humano), na forma de muda, em espaço restrito, que no caso em
questão não se reproduz de forma descontrolada, por propagação espontânea ou
prejudicial, não poderia ser considerada invasora. Há uma diferença entre
espécies exóticas, invasoras e “espécies invadindo”. Um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ficus elastica</i></b> (Figueira
ou Falsa Seringueira), por exemplo, normalmente não se reproduz naturalmente no
Brasil. Como então considerá-lo invasora? O termo “vegetação invasora”
normalmente está vinculado aos ambientes rurais, fragmentos florestais ou
grandes extensões naturais. Em ambiente urbanizado, remover uma espécie dita
invasora, é usar de um artifício legal mal interpretado como amparo para uma
remoção normalmente motivada por outras causas (válidas ou não). Uma das poucas
espécies que acredito poder apresentar situação preocupante, mesmo em áreas de
praça urbana, canteiro central ou beira de córrego, é a Leucena (<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Leucaena
leucocephala</i></b>), pela sua incrível capacidade reprodutiva e perenização
na área, impedindo o desenvolvimento de demais espécies. No entanto, se uma
muda de Leucena é plantada já bem formada em uma caixa arbórea, no passeio
viário, e não se apresenta próxima de áreas naturais, apesar de não recomendar
o plantio da espécie, não a enquadraria como invasora. Se ela disseminasse suas
sementes para uma praça, o controle de suas mudas faria parte da capina de
manutenção.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
terceira Lei se trata de uma resposta pífia para o problema relacionado à
demora no trâmite de serviços relacionados às Áreas Verdes das Subprefeituras,
permitindo à Prefeitura a terceirização das vistorias arbóreas e emissão de
laudos técnicos. No entanto, o maior gargalo para boa execução dos serviços não
está no número de vistorias e laudos, visto que há inúmeros laudos publicados
armazenados em arquivos, na fila para execução, não raro perdendo a validade
(legal e prática, visto que a situação atual pode diferir em muito do laudo de
anos atrás). O gargalo principal está na falta de equipes treinadas e capazes
de boa técnica, além de sua configuração e falta de valorização, que ocorre nas
Áreas Verdes como um todo. Ou seja, com esta Lei estenderão ainda mais os
serviços à terceirização, sem reforços na fiscalização, abrindo mais portas
para imperícias técnicas e legais. E dessa forma, podem manter um preço baixo
para realização dos serviços dos Engenheiros Agrônomos, Florestais, e Biólogos,
já que o serviço fica aberto a todo mercado e aceita o valor quem estiver
disposto a tal.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Resumo"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">“Resumo da Ópera”<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Resumo;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Como
a legislação ambiental se reflete diretamente no espaço, contendo limites e
metragens, com a nova Lei se perde muito destes limites e metragens amparados.
Acredite: muito mesmo. Alguns estudos de caso abordados demonstram a proporção
de perda dos ecossistemas, para os quais é sempre bom lembrar, já foram
forçados à exaustão e atualmente se limitam à condição de “sobreviventes”, praticamente
ameaçados de extinção em um curto lapso temporal.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O
novo texto implica em grandes perdas, reproduzindo todas aquelas do projeto do
Deputado Federal Aldo Rebelo e, se não bastasse, adicionado de agravantes.
Comparar o texto do Senado com o da Câmara é um exercício equivocado e faz
parte da campanha muito bem arquitetada para desviar a atenção ou confundir.
Comparar estes textos é o mesmo que comparar o “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">péssimo</i>” com o “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">péssimo plus</i>”,
de maneira praticamente análoga ao que acontece quando comparamos os candidatos
elencados para as eleições. Só que desta vez a população não poderá nem mesmo
protestar anulando o voto (por mais ineficaz que a legislação eleitoral tenha
tornado esta prática).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Em
relação à “derrota” do governo em relação ao texto preferido, o Deputado
Federal Fernando Gabeira diz em seu blog: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">O
governo dá a entender que foi derrotado e que não queria esse desfecho. O
governo também dá a entender que é contra a corrupção e está realizando uma
faxina. Tudo isso é calculado para manter altos os níveis de popularidade de
Dilma</i>”. Confira na íntegra em:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.gabeira.com.br/wordpress/2012/04/codigo-florestal-aos-vencedores-o-deserto/"><span style="color: blue;">http://www.gabeira.com.br/wordpress/2012/04/codigo-florestal-aos-vencedores-o-deserto/</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
imprensa chegou a vincular até mesmo charges de Dilma tombando derrotada, como
se fosse uma árvore sendo derrubada. Esta era exatamente a imagem que desejavam
transmitir, mas que se distancia da verdade nos bastidores, onde Dilma nunca
foi derrotada. A idéia de que o Governo perdeu e de que o veto de Dilma tem
poder de mudar alguma coisa faz parte de um teatrinho muito bem planejado e
ensaiado.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
anistia é tão absurda que talvez tenha sido colocada propositadamente para
polarizar a questão sobre este tema, distraindo a opinião pública dos demais (e
ainda mais gritantes problemas que o texto possui). Aprovarem neste momento o
texto que na prática provê as piores condições possíveis ao ambiente talvez
seja só uma manobra para que a Presidenta vete uma ou outra questão, e assim
mesmo aprove um ainda péssimo Código "Florestal", ou que vete inteiramente
e, mais tarde, o texto retorne para nova apreciação, onde poderá ser aprovado
pelo Senado e Câmara, transformando o veto da Presidenta em uma mera opinião
que, ainda por cima, provê louros à sua imagem, agradando gregos e troianos,
mas não os ambientalistas antenados de verdade.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Provavelmente
a anistia será vetada por Dilma, o que poderá equivocadamente ser entendido
como um meio termo e alegrar alguns, no entanto, o novo Código continuará como
a atrocidade que coroa o estratagema de enfraquecimento do licenciamento
ambiental, o qual vem sendo colocado em prática há décadas (partição de órgãos,
diminuição de verbas, líderes vendidos politicamente, permissividade para
grandes impactos em Unidades de Conservação e Reservas Indígenas, órgãos com
estruturas tão diminutas que existem somente para constar, política do
“poluidor pagador” e do “cortador pagador”, “monetarização da natureza”, e
assim por diante...).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Veto"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Como Funciona o Veto Presidencial<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Veto;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Sobre
como funciona o veto presidencial há particularidades pouco conhecidas pela
população. Se deixássemos todas as decisões ao crivo final de uma única pessoa
(o Presidente) estaríamos simulando um regime monárquico, ditatorial e
autoritário (e na verdade estamos, já que o correto seria a população
participar sempre através de Referendos e que a decisão da maioria
prevalecesse).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Depois
que determinada Lei é vetada pelo Presidente da nação, as normas exigem que o Presidente
do Congresso e do Senado Federal, no caso o Sr. José Sarney (de 1995 a 1997,
2003 a 2005, de 2009 a 2011 e de 2011 até a atualidade), promova uma apreciação
sobre o veto aos membros da Casa, que após reuniões (sessão conjunta e
apreciação dos vetos) podem votar novamente a questão e, caso tenham maioria
dos votos (50% + 1), na prática “o veto presidencial é vetado”. No entanto,
José Sarney vem adiando e congelando muitos dos vetos presidenciais, não os
expondo à apreciação, ou seja, mantendo o Presidente com maior poder de
decisão, para o bem e para o mal (este último na maioria dos casos).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Um
dos grandes temores dos ruralistas é o de que Sarney “congele” também o veto
presidencial sobre a Lei que altera o Código Florestal. No entanto, a meu ver é
um temor infundado ou encenado, já que normalmente as decisões visando o “progresso
inconsequente” são sempre favorecidas, e que o esquema explicado se presta
perfeitamente a ambos os lados. Veja como: Dilma veta a Lei (parcial ou
totalmente, não importa) antes do evento “Rio + 20” e ganha popularidade com os
milhões de brasileiros que gritaram, escreveram, imprimiram e exibiram “VETA
DILMA” ou mais apropriadamente “VETA TUDO DILMA”, então, depois de algum tempo,
após o “Rio + 20”, o assunto é colocado à apreciação do Senado e Câmara, que
por sua vez vota em maioria a favor da Lei (perceba que na primeira votação
eles tiveram quase 60% de aprovação), anulando o veto de Dilma, que passa a ser
considerado somente uma opinião da Presidenta, por sua vez favorável à sua
imagem frente à opinião pública.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Quando
o veto da Presidenta volta, ele pode ser derrubado por “maioria absoluta”. Na
votação que aprovou o texto havia 458 deputados presentes em plenário. Ou seja,
55 deputados (são 513, no total), faltaram ao trabalho. A maioria simples é
calculada em cima dos que apareceram para trabalhar: 230. Já a maioria absoluta
é calculada em cima do total de votos possíveis se todos os deputados tivessem
comparecido: 257. Outra diferença é que o Congresso - e não suas duas casas
(Câmara e Senado) - analisará o veto. Isso significa que as duas casas agem em
conjunto e não de forma independentes. Cada cabeça um voto. E a votação é
secreta. Mais informações em:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;"><a href="http://direito.folha.com.br/1/post/2012/04/cdigo-florestal-por-que-no-adianta-a-presidente-vetar.html"><span style="color: blue;">http://direito.folha.com.br/1/post/2012/04/cdigo-florestal-por-que-no-adianta-a-Presidente-vetar.html</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Apesar
da mudança de “maioria simples” para “maioria absoluta”, na realidade, derrubar
o veto não é tão difícil quanto o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe
Vargas, afirmou, ao considerar o resultado da votação do Código Florestal na
Câmara dos Deputados. Para derrubar um possível veto da Presidenta, é preciso
maioria absoluta tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal, ou
seja, o aval de 257 deputados e 41 senadores. O texto do relator Paulo Piau
(PMDB-MG) foi aprovado por 274 votos a 184 na Câmara dos Deputados. Considerando
os Senadores (81), a maioria absoluta de 594 são 298 votos. Esse é o número
necessário para derrubar o veto. No caso da Lei que altera o Código Florestal,
ela foi aprovada por 274 votos na Câmara e 59 no Senado, o que resulta em um
total de 333 votos. Ou seja, o texto já “ganhou” com os Deputados e com os
Senadores. Se quem votou a favor na aprovação original aparecer para votar pela
derrubada do veto (e continuar votando da mesma forma), os eventuais vetos da Presidente
poderão ser facilmente derrubados.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O
Congresso decidir novamente pela aprovação do texto não afeta em nada a imagem
já totalmente destituída de caráter e seriedade que a Casa exibe frente à
opinião pública e, ainda por cima, tal decisão será defendida como democrática,
da maioria parlamentar. E aí está outro truque: Onde está a maioria da
população sendo representada em uma Democracia verdadeira?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Normalmente
se alega que deixar apenas o Presidente decidir seja autoritário. Concordo. E
deixar somente o Senado e a Câmara decidir, o que é? O mesmo autoritarismo, mas
dividido em quase 600 cabeças (com o agravante de estarem influenciadas
diretamente por dinheiro e poder de algumas Corporações) quando na realidade,
temos quase 200 milhões de pessoas nesta nação. Provavelmente argumentarão que
o povo votou neles e que isso é Democracia. Bem, mas o povo também votou na
Dilma. Um Referendo seria o mais apropriado. Autoritarismo mesmo é alterar uma
Lei sob forte influência dos interesses de grandes empresas e latifundiários.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O
acesso da população ao texto final aprovado que foi enviado para Presidenta
ocorreu de forma tardia, até porque o texto final recebeu alterações nas
últimas horas de sua aprovação. Não só não temos tendência à realização de um Referendo,
como nenhum cidadão pôde acessar o que de fato estava sendo aprovado. O que
sabíamos sobre o texto final se embasava no acompanhamento quase que
investigativo realizado por profissionais que puderam comparecer às reuniões
relativas ao assunto e mesmo à votação em Brasília.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Há
um site (blog do Eng. Agrônomo Ciro Siqueira) que, apesar de explicar bem sua
posição oficial, na prática defende ardorosamente as mudanças no Código
Florestal, chama os contrários ao texto de “ecotalibãs”, pinta Marina Silva
como o “Tio Sam”, simplifica a posição contrária como “imperialista
norte-americana e europeia”, promove a união dos “atingidos pelo meio ambiente”,
e ensina a como “vetar o veto”:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.codigoflorestal.com/2012/02/como-derrubar-um-veto-presidencial.html"><span style="color: blue;">http://www.codigoflorestal.com/2012/02/como-derrubar-um-veto-presidencial.html</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O
blog diz: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Esse é um passo fundamental.
Se o Presidente do Congresso não convocar a sessão de conhecimento dos vetos, o
prazo de 30 dias jamais iniciará e os vetos podem não ser apreciados nunca. Há
mais de 900 vetos do Executivo aguardando deliberação do Congresso porque a tal
sessão de conhecimento jamais foi convocada</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Se conseguirmos que o Presidente do
Congresso convoque a tal sessão de conhecimento, o(s) veto(s) será(ão)
apreciado(s) em sessão conjunta no prazo máximo de 30 dias. Sessão conjunta
significa que Deputados e Senadores estarão reunidos em Plenário, mas os votos
serão separados, primeiro Câmara, depois Senado. Para derrubar o veto, será
necessário que a maioria absoluta, metade mais um, de cada Casa (257 Deputados
e 41 Senadores) votem pela rejeição. O voto será SECRETO. Mantido ou derrubado
o veto, o projeto volta para a Presidência da República para promulgação</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Em todas as votações pelas quais passou nos
plenários da Câmara e do Senado o texto de reforma do Código Florestal teve
mais de 257 votos na Câmara e mais de 41 votos no Senado. Ou seja, temos votos
para derrubar qualquer veto da Presidente Dilma. A grande questão é se teremos
força para "convencer" o Presidente do Congresso Nacional a convocar
a sessão conjunta para conhecimento dos eventuais vetos</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Quanto
ao emprego da denominação “ecotalibãs” pelo blog: sei muito bem que existem
extremistas na defesa de quaisquer causas, ideologias, visões, etc., mas dizer
que as pessoas que são contra as mudanças apresentadas para o Código Florestal
são extremistas é que é extremo ou radical. É muito fácil se defender colocando
as pessoas que são contra dentro de um único "balaio estereotipado".
Pedir para o Presidente o veto de determinada questão é extremo? Argumentar
tecnicamente sobre cada ponto apresentado pela Lei que altera o Código
Florestal e concluir o "óbvio ululante" de que ele é danoso ao
ambiente é extremo? Conectar os pontos e perceber que a Lei foi financiada
direta e indiretamente por grandes empresas do denominado "Agribusiness"
é extremo?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Bem,
extrema é a vergonha que sinto de pessoas de certo intelecto o utilizarem para
defender interesses pessoais e egoístas relacionados a seu ramo de atuação e,
ainda por cima, usarem de termos pejorativos e adjetivos que simplificam e
polarizam a questão, como "máfia verde", "ecotalibãs",
"imperialistas norte americanos", dentre outros. Uma coisa é errar
por ignorância, outra é conhecer e usar do conhecimento para favorecer uma
questão danosa ao ambiente e sociedade simplesmente porque ela é de interesse
pessoal (lucro, prestígio, poder).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Defende"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">QUEM DEFENDE A NOVA LEI E POR QUÊ?<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Defende;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">No
fim das contas, e de forma simplificada, a origem disso talvez seja uma
profunda "inveja" do PIB da China, bem como a idéia de que os países
de primeiro mundo tiveram a vez deles e agora é a nossa. Os defensores do
progresso irresponsável acreditam de forma simplista que os outros países usam
da proteção ambiental para colocar amarras em nosso desenvolvimento. Como se o
próprio Governo, com sua tributação abusiva, seus serviços de péssima
qualidade, sua corrupção que desvia enormes quantias de dinheiro público para
poucos bolsos, a importação de todos os melhores produtos do país para fora por
preços muito inferiores ao que pagamos em equivalentes de muito pior qualidade,
dentre outros inúmeros fatores, não fosse amarra suficiente e mais significativa
do que a proteção do ambiente como breque ao desenvolvimento.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">E é
claro, há o conceito de propriedade, onde muitos entendem que “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Na MINHA propriedade faço o que quiser</i>”.
Trata-se da prepotência humana tão bem caracterizada na narração de Carl Sagan
em vídeo baseado em sua obra literária “O Pálido Ponto Azul”: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Pense nos rios de sangue derramados por
todos estes generais e imperadores para que, em glória e triunfo, eles pudessem
ser os chefes momentâneos de uma fração de um ponto</i>”. Segue o link para este
belíssimo vídeo com cerca de seis minutos:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=EjpSa7umAd8#"><span style="color: blue;">http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=EjpSa7umAd8#</span></a>!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Até
hoje não observei um único caso onde alguém foi “impactado pelo meio ambiente”
e este alguém não estivesse extremamente equivocado, não só em relação à
importância da variável ambiental, mas também em relação a como gerenciar uma
produção, negócio ou empresa, do ponto de vista da eficiência, logística, e
outros fatores importantes na variável econômica.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Do
mesmo modo que, durante meu trabalho na Subprefeitura Ipiranga, tantas vezes
ouvi de munícipes que as causas de todas as mazelas e infortúnios da vida se
deviam à árvore na calçada, os produtores rurais tendem a culpar o fragmento
florestal. No Tocantins conheci proprietários que ainda hoje contratam
caçadores para acabar com as onças que devoram o gado... O “meio ambiente” é um
bom vilão para os ruralistas colocarem a culpa de suas falhas. O “bicho papão”
do século.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
justificativa de que a preservação de porções do ambiente natural atrapalha a
Agricultura se trata de um grande contra senso científico. Os empreendedores
trabalham e divulgam a imagem de um país tomado por reservas indígenas,
unidades de conservação, parques, que atrapalham o progresso. Bem, quem dera
existisse de fato esta imagem... Dizer que não há área disponível para o
plantio é outro absurdo. Engraçado como a Agricultura gosta de levantar a
bandeira do avanço tecnológico e, ao assumir que não há terras produtivas,
assume sua incapacidade em trabalhar vastidões de terras depauperadas (pela
própria agricultura). Mas é claro, ainda há terra boa na nação, que poderia ser
trabalhada dentro de um modelo de agricultura realmente pequeno, familiar,
menos impactante, de preferência sob os moldes da agricultura orgânica, que
valorize diretamente o produtor, porém, não é de interesse de supermercados e
intermediadores, grandes empresas que arrendam terras, que criam vínculos para
produção consorciada com o produtor (que só sugam quem mais trabalhou, não
dividindo os lucros de forma justa), enfim, para os que mais “engordam sem
trabalhar”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Apesar
de o Governo falar em nome dos “pequenos” e “familiares”, na realidade está
falando em nome de algumas Corporações relacionadas ao negócio rural e ao empreendedorismo
que abusa dos recursos naturais, bem como dos grandes proprietários que foram
convenientemente encolhidos, não só pela adoção dos quatro módulos fiscais, mas
também pela ausência de mecanismos que os impeçam de subdividir as terras em
lotes ou propriedades menores, e assim não se sujeitarem a restrições
ambientais que caberiam legalmente ao caso.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">As
influências das Corporações no modo de governar são ilustradas no brilhante
documentário “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">The Corporation</i>” de
Mark Achbar, cujas relações exibidas entre Corporações e o Governo infelizmente
não se limitam aos Estados Unidos, pois na realidade são tão “multinacionais”
quanto as próprias empresas. Da mesma forma que empresas “patrocinaram” esta
Lei que altera o Código Florestal, também o lobby do mercado imobiliário
patrocinou Leis relacionadas ao urbanismo, como a de Concessão Urbanística, em
uso recente pelo Projeto “Nova Luz” em São Paulo. Minhas impressões sobre a
Audiência Pública para o Projeto Nova Luz podem ser conferidas no link a
seguir, mediante acesso ao Facebook:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;"><a href="https://www.facebook.com/note.php?saved&&note_id=10150394293769686"><span style="color: blue;">https://www.facebook.com/note.php?saved&&note_id=10150394293769686</span></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">No
caso da Bancada Ruralista que alterou o Código, foram mais de 20 milhões de reais
em doações (declaradas) às campanhas dos Deputados: Suzano Papel e Celulose,
Cosan (açúcar e etanol), ArcelorMittal (líder em valor doado – R$</span><span style="font-family: Calibri;"> </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">1.595.000),
Fibria (união da Aracruz e Votorantim Papel e Celulose - vice-líder de doação
em valor financeiro), Usina Coruripe (açúcar e etanol), Bunge (“Bunge
Fertilizantes” é a que mais vezes aparece nas declarações dos deputados da
bancada), Usina Caeté, Usina Naviraí, CMPC Celulose, Klabin (papel), Caemi
Mineração (Vale do Rio Doce), dentre outras. A transnacional Vale e a Samarco
Mineração, ao contrário dos anos anteriores, não aparecem diretamente no
balanço do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Outras
empresas atuaram no passado, e muito possivelmente continuam atuando
clandestinamente (por trás de outras empresas, ou apenas de maneira “informal”).
As grandes empresas que representam o Agronegócio mundial, e que atuam
fortemente no Brasil (além das citadas acima) são as maiores suspeitas: Bunge
Alimentos, Cargill, Souza Cruz, JBS Brasil, BRF, Sadia, Unilever, ADM,
Coopersucar, Nestlé, Basf, Louis Dreyfus, Case New Holland, Kraft Foods, Coamo,
Marfrig, Bayer, Pepsico do Brasil, Heringer, DuPont, Syngenta, Duratex,
Frigorífico Minerva, Seara, Amaggi, Aurora Alimentos, Sotreq, C. Vale, Caterpillar,
LDC Bioenergia, Itambé, Garoto, Mosaic, Caramuru Alimentos, Granol,
Ultrafertil, Noble Brasil, Yara, Cooxupé, International Paper, Parmalat e Monsanto
(ligada diretamente a aprovação polêmica, vergonhosa e controversa dos
transgênicos no país em 2005).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
Bunge Fertilizantes também se manifestou sobre as doações citadas. Em nota, a
empresa defendeu que não há nenhuma ilegalidade no fato, pois “o sistema
político brasileiro prevê o financiamento privado das campanhas”. Porém, a
doadora também admite que escolhe políticos com mesma linha de pensamento da
empresa, mas desmente que, nestas eleições, tenha financiado campanhas “em
função de questões ou de projetos específicos”. Bem, tirem suas próprias
conclusões.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Mas
a bancada ruralista não se restringe a desarticular a proteção ao ambiente,
também se esforça para impedir o efetivo combate ao trabalho escravo nas
fazendas: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Uma tese de doutorado
defendida na USP pelo cientista político Leonardo Sakamotto estabeleceria uma
relação entre a morosidade na apreciação dos projetos antiescravagistas e as
doações de campanha eleitoral. Segundo ele, empresas agropecuárias acusadas de
utilizar trabalho escravo, seus donos e parentes fizeram doações nas eleições
de 2002 e 2004 que ajudaram a eleger dois governadores, cinco deputados federais,
três deputados estaduais, três prefeitos e um vereador. Ele apontou ainda três
deputados federais, um estadual e três prefeitos entre proprietários ou
parentes de donos de fazendas autuadas por suposto trabalho escravo</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Empreendedores
adoram exteriorizar os danos, e adoram a hipocrisia relacionada à
exteriorização, que lhes rende embalagem atrativa, uma verdadeira “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">eco bag</i>”. De que adianta, por exemplo, o
Canadá proibir a utilização de amianto e ser o segundo maior produtor, e maior
exportador deste material para outros países?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Há
muitos que, com a prerrogativa do progresso, não só acreditam como se esforçam
para que as Corporações decidam os rumos da nação. Que progresso é este? A que
custo? Há grandes diferenças entre aumentar o “poder de endividamento da
população” e aumentar o “poder de consumo”. Além disso, o consumo mais
fomentado é o do tipo irresponsável, que exerce pressões em demasia sobre o
meio e não reflete em valorização social. Alguém realmente acredita que Corporações
possuem causas nobres além de almejar lucro a qualquer custo? Mesmo que este
lucro signifique desmantelar uma empresa e mandar seus fiéis funcionários para
“as cucuias”?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Muitas
grandes empresas nem mesmo pagam impostos da forma que um “reles mortal” é
obrigado a fazer. Muito bem assessorados por seus advogados, deixam a dívida
acumular durante anos para depois negociá-la por valores inferiores a um terço
do original, e sem juros.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Muitos
acham que o Brasil está "decolando"... Pessoalmente acredito que
estamos sendo "ejetados", e pior, sem "paraquedas".<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Recomendo
o documentário “Roger e Eu”, que mostra a falência da cidade inteira de Flint
(Michigan – EUA), quando o dono da “General Motors” decide mudar a fábrica para
o México, onde a mão de obra era mais barata e as exigências ambientais
praticamente inexistentes (uma tendência na economia moderna, vide o fenômeno “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">made in China</i>”). O filme “Nação Fast
Food” aborda o mesmo problema, relacionado à indústria alimentícia de uma rede
de fast food muito conhecida “McMundialmente”. O documentário “Wal-Mart – O
Alto Custo do Preço Baixo” mostra o custo não computado na exteriorização de
problemas. O filme “Wall Street - Poder e Cobiça” de 1987 mostra como empresas
podem funcionar como verdadeiras fichas de Poker em um grande jogo de “figurões”,
onde o prazer está mais em jogar do que em ganhar, já que dinheiro não falta
pra estes jogadores, e eles se divertem pagando o “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">minimum bet</i>” para este Poker de altas consequências para
humanidade.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Universidades"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O
Comprometimento Parcial das Universidades<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Universidades;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Anteriormente
escrevi que o Governo não se utiliza do conhecimento acadêmico. Bem, essa é uma
meia verdade, pois o verdadeiro “Governo Corporativo” não o ignora, pelo
contrário, se apropria indevidamente dele em prol de seus interesses de
mercado.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
maior parte das Universidades se tornaram (com exceção de alguns setores e
professores ainda na resistência) extensões do quintal de Corporações, que usam
do meio acadêmico para testar e aprovar seus produtos. Os professores
orientadores das pesquisas e os alunos estagiários (graduandos, mestrandos e
doutorandos) ganham mais trabalhos para publicação no Currículo Lattes, além de
bolsas em valor financeiro. Em troca das “esmolas” providas pela Corporação, o
patrimônio público (também o imaterial) é utilizado para pesquisas que, não só
têm seu resultado influenciado pelos interesses das empresas, como geralmente
geram um “selo” da Universidade, direta ou indiretamente certificando
determinado produto. Para os setores de pesquisa das Universidades não convém
contrariar os interesses mercadológicos das pesquisas, uma vez que muita
contrariedade pode significar o cancelamento da verba.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Além
disso, os professores pesquisadores muitas vezes atuam em consultorias privadas
(muito lucrativas) para estas Corporações, defendendo o ponto de vista desejado
no momento, com trabalhos científicos e conclusões distorcidas. Presenciei
reuniões onde o objetivo era reescrever trechos de forma a reforçar a intenção
do empreendedor, e depois, coletar a assinatura do renomado professor, um verdadeiro
“pop star” ou sumidade científica, às vezes com livros acadêmicos publicados, gerando
pareceres que dificilmente seriam contrariados pelo órgão licenciador.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">As
Universidades ainda vêm participando de licitações para determinados serviços,
como “levantamento florístico”, “levantamento da ictiofauna”, etc., tanto na
confecção de EIA / RIMA, quando na execução dos Programas Ambientais, onde há
concorrência desleal, visto que a mão de obra geralmente é composta por
estagiários que enxergam no serviço uma oportunidade de aprendizado. Para o
empreendedor é “duas vezes bom”: ganham a notoriedade da universidade (logotipo
impresso nos relatórios), e pelo melhor preço do mercado (que empresa com
funcionários na carteira consegue concorrer com estagiários sem registro?).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O
conhecimento científico, quando não “mofa” nas prateleiras das bibliotecas,
geralmente se torna uma “patente” (obtida de forma bem barata) para uma empresa
lucrar, muitas vezes não se revertendo em melhoria social, e sim reforçando o
monopólio, as opressões e a desigualdade social. Muitos cientistas e inventores
padecem do mesmo mal dos “autores”, cujos “direitos autorais” são de uma
editora, estúdio, gravadora, etc., ou seja, uma empresa que geralmente já está
consolidada no ramo e se aproveita de autores e pesquisadores “Zé Ninguém”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Aparentemente
o Poder Público tem uma grande afinidade com diagnósticos, pois custam caro,
exigem a contratação de terceiros, o que abre portas para ganhos ilícitos,
geram folders e comerciais “bonitinhos” e demoram um bom tempo para serem
concluídos, sendo também uma resposta que normalmente a impressa engole bem. O
Brasil possui boas Universidades e órgãos competentes na realização de
diagnósticos (até mesmo a medicina diagnóstica é a que mais avançou por aqui),
porém, usar os próprios diagnósticos para “empurrar com a barriga” as ações
necessárias, e ainda lucrar com isso, deveria ser considerado crime. Não tiro o
mérito dos diagnósticos e sua importância, mas a verdade é que em geral, os
diagnósticos revelam o que todos já sabemos, “ensinando o padre a rezar”,
principalmente porque já temos uma boa noção, de décadas de trabalho e
problemas enfrentados na área, que definem quais são as ações urgentes e
necessárias. Como exemplo, cito o caso do “Inventário Municipal de Emissões e
Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa”, que é um trabalho bacana, mas
cujos resultados não são usados como base para ações realmente efetivas, onde
na realidade, as poucas ações tomadas independem dos resultados. Ninguém
precisa confirmar mais uma vez que o transporte é um dos principais
contribuintes com a geração de gases para se investir em tecnologias menos
impactantes. Da mesma forma, ninguém precisa afirmar que há vinte mil tocos
para serem destocados e que o plantio não está sendo feito a contento e na
quantidade necessária para sabermos que precisamos de uma equipe específica
para destoca e plantio.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Produção"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A Produção de
Alimentos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">vs</i> A Conservação Ambiental<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Produção;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Não
existe a dicotomia criada de forma inteligente pelos ruralistas: “ou se conserva/preserva
ou se produz alimentos”. A produção de alimentos é compatível com a preservação
do meio quando técnicas adequadas são aplicadas a cada caso, sendo que a
própria preservação é pré-requisito para que a produção seja viável ao longo do
tempo. A aptidão natural das terras e o zoneamento agrícola são fatores
importantes a serem considerados, por exemplo.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
revista “Visão Agrícola” de abril de 2012 traz matéria de autoria de André
Meloni Nassar e Laura Barcellos Antoniazzi, denominada “Reforma do Código
Florestal: uma visão equilibrada”. A matéria cita como ponto negativo da
legislação atual a necessidade de recomposição dentro da mesma bacia, assumindo
que tal requisito levaria à diminuição da área produtiva, acarretando perdas
econômicas para os consumidores e para as regiões que dependem exclusivamente
de atividades agrícolas. E chega ao cúmulo de defender as alterações no sentido
de prevenir um deslocamento da área produtiva... Fala ainda que o código atual
oferece insegurança jurídica aos produtores, e assumem que a realização do
cadastro ambiental rural é impraticável sem a reforma da legislação (como se a
realização de um diagnóstico ou cadastro não pudesse ser efetivada
independentemente de qualquer alteração ou reforma na Lei).<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Argumentam que não é interessante o
cadastramento mantendo-se o Código Florestal atual, pois originaria sanções aos
proprietários que desrespeitam o ambiente. Que belo argumento... Equivalente a
acabar com o crime para que os criminosos não tenham medo de se identificar... Visão
equilibrada? A trilha desta matéria deveria ser a de “Koyaanisqatsi”...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Considerando
o número de perdas que temos em processos produtivos que não investem em
aspectos básicos relacionados à colheita, transporte e armazenamento, falar em
aumento de produção com novas tecnologias serve apenas a estas novas
tecnologias em si, e a todos que ganham com elas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Aparentemente
estamos mirando muito mal o problema. Escolhemos usar uma tecnologia perigosa
como a transgenia em nome de um aumento na produtividade por volta de 5%,
quando perdemos até 70% de certos alimentos com transporte a armazenamento.
Onde seria mais seguro, racional e eficaz investir?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Qualquer
tecnologia que se revista do slogan “vamos matar a fome do mundo” é hipócrita
enquanto alimentos forem desperdiçados e mal distribuídos, bem como é hipócrita
esta nova Lei, que se reveste de falsa proteção ao pequeno agricultor e de
pretenso aumento na produção de alimentos. De forma alguma as alterações no
Código Florestal podem resolver a questão fundiária, a reforma agrária, a
política agrícola, etc., como alguns textos supõem.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
aplicação desta nova Lei, ou mesmo sua mera existência, na prática prejudicará
os serviços ecossistêmicos e a própria Agricultura, a qual depende direta e
indiretamente deles (em relação à água, cerca de 70% do consumo é destinado à
Agricultura). Só faria sentido se esta Lei for parte dos planos de lançamento
dos transgênicos que dependam de menos água, graças à inserção do gene
“cactos”...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Áreas
de Preservação Permanente nitidamente possuem função econômica, porém, são de
tamanha complexidade e preciosidade, que não é recomendável as valorar
financeiramente, afinal, como diz o comercial: “há coisas que o dinheiro não
paga”, porém, na falta de recursos naturais, nem o cartão vai resolver...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Obviamente
que é possível aumentar a produção com utilização de tecnologias (e não precisa
ser nada <i style="mso-bidi-font-style: normal;">high-tech</i>, pois nossa
produção muitas vezes beira a medieval, enfeitada como moderna através do uso
de agrotóxicos e máquinas agrícolas) e com a diminuição de perdas, sem, para
tanto, diminuir as áreas de preservação, pelo contrário, aumentado-as.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Enfim,
as mudanças propostas partiram de uma propaganda enganosa, que se reveste de
causa socioambiental e na realidade interessa realmente a poucos, que
infelizmente enxergam na agroecologia e preservação ambiental um inimigo à
geração de lucro, ao invés de um aliado às condições de vida neste Planeta.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Seguir
na direção desta nova Lei é o mesmo que dar vazão à ampliação do materialismo,
reforçando nossa “origem civilizatória romana”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Vivenciamos
atualmente o reflexo de visões fragmentadas, que não mais conseguem enxergar a
complexidade de interações, almejando o todo. A visão integrante e abrangente
está em retrocesso.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
especialização requerida pelo mercado de trabalho faz parte deste retrocesso,
pois não é acompanhada do “ligar os pontinhos”. Setores dentro de uma mesma
Universidade não conversam entre si. E o abismo entre quem gera conhecimento
(ainda que fragmentado) e quem faz a gestão, torna-se incomensurável.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O
rumo reforçado pela alteração do Código Florestal influenciará diretamente na
aceleração do processo de esgotamento de recursos naturais, na queda de
produtividade futura, irreversível em curto prazo, em aumento dos preços, perda
na qualidade dos alimentos, e diminuição da segurança alimentar (cada vez mais
valerá de tudo para se obter um produto, e menos criteriosos os consumidores
serão obrigados a se tornar).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Trata-se
praticamente de uma “Nova Revolução Verde”, ainda mais irresponsável e com
tecnologias muito mais perigosas que tratores, sementes híbridas e adubos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Perigos"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Maiores Perigos da Atualidade<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Perigos;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">1 - Modelo
agrícola que prioriza o monocultivo e favorece o monopólio, alicerçado
fortemente em recursos finitos (principalmente petróleo, agrotóxicos, fosfato e
outros adubos minerais), de alta demanda energética, extremamente poluidores,
impactantes e geradores de resíduos. Um modelo frágil e susceptível a enormes perdas,
em reação a pequenas alterações no meio ambiental ou econômico. Em analogia, é
como o país inteiro deixar de ser abastecido em energia elétrica por conta de “um
único cabo” comprometido em Itaipú (18 Estados foram atingidos em 2009 e 10
Estados em 2011).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">2 –
Agrotóxicos<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">3 –
Transgênicos<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">4 –
Falsa sustentabilidade: uso inapropriado e inconsequente de adjetivos como: eco,
eco friendly, ecológico, verde, sustentável, etc.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">5 –
Legislação falha e enfraquecida<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">6 – Inexistência
de fiscalização e proteção ambiental eficaz (órgãos diminutos e comprometidos).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Em
minha formatura no ano de 2004, além de contar com a presença do ex-presidente
Lula, recebi o canudo do ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, um dos
ministros mais "longevos" do governo Lula, tendo entrado no governo
em 2003. Foi escolhido por Lula por seus vínculos com o setor de agronegócio e
com o cooperativismo. O Sr. Roberto Rodrigues foi o “cabeça” por trás da
aprovação dos transgênicos no país, em uma condição vergonhosa para nação,
configurando mais um exemplo que colabora com o fato do nosso Governo estar
sendo na realidade regido por Corporações.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Na
época Lula chegou a dizer que “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Soja boa a
gente come, a transgênica fazemos biodiesel</i>”. O Rio Grande do Sul é o
principal Estado produtor de soja transgênica. Em 2005 uma reportagem dizia que
“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Entidades de classe no setor agrícola
gaúcho estimam que cerca de 90 por cento da área de soja do Estado foi
cultivada no ano passado com soja transgênica, com grãos que foram
multiplicados ilegalmente a partir de sementes contrabandeadas da Argentina nos
últimos anos</i>”, que “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">O plantio de soja
transgênica foi autorizado com a aprovação da nova Lei de biossegurança, sob
protestos de grupos ambientalistas e de defesa do consumidor. Estes grupos
também exigem que alimentos produzidos a partir de soja transgênica sejam
rotulados como tal, o que ainda não tem ocorrido no Brasil, apesar de existir
legislação neste sentido”, e que “O governo também já aprovou o plantio de
algodão geneticamente modificado, assim como a importação de milho transgênico
para produção de ração animal</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Até
hoje os produtos não são rotulados. Atualmente comemos não só a soja, mas
também milho, girassol e até mesmo trigo, todos transgênicos, incorporados de
forma massiva na indústria alimentícia brasileira. A Monsanto é a principal
responsável pelo desenvolvimento, venda e monopólio das variedades
transgênicas. Quanto ao milho: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">ratos
alimentados com uma dieta rica em milho geneticamente modificado desenvolveram
anormalidades em seus órgãos internos e alterações em seu sangue, segundo um
estudo</i>”. Hoje temos vários estudos comprovando que o milho transgênico
causa distúrbios fisiológicos relacionados principalmente ao funcionamento dos
rins e fígado.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Em
2005 Fernando Gabeira escreveu um texto esclarecedor sobre a aprovação dos
transgênicos:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">“O programa de governo previa uma
moratória na plantação de transgênicos no Brasil até que se concluíssem os
estudos sobre sua repercussão no meio ambiente e saúde humana. A Constituição
previa que medida desse tipo, liberação de transgênicos no ecossistema, só
poderia se realizar depois de um estudo de impacto ambiental”.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“As sementes, contrabandeadas da Argentina,
davam a vitória à multinacional Monsanto, que já estava dentro do país, lutando
para dominar o mercado, não apenas com suas sementes, mas também com seu
defensivo, a base de glifosato”.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">“Sem estudo de impacto ambiental, sem
sequer levar à prática a diretiva, aprovada no Parlamento, de rotular os
produtos geneticamente modificados, o Brasil entrou numa nova e incerta fase.
Tanto os produtores de soja convencional como os de soja orgânica temiam pela
contaminação de seus produtos. Um estado brasileiro, o Paraná, chegou a se
declarar livre de produtos geneticamente modificados, impedindo que
transitassem pelo seu porto”.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">“Lula conhecia a delicadeza do tema. Ele
o discutiu inúmeras vezes, não apenas com ecologistas, mas também com o
Movimento dos Sem Terra. Ele conhecia tão bem a dimensão do seu recuo que
resolveu sair do país no momento em que a medida provisória seria assinada.
Desta forma, a responsabilidade oficial pela medida ficou com o Vice-Presidente
da República, José de Alencar. Industrial do ramo têxtil, José de Alencar
afirmou que se sentia um pobre homem do interior tendo de decidir um tema de
tal complexidade”.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">“Meses depois, pressionando um Congresso
bastante flexível à sua orientação, o governo aprovou uma Lei de biossegurança
que garante a entrada dos produtos geneticamente modificados, desde que
examinados por uma comissão de cientistas, de um modo geral, simpática à
engenharia genética”.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">“Para aprovar a plantação de
transgênicos, o governo colocou no mesmo projeto de Lei a aprovação de
pesquisas científicas com células tronco, mobilizando centenas de portadores de
doenças graves, esperançosos de uma cura pela genética. O debate acabou sendo
polarizado em torno das pesquisas com células tronco, algo distinto de
alimentos geneticamente modificados. A oposição à pesquisa com células tronco
estava limitada a alguns grupos religiosos, católicos e evangélicos, assim
mesmo os mais radicais”.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="Finais"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">CONSIDERAÇÕES FINAIS<o:p></o:p></span></b></a></div>
<span style="mso-bookmark: Finais;"></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">As
alterações nos critérios impostas pela nova Lei provocam enorme retrocesso
ambiental. Trata-se de uma verdadeira remoção sumária de mecanismos de proteção
que geram uma perda evidente, tanto em relação à anistia quanto principalmente
em relação à própria mudança de critérios.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
nova Lei na prática é mais um exemplo de ganância e avidez sem igual. No Estado
de São Paulo, a cobertura florestal natural caiu de 82% por volta de 1850 para
10% no ano 2000. No Estado do Paraná, em 1890 tínhamos 98,32% de cobertura e em
2000, apenas 7,59%. Da mesma maneira, ocorreu no Sul da Bahia, de 1945 até
1990, onde sobrou apenas porção ínfima da original. O mesmo modelo pode ser
visualizado na maioria dos estados do país. Acompanhar as imagens que indicam a
cobertura florestal na linha do tempo é assustador.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Com
base no conhecimento científico, as faixas determinadas pelo Código Florestal
de 1965 são consideradas mínimas e deveriam ser ampliadas. Sobraram tão poucas
áreas preservadas no Estado de São Paulo que o Projeto Biota da FAPESP concluiu
que tudo que sobrou deveria ser preservado.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
defesa das APP não pode ser fundamentada em apenas uma função ecológica
qualquer, pois para este tipo de argumento isolado sempre haverá alguma solução
ou alternativa tecnológica específica, que desconsidera a complexidade dos
ambientes naturais e suas interações entre fauna, flora e manutenção dos
recursos naturais.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Não
há tecnologia capaz de emular ou compensar o conjunto complexo de funções que
exercem as áreas sensíveis ambientalmente e as APP, que além de sua importância
intrínseca, visam proteger estas mesmas áreas sensíveis. Os entusiastas
prepotentes da dominância humana sobre o Planeta tendem a enxergar fatores em
isolado e soluções tecnológicas do tipo “bala única”, geralmente pouco efetivas
e geradoras de grandes efeitos colaterais.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">As
diretrizes de gestão territorial deveriam funcionar em prol da qualidade de
vida, porém, com o enfraquecimento da legislação ambiental e remoção de
mecanismos de proteção, como população estamos sendo vítimas de um “estelionato
ambiental”. Na remediação está alicerçado o “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">modus operandi</i>” do Governo, que draga vorazmente os cofres
públicos, mas não draga com tamanha eficiência os corpos d’água, pelo
contrário, contribui para o assoreamento e a criação de uma situação que gera
lucro interminável para as empresas que trabalham com isso e os “parasitas” de
plantão.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Tal
tipo de revisão da legislação, e o enfraquecimento da legislação ambiental em
geral, se caracterizam como afronta e desrespeito ao meio acadêmico (à educação,
não só universitária, mas em sua totalidade, começando com bebês e seus brinquedos
cognitivos), a todos os profissionais e cientistas sociais que possuam de fato
algum caráter.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">É
fato inconteste, para os bons profissionais ambientais (competentes e honestos)
que trabalham com as Leis, de que a distância entre ciência e Lei está
aumentando, e de que já alcançamos um distanciamento extremamente perigoso.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A
SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e a ABC (Academia Brasileira
de Ciências) foram ignoradas quando apresentaram os pontos para auxiliar os
Senhores Senadores e Senhoras Senadoras na apreciação da matéria atentando para
o que precisa ser revisto, através de documento muito bem escrito e munido de
vastas referências bibliográficas, datado de outubro de 2011, e ainda se
prontificaram a permanecer à disposição para colaborações:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">A SBPC
e a ABC representadas pelo Grupo de Trabalho (GT) do Código Florestal comunicam
aos Senhores Senadoras e Senadoras que continuam à disposição no intuito de
colaborar com fundamentação científica e tecnológica na formulação de um
instrumento legal que possa representar os anseios da sociedade brasileira com
sustentabilidade econômica, social e ambiental</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Exigir
que bons profissionais considerem esta Lei é o mesmo que condená-los a noites
mal dormidas e crises de consciência (caso tenha sobrado alguma).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Como
profissional atuando na área ambiental, e como cidadão, recuso-me
terminantemente a considerar uma Lei como a que se apresenta. Acredito que
acatar e colocar em prática tal Lei é o equivalente a, não somente se infligir
uma lobotomia, mas também apunhalar o próprio coração. Já sofri e chorei
diversas vezes por conta da situação ambiental neste país e Planeta. Quanto
mais, e quantos mais, terão de sofrer? Quantas gerações? Talvez a resposta
seja: quantas um Planeta com líderes irresponsáveis e recursos cada vez mais
escassos conseguir abrigar.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Todos
os casos de infrações ambientais que trabalhei até o momento deixariam de
existir com base na nova Lei. Não defendo a desconsideração da mesma por conta
da manutenção do meu emprego, de forma alguma. Espero que tenha ficado claro em
meu texto que as motivações se baseiam em uma preocupação com este Planeta, com
as condições para qualidade de vida, e com a sobrevivência das espécies,
inclusive a nossa. Preferiria muito mais ser desempregado em um mundo de
natureza preservada. Há alguns que até mesmo comemoram a diminuição do
trabalho, já que diversas situações que antes geravam um processo legal, com a
nova Lei, deixariam de gerar. E há aqueles (como um chefe que tive no meu
início de carreira, no setor ambiental da Duke Energy) que agradeciam pelos
problemas ambientais, pois graças a estes ele tinha um emprego.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Lembro-me
bem de uma aula da matéria “Introdução à Engenharia Agronômica”, onde o
Professor Palestrante alertava para que não nos tornássemos meros vendedores de
adubo e agrotóxicos depois de formados, pois nossa profissão era muito mais
bela, abrangente e importante. Infelizmente, muitos dos meus nobres colegas de
curso, mesmo em cargos políticos e de gerenciamento, tornaram-se, direta ou
indiretamente, meros vendedores de adubo e agrotóxicos, fazendo jus aos
apelidos “batateiros” e “agricolões”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Parte
do discurso de Al Pacino em “Perfume de Mulher” cabe também ao nosso ambiente
universitário: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fabricantes de homens,
criadores de líderes. Tenham cuidado com o tipo de líderes que vocês produzem
aqui</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">De todos
os Engenheiros Agrônomos que conheci, os que de fato se tornaram vendedores de
adubo e/ou agrotóxicos são os que possuem os maiores salários (conheci casos de
vendedores agrônomos ganhando até 30 mil reais em um mês por conta de vendas
massivas em grandes fazendas, enquanto que a maioria dos agrônomos empregados
ganha em média algo em torno de 2,5 mil reais por mês, pois não existe na
prática o amparo do CREA ao salário mínimo profissional, que seria o
equivalente a nove salários mínimos regionais). Infelizmente são os vendedores
quem de fato são valorizados e que realizam a extensão rural no Brasil, levando
as "soluções" ao homem do campo, que coincidentemente sempre são o produto
que gera lucro para as empresas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A falta
de valorização dos profissionais (salários, planos de carreira e estrutura)
propicia, quando o caráter não está bem formado, trabalhos mal executados e o
uso da estrutura para trabalhos alternativos, muitas vezes ilegais. Um dos lemas
infelizmente comuns ao serviço público é: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">gerar
dificuldades para criar facilidades</i>”. Resultados diferentes dos almejados,
além da demora e ineficiência no trâmite burocrático, criam um mercado paralelo
para procedimentos não autorizados, ou priorizados em função do pagamento de
propinas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Esta
nova Lei é tão hedionda que para ela não cabe negociação. Qualquer negociação é
uma derrota. Não se deve falar em revisão, uma vez que ela é produto direto do
lobby ruralista, desprovido de assistência científica. Somente o veto total
pode ser positivo, seguido da formação de um novo grupo, bem intencionado,
contando com auxílio da comunidade científica, no sentido de rever a legislação
à luz da preservação e de forma a favorecer realmente o pequeno produtor, a
cadeia de alimentos produzidos de forma menos impactante e mais seguros (menos
contaminação por agrotóxicos e agentes biológicos).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Neste
momento cabe à comunidade científica registrar com clareza seus princípios
junto à constituição. As alterações no Código Florestal são de caráter
extremamente polêmico e vêm sendo alvo de críticas dos especialistas da área,
que argumentam sobre a inconstitucionalidade de dispositivos do “novo código
florestal”. A Lei deve ser questionada quanto à sua constitucionalidade pelo
Supremo Tribunal Federal que, infelizmente, historicamente demonstra tendência
a privilegiar os interesses políticos em desfavor do conhecimento técnico-científico.
Caso a Lei seja considerada constitucional, os recursos para discussão da
questão praticamente se esgotam (mas não se esgota a capacidade da população se
organizar e protestar). Só podemos ansiar e esperar por um julgamento realmente
justo, livre de influências e interferências do poder.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">NOTA
DE REPÚDIO DA ABRAMPA<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A Associação Brasileira dos Membros do
Ministério Público de Meio Ambiente - ABRAMPA, que congrega os Promotores e
Procuradores de Justiça, Procuradores da República e do Trabalho que militam na
área de defesa do meio ambiente no Brasil,<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>atenta ao direito constitucional ao meio ambiente equilibrado, essencial
à sadia qualidade de vida das presentes e futuras gerações, vem manifestar
publicamente seu repúdio ao texto do chamado “Novo Código Florestal” aprovado
recentemente pela Câmara dos Deputados.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Não obstante as várias manifestações de
membros do Ministério Público, de organizações da sociedade civil, de
integrantes do poder público e de instituições de pesquisa, com demonstrações
científicas e empíricas cabais da inadequação da reforma, o Congresso Nacional
optou pela aprovação de um projeto de Lei que atende primordialmente aos
interesses econômicos de pequena parcela da população, em detrimento de um
direito fundamental consagrado pelo nosso texto constitucional e instrumentalizado
por normas ambientais conquistadas ao longo de décadas.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Tal opção representa uma afronta à
sociedade, sobretudo em um momento em que catástrofes ambientais e as
constantes mudanças climáticas indicam que a tutela ambiental é insuficiente e
necessita de ampliação.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Às vésperas da Rio+20, esperava-se que
os representantes do povo brasileiro buscassem garantir adequada proteção ao
meio ambiente, e que alterações legislativas na seara ambiental fossem feitas
de forma responsável, buscando avanços, assegurada a participação pública e o
equilíbrio dos diferentes interesses existentes. <o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A aprovação de uma Lei que reduz a
proteção jurídica ao direito fundamental ao meio ambiente, implicando evidente
retrocesso ambiental, é vedada pela ordem constitucional vigente e, portanto,
passível de questionamento junto ao Poder Judiciário.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Ante o exposto, a Associação Brasileira
dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente manifesta total repúdio ao
texto do novo Código Florestal aprovado pela Câmara dos Deputados, depositando
sua confiança no veto integral do texto pela Exma.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sra. Presidenta da República.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Brasília, 07 de maio de 2012, Sávio
Bittencourt - Presidente da ABRAMPA<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV1BahWSMqcsNkSgZHm5LM9rgaayPUG04g7FAP8x1rnGqP_6UxQ-a0xOB6gIvFsLA4RcVJ_C_X1esnef264FHAL4hNnh728W5f2RsLfM9eNo291ND9UK9H2ZD2ll2PVCm1DZHakRghM5E/s1600/serra2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV1BahWSMqcsNkSgZHm5LM9rgaayPUG04g7FAP8x1rnGqP_6UxQ-a0xOB6gIvFsLA4RcVJ_C_X1esnef264FHAL4hNnh728W5f2RsLfM9eNo291ND9UK9H2ZD2ll2PVCm1DZHakRghM5E/s320/serra2.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 8pt; line-height: 150%;">Links
para o acesso público deste documento no Facebook:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 8pt; line-height: 150%;">Parte
1: </span><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;"><a href="https://www.facebook.com/notes/henrique-mumme/o-que-devemos-saber-sobre-a-lei-que-altera-o-c%C3%B3digo-florestal/10150896620129686"><span style="color: blue; font-family: Calibri;">https://www.facebook.com/notes/henrique-mumme/o-que-devemos-saber-sobre-a-lei-que-altera-o-c%C3%B3digo-florestal/10150896620129686</span></a></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 8pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 8pt; line-height: 150%;">Parte
2: </span><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;"><a href="https://www.facebook.com/notes/henrique-mumme/continua%C3%A7%C3%A3o-o-que-devemos-saber-sobre-a-lei-que-altera-o-c%C3%B3digo-florestal/10150896661219686"><span style="color: blue; font-family: Calibri;">https://www.facebook.com/notes/henrique-mumme/continua%C3%A7%C3%A3o-o-que-devemos-saber-sobre-a-lei-que-altera-o-c%C3%B3digo-florestal/10150896661219686</span></a></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 8pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>Mariana MThttp://www.blogger.com/profile/04388844367859227806noreply@blogger.com1