"Vivo da floresta, protejo ela de todo o jeito, por isso vivo com a bala na cabeça a qualquer hora, porque vou para cima, eu denuncio. Quando vejo uma árvore em cima do caminhão indo para uma serraria me dá uma dor. É como o cortejo fúnebre levando o ente mais querido que você tem, porque isso é vida para mim que vivo na floresta e para vocês também que vivem nos centros urbanos."

Zé Claudio, assassinado em maio de 2011.



segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Resgatando valores

Recebi este texto por e-mail há alguns meses, de uma amiga, que comentou "Sei que você vai adorar este texto". Ela estava certa. Para quem acha que os erros foram cometidos somente pelas gerações passadas.


DESABAFO

Na fila do supermercado, o caixa diz para uma senhora idosa:
- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis ao meio ambiente.
A senhora pediu desculpas e disse:
- Não havia essa onda verde no meu tempo.
 O empregado respondeu:
- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente.
- Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.



Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões. Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente.



Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secava nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.



Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usávamos jornal amassado para protegê-lo,
não plástico bolha que dura cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade. Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos.



Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte.



Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria próxima. Então não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?



Lendo este texto, pensei na hora nos meus avós, em todas as histórias que me contavam e em todos os exemplos que me deram.

Meu avô, construiu sua casa na praia, com as caixas de madeira onde eram transportados os fuscas importados - em breve postarei as fotos, de sua moradia ecológica, num tempo em que ninguém tocava nesse assunto. Seu pai, reaproveitava latas de leite, para inúmeros fins e distribuia para vizinhos e amigos. Minha tia conta que nunca se comia carne todo dia e quando uma galinha era abatida, a comida estava garantida para toda a família por bem mais de uma semana. Da mesma forma, tudo que era plantado e colhido era dividido com as pessoas do entorno. E eles não chamavam isso de economia justa e solidária. Eram apenas pessoas unidas, amigas, vivendo em comum acordo. Hoje mal sabemos quem são nossos vizinhos.

Meu pai sempre trouxe folhas impressas apenas de um lado, do escritório de onde trabalha para que usássemos para pintar, fazer resumos, ou qualquer outra coisa do tipo. E continua a fazer isso com os netos. Minha filha nunca usa uma folha de sulfite em branco para desenhar, apenas essas folhas de rascunho.

Minha mãe sempre fez doações de roupas e brinquedos, para quem não tinha nem o suficiente. E da mesma forma, sempre usamos roupas de segunda mão, sem absolutamente nenhum problema. Aliás comprar roupas, era uma tarefa anual, não semanal, como costuma ser hoje em dia. E sempre porque precisávamos, ou porque as roupas estavam pequenas ou surradas de mais. Brinquedos apenas em aniversário e natal. Uma televisão para toda a família era o máximo da tecnologia.

Refrigerante era só para datas especiais. Ninguém se enchia de coca-cola dia e noite. Aliás, suco naquela época era com fruta, natural...eles não vinham com conservantes embalados por tetra pak. A água que bebíamos era filtrada no filtro de barro, aliás o meu foi presente da minha vó e está em casa há 10 anos. Nunca tive infecção intestinal na vida.

Luz acesa, desnecessariamente, não era problema ambiental, era jogar dinheiro no lixo...porque afinal de contas ninguém era sócio da Light...

Passei a infância inteirinha ouvindo, que não poderíamos deixar nem um grão de arroz no prato. Num mundo onde milhares de pessoas morrem de fome, isso era um pecado grave na minha casa.

Nunca tinha visto uma secadora de roupas, que eu considero um absurdo, posto que moramos nesse abençoado país tropical. Com esse verão, qualquer roupa leva no máximo 2 horas para secar...E jamais usava o elevador para subir os 4 lances de escada que separavam a casa da minha mãe da minha vó.

E apesar do meu avô ter carro e contribuir com a geração de CO2, o que eu mais vi ele fazer na vida, foi dar carona. E naquela época não haviam campanhas sobre isso. Além disso, ele já havia passado mais da metade de sua vida usando os bondes como meio de transporte.

Meus avós sempre foram exemplos para mim. De dignidade, perseverança, generosidade e até sustentabilidade. Talvez tanto bom senso, seja o resultado de uma vida sem luxo e com muitos apertos durante boa parte. Quem passou fome não deveria jogar um prato de comida no lixo, simplesmente porque ficou rico.

E cada atitude como essa, nunca foi rotulada pela minha família como verde, ecologicamnete correta ou sustentável. Apenas se vivia com o que é realmente necessário. Sem desperdício.

Muita gente me acha muito extremista porque passeios com filhos para mim, não incluem shoppings centers ou macdonald´s. Recentemente minha filha escreveu uma carta para o papai noel, na escola. A professora veio toda animada, falando da carta especial, onde ela dispensava presentes e brinquedos, alegando já ter o suficiente, queria apenas que ele fizesse com que ela e sua melhor amiga, estudassem na mesma classe ano que vem...

Acho que eu não estou tão errada...e certo radicalismo contra esse capitalismo selvagem, certamente estão contribuindo para formar um ser-humano melhor.

Enfim, não sei de quem é o texto e espero poder descobrir para dar o devido crédito ao autor.


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Obras, por todos os lados...

...há obras em tudo o que eu vejo...


Antes fossem flores...mas não são, muito pelo contrário. Há cimento cobrindo minha cidade inteira a todo instante. O Brasil certamente é o país das obras. Absolutamente tudo as justificam: geração de empregos, progresso, melhoria de locomoção, assistência a população e por ai vai...

Como já cansei de mencionar aqui, minha cidade adora uma boa obra. E este ano elas estiveram em alta. A cidade virou um inferno, primeiro com as alterações do sistema de esgoto feitas pela Sabesp. Tardiamente, é óbvio. Só no Brasil, primeiro se constróem altíssimos edifícios para depois quebrarem tudo novamente, modificando o esquema de tratamento de esgoto.

As obras da Sabesp tornaram a cidade um inferno, para motoristas, ciclistas e pedestres.E até para os trabalhadores, os debaixo da pirâmide do capitalismo, sabe? Aqueles que fazem muuuitas hoas extras para conseguir ganhar um salário beeem meia boca. As contas de água atuais, já dobraram seu valor, porque para variar a conta para o cidadão chega antes. Pagamos mais caro, mas os esgotos continuam jorrando uma água imunda e fétida, estão espalhados por toda a orla e enporcalham ainda mais nossa praia.


foto extraída do blog De olho em Praia Grande
 A Sabesp já começou a arrecadar mais e agora é a vez da Prefeitura. Toda a avenida principal da cidade foi reformada. Vivemos num inferno e a população ainda agradece. A cilclovia foi construída no meio das duas vias o que faz com que todos os carros necessitem percorrer vários outros quarteirões a mais, porque não poderão cruzar a ciclovia para entrar na rua em que desejam. Sustentabilidade, pero no mucho.

Mais trabalhadores suando a camisa de verdade, enquanto o povo encontra o progresso e a prefeitura e empreiteras enchem os bolsos.

Com essa obra, muitas majestosas árvores foram simplesmente assassinadas. Mas tudo bem, porque há mais de 3 anos ouvi de um servidor público da secretaria do meio ambiente, que a prefeitura começaria a plantar árvores nativas nas ruas da cidade. E eu continuo esperando, sentada, é lógico.

Enquanto isso a cidade continua oferecendo apenas uma biblioteca para uma população de mais de 250 mil habitantes. É nessa hora que devo agradecer a falta de interesse das pessoas por livros?

Além de continuar marginalizando os moradores da chamada terceira zona. Em muitos bairros ainda não há túneis de ligação entre estes bairros periféricos com o lado mais abastado da cidade. Quem vem a pé só pode cruzar a rodovia pelas poucas passarelas...e quem está de carro, tem que rodar vários kilometros para achar o retorno mais próximo.

E nessa postagem eu nem vou mencionar os gigantes edifícios, da cidade, onde existem mais caçambas do que árvores nas calçadas.


Parece realmente que o progresso está chegando aqui...sinto que muito em breve...eu terei que me mudar...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Horta Vertical

Depois da postagem sobre a minha "hortinha caseira" seguem algumas dicas para quem quer cultivar, mas tem pouco ou nenhum espaço.

Inspirem-se!!!


Produção de http://www.lacalleflorida.blogspot.com/

A foto é da revista Casa e Jardim, como dá para perceber. Se a cozinha da casa possui uma bancada assim ou semelhante, onde as ervinhas receberão a luz do sol por pelo menos 4 horas diárias, essa é uma boa dica.
Reaproveitar latas de leite, canecas velhas ou o que tiver disponível para usar como vasos, também dará personalidade ao "canteirinho".



Fácil, não? E ainda atende as necessidades alimentares de uma família maior. Já que dessa forma dá para cultivar vários tipos de ervas e também hortaliças. Esses canteiros podem ser feitos, inclusive com canos de pvc, jogados fora aos montes. Para qualquer muro, de qualquer casa.




Quem precisa de espaço, quando se tem criatividade?



Uma moldura de quadro, para sustentar os vasinhos, feitos com garrafas plásticas. Reaproveitamento duplo. Genial!



No lugar de sapatos...plantas!



Essa foi mostrada no Lar Doce Lar. Mais para frente vou fazer aqui em casa e apresento um breve passo a passo.


Só insisto mais uma vez na questão do reaproveitamento. Devemos sempre olhar ao nosso redor e reinventar opções. Um extrado velho, reformado, pode servir como estrutura para parafusar ou amarrar vasinhos. Pallets também podem ser transformados em jardineiras incríveis.




E até caixotes de feira podem virar lindos vasinhos...



Essas são algumas das várias idéias incríveis circulando pela internet.
Invente o seu jeito de cultivar...

Em breve vou começar a divulgar o que ando fazendo reaproveitando o que vai para o lixo, mas não deveria. No momento, essa chuvinha insistente, tem limitado as minhas criações...mas aos poucos vou trazendo para cá, o que ando fazendo por aqui...

sábado, 19 de novembro de 2011

É, literalmente, a gota d´ água...




Porque a construção de Belo Monte a as alterações do Código Florestal são definitivamente a gota d´água.



Muitos classificam quem participa e atua em ações cyberativistas de revolucionários de poltrona. Mas como a grande parte das pessoas que vota, usa esse teórico direito para alimentar uma vasta gama de homens corruptos e incapazes, não nos sobra muitas alternativas de revolução de verdade. Enquanto elegermos os mesmos canalhas de sempre...o retorno virá desta mesma forma suja. Eles mandam e nós obedecemos.

Campanhas como a gota d´ água, servem para mobilizar pessoas, que isoladamente, não conseguem manifestar sua indignação e insatisfação com a postura e medidas tomadas por quem rege o país.

Por isso, apesar de continuar sentada em frente a este teclado, acredito que esta seja uma das poucas formas disponíveis para mandar o nosso recado aos que estão lá em cima assistindo nossas tragédias de braços cruzados.

O Movimento Gota D´ Água tem esse objetivo. Reunir através de um abaixo assinado, todas as pessoas descontentes com a polêmica construção de Belo Monte, já tão abordada por aqui.

Entre no site do movimento, leia o manifesto e abaixo assinado e assine a petição, que até este momento, já conta com o número de mais de 700.000 pessoas - eles buscam pelo menos 1 milhão de assinaturas, antes de enviarem toda a lista de assinantes a presidente do Brasil.

Assim como outro movimento, estampado por vários famosos artistas da grande mídia, que resolveram sair do confortável papel de atores globais para tomarem  partido.

É bastante otimista ver artistas, os quais estamos acostumados a ver em comerciais capitalistas, vendendo produtos que não usam e serviçoes que não utilizam, desta vez em outros tipos de mídia - como a internet - falando como e porquê pensam.

Infelizmente, apenas desta maneira, analfabetos políticos de toda a ordem despertam para a realidade de seu próprio país. Infelizmente, porque não deveríamos começar a pensar e refletir, apenas depois de ver um galã global registrar sua opinião.

Antes de ver o Rodrigo Santoro, enumerando suas razões para repudiar o novo código florestal, no movimento #florestafazadiferença, cada brasileiro, já deveria ter a obrigação de pelo menos entender o que está se passando neste nosso congresso.



Mas enfim...nesse nosso modelo de vida torto, há que ver um artista global se manifestar para que possamos começar a pensar sobre o assunto.

Salvadores não virão ao nosso encontro...ainda assim temos que nos manifestar de alguma forma. E que seja assim, virtualmente...a internet, pelo menos, nos deu a liberdade, que nenhum outro veículo de informação, permitiu até hoje: a de reagir aos absurdos de um estado.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Miseráveis sim, mas "semos sustentáveis"

Este texto é da Iara, do blog Síndrome de mim mesma, onde a autora opina sobre a questão da reciclagem X catadores. Nas mesma linha que já abordei tantas vezes por aqui. O Brasil parece querer confete, quando exibe orgulhoso, seus índices de reciclagem, esquecendo completamente, que esse alto índice, refelete diretamente o trabalho escravo de uma nação de homens e mulheres, em estado de pobreza e miséria, que para a sociedade não existem, simplesmente porque há tempos já se tornaram invisíveis para as classes dominantes e mais abastadas.
Segue:


Como Cuba o Brasil começa a se isolar e acreditar em uma realidade que todos garantem existir . O Brasil virou o país das mil maravilhas concretizadas, o sonho que se realizou .

Hoje no jornal saiu que somos o primeiro país do mundo em reciclagem, reciclando quase 96% do nosso consumo de latinhas e chegando a um bom número no plástico.

Seria para comemorar se fôssemos civilizados e tivéssemos centros de coleta e reciclagem .Um país de primeiro mundo tem seus centros, onde as pessoas levam e separam seu lixo, muitas vezes já separado em lixos específicos. Isso sim seria para comemorar .

Mas por que somos campeões de reciclagem ? Porque temos um exército de dois milhões de moradores de ruas . Sem casa, sem abrigos, sem ajuda de ninguém, essas pessoas catam latinhas e plásticos para reciclar e poder comprar alguma coisa para comer ou uma bebida .É um exército que não custa nada ao Estado, não recebe nada e trabalha de sol a sol, juntando kilos para poder receber centavos .

É isso que o Brasil comemora ? Um recorde de reciclagem a custa da miséria humana, do trabalho de milhões de pessoas que não tem nem onde morar ? Que país pode comemorar reciclar umas malditas latas a custa da fome das pessoas, do frio, do calor, do abandono, pessoas que podem cair na rua e ninguém ajuda, nem a ambulância pega.

Mas somos o número um de reciclagem ! Sim e somos o número três em moradores de ruas, que viram os lixos muitas vezes atrás de comida e acabam juntando as latinhas.

Isso não é para comemorar .É triste . A classe média comemora, adora uma cerveja e agora se sente feliz de saber que não causa danos a natureza .Mas tem pessoas morando na rua . Ah,mas isso não é problema da classe média, o foco deles é a sustentabilidade .

Um país de miseráveis servindo os mais ricos .Um exército nas ruas de dois milhões limpando o lixo gerado pela classe baixa, média e alta .

Esse é o país que comemora tudo, sem pensar no custo humano . O país do futuro que virou presente, o país que acredita que latas recicladas são mais importantes que dar as pessoas seus direitos, o direito a uma moradia digna, uma vida digna . O Brasil sustentável .

Mas tem dois milhões de pessoas dormindo na rua ! Mas quem tem a ver com isso? O que as pessoas querem é a sensação de reciclar suas latas e consumir mais. Já faz tempo que se perdeu no Brasil a noção da vida humana, do que é um ser humano . As latinhas estão sendo recicladas e o Brasil dá uma lição ao mundo de reciclagem . Na propaganda quase cubana, é isso que importa, é isso que pesa .Qual o custo de ter dois milhões de pessoas catando comida no lixo e latas ? Isso não interessa, esse número ninguém quer ver , isso não eleva o Brasil a rei da reciclagem. Tudo se recicla neste país , a que preço ? Não interessa. Podemos ser miseráveis, esconder um exército de moradores de ruas, mas somos sustentáveis .É isso que importa na propaganda.


sábado, 12 de novembro de 2011

Meu pé de cuca




Algumas cidades, do litoral sul, ainda mantém seus exemplares de Cuca na areia da praia. Mais aconchegante impossível.
 

Nome científico: Terminalia Catappa, conhecida popularmente como amendoeira, amendoeira-da-praia, chapéu de sol, sete copas, amendoeira da Índia, guarda-sol, entre outros. Para mim, sempre foi pé de cuca. Lindas, altas, proporcionando sombra plena em dias de calor escaldante, além de abrigo para pássaros e morcegos frutíferos.
 


Não pertence a Mata Atlântica, é na verdade de origem asiática, mas suporta muito bem tanto a salinidade do solo quanto a do ar, além de ventos fortes e estiagem e exige ambientes quentes para prosperar. Por isso se adaptou tão bem em regiões litorâneas e por aqui era muito comum até pouco tempo atrás, quando a prefeitura iniciou seu plano de urbanização na orla da praia, construiu o calçadão e dizimou os exemplares dessa espécie, replantando coqueiros em seus lugares, que também não são exemplares da mata atlântica.



Passei boa parte da minha infância e adolescência embaixo dessas grandes árvores de copas largas, incríveis. Na esquina do prédio do meu avô, havia um lindíssimo exemplar, cujos condôminos resolveram assassinar alegando infestação de pernilongos...Santa ignorância! Os pernilongos certamente prosperaram, mas a bela árvore já não existe mais.



Também usávamos os frutos para rabiscar amarelinhas nas ruas da cidade...



Hoje esses pés de cuca são encontrados raramente em calçadas, já que os moradores consideram que suas largas folhas são um grave problema à cidade. A própria secretaria do meio ambiente, não indica o plantio desta espécie, por causa de suas raízes profundas.



As remanescentes estão escondidas em casas mais antigas, que diferentemente destas obras atuais, ainda mantém belos jardins, repletos de árvores, ou mesmo em terrenos, dominados por vegetação, que ainda não foram vendidos as gigantes construtoras locais que pretendem transformar qualquer pedacinho verde em sobrados padronizados ou gigantescos edifícios...

E nesse ritmo, uma a uma, as cucas dessa cidade vão se tornando apenas lembranças do meu passado...


Além da beleza e da sombra, tanto as folhas, quanto o fruto têm diversas propriedades medicinais. São adstringentes, antioxidantes, antiespasmódicas, antisépticas, antibióticas, vermífugas, etc.

Até sua madeira é considerada de boa qualidade e resistente a água.


O plantio deve ser feito através de suas sementes, colhidas de seus frutos maduros, após serem despolpadas, para germinarem mais rapidamente. Deve ser plantada em solos arenosos, aerados e enriquecidos com matéria orgânica.

Apesar de apoiar o plantio de espécies nativas da mata atlântica por aqui, o pé de cuca é extremamente adequado a este ambiente. Não deveríamos eliminar esta espécie de nossa cidade, mas sim garantir que as que restaram sobrevivam apesar do homem.


Um dos meus exemplares favoritos, que sobreviveu a "invasão" dos coqueiros e continua firme e forte na orla da praia.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O meio e o ambiente

Há muitas definições e interpretações para o significado de meio ambiente. O errado neste caso é associar o termo apenas ao que é verde e natural. O meio ambiente não se restringe a natureza, representa qualquer ambiente do planeta e sua relação com so demais seres vivos.

Partindo deste conceito, tendo como "meio"  partes iguais e como  ambiente, qualquer habitat, meio ambiente deveria significar o equilíbrio que deveria existir entre os ambientes, tanto os naturais, quanto os artificiais, criados pelo homem. E portanto, ambientalistas, são todos aqueles que lutam e desejam um mundo equilibrado, que seja bom o suficiente para as pessoas e para a natureza.

Porque para mim é claro, estamos todos interligados. Somos dependentes da natureza e com ela temos responsabilidades. O homem não é um capítulo isolado neste mundo, mas faz parte dele. Não deve agir como o dono legal, mas sim como apenas mais uma das tantas espécies habitantes.

Por esse motivo, quero esclarecer, que como ambientalista que sou, não defendo apenas florestas e animais em extinção. Defendo a vida, seja ela qual for.

Acredito que a maioria dos que se consideram ambientalistas, não defendem a natureza e subjugam os humanos. Mas sim a harmonização do planeta. Todas as espécies rumando juntas para uma evolução realmente sustentável.

Os leigos e os criminosos ambientais, querem colocar os ambientalistas como insanos hippies, que preferem voltar a pré-história a aceitar o progresso - progresso definido por eles, que fique claro.

E isso é no mínimo rídiculo. Não queremos voltar a idade da pedra, queremos respeito à vida. Justiça aos homens e paz no planeta.

Chegamos a um ponto alto de nossa espécie...e é exatamente por isso que já passou da hora de assumirmos realmente nossa parcela de responsabilidade neste planeta.

Se pensarmos que a grande avassaladora maioria das descobertas e invenções que mudou nosso presente e futuro, são frutos da guerra - de todas as guerras, de guerras que não páram de acontecer - fica bastante óbvio que estamos no caminho errado.

Será que para melhorar a qualidade de vida de uma minoria - já que quem lucra e usufrui o que de melhor há no mundo, está sempre no topo da pirâmide social - precisamos de soldados cumprindo ordens descabidas e matando civis inocentes, que nada tem a ver com as escolhas tortas de seus representantes?

Hoje temos condições claras para mudar o rumo que o planeta vem tomando, guiado pelos interesses particulares de uma minoria muito, mas muuuito rica. E enquanto estas pessoas estiverem no poder, a massa será enganada e os ambientalistas tratados como os dementes que querem voltar a pré-história e só defendem golfinhos, sem se preocupar com as pessoas. Pessoas...a razão que move o mundo.

Este blog, tem uma característica SÓCIOAMBIENTAL, o que significa que para mim valem tanto o ser-humano, quanto qualquer outro animal. E não me venha com esse papinho de que o ser-humano é a imagem e semelhança de Deus...porque se fosse assim eu nem acreditaria nesse Deus...um Deus com características humanas? Não, obrigada!

Se desejássemos o bem da natureza e o mau do ser-humano, estaríamos simplesmente copiando o modelo que adotam políticos e empresários. Eles oprimem e escravizam o homem, enquanto dizimam a natureza. Estaríamos fazendo a mesma coisa...e não é nosso caso. Não o da maioria de nós.

E eu quero o equilíbrio. Do natural com o artificial. Das pessoas com os animais. Dos prédios com as árvores. Todos podemos e devemos coexistir, interligados. É assim que deve ser. Ninguém deve sair prejudicado por respeitar a natureza e ninguém deve sair milionário por destruí-la.

Quero uma economia mais justa e verdadeira. Quero menos poder e menos dinheiro centralizados e mais gente com a barriga cheia. Quero árvores frondosas em cada rua asfaltada. Quero reservas intocadas e um ar mais puro para respirar. Quero igualdade para os homens e justiça. Quero união e sustentabilidade. Quero a simplicidade. Quero que todos aprendam que para viver, de fato, precisamos de pouco...e quem não consegue viver mais leve, deve começar a aprender.

A humanidade depende da natureza. E a natureza depende de uma humanidade justa e correta para continuar existindo.  

Segue abaixo, o desenho do Miguel, de 10 anos.



Esse é o significado de meio ambiente para o Miguel. Morro escavado, árvores pegando fogo, ruas alagadas. O Miguel, apesar de ter apenas 10 anos consegue fazer a ligação de meio ambiente, com os distintos ambientes terrestres e incluindo também o ser-humano. O mais legal é que ele dá a sentença, devida, aos exploradores: quem corta três árvores deve replantar seis.

Apesar do desenho representar tão fielmente o cenário ambiental, na verdade é bastante triste uma criança ter essa noção tão exata e real do mundo. O mundo dele já é tão cinza quanto o nosso. Não há pássaros voando felizes, nem árvores frondosas, há apenas a constatação óbvia do que estamos fazendo com o planeta.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Incandescentes X fluorescentes

Mais um projeto de lei, teoricamente verde e sustentável, guiado pelo ativismo do Greenpeace e que me deixa cheia de dúvidas...na verdade certezas, por atestar que infelizmente o ser-humano está bastante distante de duas palavrinhas mágicas: bom senso!

Acredito que seja claro e evidente que lâmpadas incandescentes apesar de serem bem mais baratas, duram muito menos e gastam muito mais energia, enquanto que a fluorescentes, apesar do preço mais salgado, tem maior vida útil e são muito mais econômicas.

Acontece que no meio dessas duas verdades, está a aplicabilidade. Se apagamos e acendemos uma lâmpada fluorescente repetidas vezes, várias vezes ao dia, isso certamente vai diminuir sua vida útil, portanto a transformarará em lixo (tóxico, ainda por cima) rapidamente.

Para áreas externas, cozinha ou mesmo a sala, onde as pessoas ficam por mais tempo as fluorescentes certamente são a melhor opção,  mas para cômodos de passagem, banheiros e quartos, onde as lâmpadas não devem (ou deveriam) ficar acesas por muito tempo, não é muito lógico colocar uma lâmpada fluorescente.

É só observarmos. Quando acendemos uma lâmpada fluorescente, a iluminação é baixa, conforme ela vai esquentando é que a iluminação vai ficando melhor. Portanto, num banheiro, por exemplo, onde entra um acende a luz, sai apaga, entra outro e repete o mesmo processo, o desgaste será muito maior e toda a teórica economia vai para o ralo.

Acho inviável os governos começarem a proibir determinados tipos de materiais e produtos, como se a culpa do aquecimento global, devastação e poluição fossem das coisas. Para não mexer nas feridas profundas e reais, elegem determinados produtos, como os maiores vilões, mas continuam apostando em petróleo, financiando e apoiando grandes multinacionais automobilísticas, destroçando o código florestal, permitindo que os alimentos sejam infestados com venenos, dentre outras liberações duvidosas.

É um paradoxo colossal. As questões mais pertinentes e preocupantes vão sendo, uma a uma, deixadas de lado, enquanto lâmpadas e sacolas plásticas viram inimigas públicas do estado.

Para quem vive com salário minimo, pagar oito pilas numa lâmpada...é um pouco demais, não acham?
A união de ongs com empresas privadas, também não é uma combinação que costuma me agradar.
Sorry, Greenpeace, desta vez foi mal...
enfim...essa é a minha intransferível opinião pessoal...


Essa postagem estava inacabada como rascunho, entre as outras. Já era para ter sido exposta por aqui. Sinceramente não sei o que o Greenpeace conseguiu com a campanha e em que pé tramita o projeto, quem tiver mais informações, sinta-se a vontade para comentar.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Minha humilde "hortinha"

Acredito que a maioria de vocês já sabe que eu tenho cachorros. Não um, nem dois, mas o meu bando, que no atual momento conta com o número de 9 integrantes. Por este motivo e até eu adequar uma cerca eficiente para finalmente plantar no chão, todos os meus vasos e mudinhas ficam suspensos, porque apesar de serem carnívoros, os meus cachorros não dispensam uma ervinha aromática ou hortaliça.

Manjericão


Este lindo pésinho de manjericão, nem lembra mais a pequenina mudinha, que comprei na feira, há muitos meses atrás. Além de grande e lindo, está todo florido...e além de proporcionar mais sabor aos meus pratos, atrai abelhas encantadas com suas pequenas flores. Como não ligo muito para essa questão de estética, o vaso onde ele está é simplesmente um balde velho, quebrado e recuperado...

O manjericão é na verdade um arbusto, quando plantado no chão fica muito mais lindo e carregado. Mas não chega a fazer inveja ao meu...o que acham?
O manjericão exala um perfume incrível e possui inúmeras propriedades medicinais.
O manjericão adora sol e calor e exige regas diárias.





Arruda

Não tenho muita sorte com arruda. Normalmente elas chegam num certo tempo e acabam morrendo. Esta, apesar de pequena, já está comigo há mais de um ano, era uma muda beeem miudinha, que a Dona Maria me deu. A Dona Maria é uma dessas senhoras que tem de tudo um pouco no seu delicioso quintal...e enquanto me encontro no jardim da infância no quesito plantação, Dona Maria certamente já é pós graduada. Me ensina demais e me arranja mudinhas de tudo. A arruda é conhecida popularmente por afastar todo o mal. Também ajuda no combate de piolhos. O cheiro é incrível, como todos devem saber. A arruda também exige regas frequentes e prefere o sol mais indiretamente.



Citronela

A citronela era um dos meus sonhos de consumo...que como podem ver eu alcancei! Essa mudinha é bastante simplória; quando plantada no chão, a citronela se espalha com tamanha facilidade e rapidez. Em vasinhos, infelizmente não atingem tal ponto. Ainda assim, esta pequena muda, espalha seu maravilhoso cheiro em cada leve brisa que passa. Os mosquitos fogem...E a casa fica completamente aromatizada. Amo!!






Maracujá


Presente da Dona Maria também. Amo maracujá e o sonho de fazer suquinhos com as frutas colhidas do meu próprio pé estão prestes a se realizar. Uma planta trepadeira, que cresce enrolada as árvores primárias, porque prefere também o sol indireto. Aqui ela vai se enrolar na madeira do telhado da varanda e espero que me dê muuuitos maracujás suculentos, além de suas lindas e conhecidas flores.






Guaco




O Guaco é amplamente conhecido pela suas propriedades medicinais. Uso suas folhas para fazer xaropes naturais mega expectorantes, que para os meus filhos funcionam muito melhor que a maioria de corticóides que médicos alopatas insistem em receitar.







Tomate

Outro sonho de consumo. Tomate é certamente a coisa que mais amo na vida. Quando era criança, as pessoas da minha família me perguntavam se eu queria comer tomate ou chocolate e eu sem titubear, ficava com a primeira opção. Estas pequenas mudinhas, ainda estão longe de produzir frutos...mas com a natureza é assim, plantamos e esperamos...que em seu tempo ela trabalha por nós. Plantei estas mudinhas com semetinhas dos prórpios tomates orgânicos que comprei...(mais um balde que virou vaso)

Salsa e Cebolinha

Quase um bem casado, tamanha a harmonia desta combinação em qualquer prato culinário. A salsinha já esteve bem maior do que agora. Já esta cebolinha eu plantei com os talos de uma maço comprado na feira.
Se você acha que não tem jeito para plantar, sugiro que comece com uma delas. Pegam muito fácil e não dão o menor trabalho. Deixem-nas em lugares aonde tomarão bastante sol e regue quando a terra estiver seca. Ponto final. Tempeiro garantidíssimo e nenhum trabalho.


Cedro Rosa e Ipê Roxo

Pequenos exemplares de duas lindas árvores nativas da mata atlântica...que cultivarei em vasos até o momento certo para replantá-las diretamente na terra. Amo esse trabalho de formiguinha. Esperando pelo tempo da natureza e dando uma forcinha aos nossos irmãos cultivadores (pássaros, insetos, morcegos, etc.)



Araçá

Muita gente nunca ouviu falar, mas o araça é uma árvore de pequeno porte, natural da mata atlântica, da família das goiabeiras, que dá frutos semelhantes. Muito encontrada no início do século. Hoje é rara aqui no sudeste. Este exemplar eu trouxe do Viva Mata, no Ibirapuera. Ela vêm crescendo muito bem e logo poderei replanta-la no chão.






Hortelã



O hortelã é uma das minhas ervas favoritas. Nunca deixo faltar. Adoro os chás que faço, diretamente com suas folhas. Também uso em alguns pratos. O cheiro também é maravilhoso e se espalha com grande facilidade.







Alecrim



O alecrim (alegria) é muito resistente ao sol e ao calor extremos. Adoro chá de alecrim e a aromatização que dá aos pratos. Dizem que quando passado nos cabelos ajuda no crescimento. Esta é uma pequena mudinha, recém comprada. Elas podem chegar a 1 metro de altura, quando os ramos se estruturam para frente.






Agrião


Esse agrião, assim como a cebolinha, foi plantado com os talos de um maço que comprei. Quando menos esperava o vaso já estava assim cheinho. Já usei folhas dele e ele já se regenerou de novo. Uma delícia!!!



Violetas

Todos esses vasinhos foram presentes de uma vizinha querida. Nunca tive muita sorte com violetinhas, mas estas parecem que adorarm seu novo lugar. Algumas já floresceram, outras ainda não. Apesar de não possuirem grande serventia ambiental (para mim, logicamente, na natureza, certamente, elas têm sua função), alegram e enfeitam minha humilde casinha.

Roseira



Essa pequenina roseira, foi meu presente de dia das crianças para a minha filha que AMA essa flor. Podem chamar de mão de vaca, mas felizmente minha filha dá mais valor a vida do que a eletrônicos inúteis. Mais para frente também será replantada no chão para crescer muito mais.






Compostagem


Este "canteiro" improvisado, totalmente na gambiarra, com telhas que já estavam nessa casa, paralelepipedos descartados na rua e pneus velhos (realmente não me importo com a estética), de início foi projetado para receber sementes de hortaliças e raízes. Cheguei a jogar sementes de couve...mas no dia seguinte...


...o Arthur, meu filho de rabo, número 8, havia entrado no nosso canteiro, espalhado toda a terra preparada e lançado as sementes ao léo. Fim de sonho...este espaço ficou destinado a compostagem. Entre folhas secas, que recolho da rua, misturo todo meu lixo orgânico sem serventia: borra de café, cascas de frutas, sachês de chá, restos orgânicos em geral. Misturo esse composto, periodicamente e aguardo, como de costume. Em breve daqui sairá mais terra, de ótima qualidade, para alimentar mais e mais vasinhos, já que minhocas brasileiras mesmo, bem maiores que as californianas, aparecem espontaneamente para auxiliar meu trabalho.

E como a natureza é infalívelmente incrível...alguns pésinhos de couve sobreviveram ao Arthur...Replantei em garrafas pet e um dos maços já virou almoço.


É isso...conforme a plantação for aumentando, venho aqui dividir meus resultados com vocês...Espero ter animado os leitores com esta postagem. Porque como viram,  é bem fácil cultivar ervas e hortaliças em vasos. Em garrafas pet mesmo. Uso muito aqui em casa e para presentear amigos.

Mais para frente vou elaborar um passo a passo de horta vertical com garrafa pet, super simples e mega funcional...

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Praia de lixo...

Praia Grande, Praia Grande...tão linda seria se não fosse tanto lixo...

Domingo fui dar uma volta na praia com meus filhos e dois dos meus cachorros...como de costume, levei uma sacolinha plástica ( a maior vilã do planeta, segundo teorias atuais) caso meus animais resolvessem defecar pela rua...

Mas a vida é sempre irônica...meus cachorros, proíbidos por lei de "frequentarem" esta praia pública, irracionais que são, não fizeram absolutamente nenhuma sujeira...e o saquinho que levei para trazer de volta cheio de merda, acabou voltando repleto de lixo, o lixo que é fruto dos racionais frequentadores livres desta mesma praia. Muito plástico, isopor, garrafinha, canudo, copo e claro, muuuita bituca de cigarro...




A vida é mesmo engraçada. Animais não têm o direito de frequentar a praia, por serem considerados sujos e/ou por fazerem sujeira, enquanto os seres-humanos, que detém este poder, agradecem a lei e a natureza cagando literalmente no planeta. E mesmo que não deixassem todos os seus restos pelo caminho, ainda assim a merda estaria lá...levada pelo sistema escroto de esgoto.

É por isso, que desobedecendo qualquer lei descabida como essa, levarei sempre os meus animais à praia. Neles eu sei que posso confiar!

E da próxima vez...acho que optarei por um saco de lixo de 100 litros...bem mais adequado a minha realidade praiana...


Max

Joplin


Meus cães, educados e lindos.
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