"Vivo da floresta, protejo ela de todo o jeito, por isso vivo com a bala na cabeça a qualquer hora, porque vou para cima, eu denuncio. Quando vejo uma árvore em cima do caminhão indo para uma serraria me dá uma dor. É como o cortejo fúnebre levando o ente mais querido que você tem, porque isso é vida para mim que vivo na floresta e para vocês também que vivem nos centros urbanos."

Zé Claudio, assassinado em maio de 2011.



domingo, 4 de novembro de 2012

Então, é Natal???

Estamos no comecinho de novembro, mas estabelecimentos comerciais de cada esquina já fazem alarde sobre o Natal. Os panetones já repletam as prateleiras e cada setor quer disputar seus centavos a todo custo.

Eu já cansei de citar nesse blog, que datas comemorativas nunca me agradaram. Não me animam, nem me bastam. "Mas que sujeito chato sou eu, que não acha nada engraçado, macaco, praia, carro, jornal, tobogã...Eu acho tudo isso um saco!"

E o holocausto animal representado por datas como essa


Além dessa minha implicância nata, toda essa publicidade e idolatria ao consumo, me irritam. Os significados das datas são descartados e o que vale em cada época é o cartão de crédito.

Cada qual sabe de sua vida e suas preferências. Comemore o que você bem quiser ao lado de quem você ama, mas deixe de lado todo esse louvor ao capitalismo.

Está circulando no facebook  uma mensagem sucinta, parecida com minha postagem de "Natal" do ano passado. Incentivando as pessoas a buscarem alternativas de presentes que fortaleçam o mercado autônomo, regional. Boicotemos as grandes marcas, sim! Pelo bem do próximo, inclusive. E o bem do próximo é umas das recomendações natalinas, não é?

Releiam também a preciosa crônica de Rubem Alves sobre o Natal, antes de comprometer as contas e se endividar pelo resto de 2013 com o êxtase natalino.

E o Natal ainda está longe. Aproveite os lindos dia de primavera de novembro, o sol e o calor. Tudo de graça! Porque dá sim para ser feliz, sem gastar nem R$1,00!!!



2 comentários:

JAFA disse...

Já há tempos aboli essa história de natal da minha vida. Sou ateia e a data não me diz absolutamente nada. Por tradição familiar nos presenteávamos durante minha infância e adolescência. Quando me tornei adulta isso acabou. Não recebo e não dou presentes por conta da data. Do nada, em dia qualquer, quando acho que alguma coisa fará alguém que amo feliz, a presenteio com a tal coisa. E notei que isso agrada em cheio, muito mais do que os presentes do papai noel. Claro que crianças esperam ser "iguais" ao mundo em que vivem e naturalmente querem o papai noel as visitando assim como na casa do amiguinho e isso torna mais difícil essa abstração. Mas ainda assim, creio que seja possível despertar alguns valores ainda em tenra idade.

Aqui em casa é um dia como outro qualquer. No qual fazemos as mesmas coisas que fazemos todos os dias "comuns" e espero que o meu natal continue sendo assim. Um dia 25 como qualquer um dos outros 12 que temos no ano. Pois não é nada além disso o que ele realmente é. E quem acha que isso é "infelicidade" ou "amargura" não conhece o significado da palavra "liberdade"...

Bj, lindona...

Mariana MT disse...

Sempre bom ser compreendida, rs.
Pode soar amargura, mas de fato é libertação. Já passei de fase de me ajustar a esse bonito quadro social. E gosto de viver às margens do convencional. Adorei o comentário. bjo

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