"Vivo da floresta, protejo ela de todo o jeito, por isso vivo com a bala na cabeça a qualquer hora, porque vou para cima, eu denuncio. Quando vejo uma árvore em cima do caminhão indo para uma serraria me dá uma dor. É como o cortejo fúnebre levando o ente mais querido que você tem, porque isso é vida para mim que vivo na floresta e para vocês também que vivem nos centros urbanos."

Zé Claudio, assassinado em maio de 2011.



sábado, 26 de dezembro de 2009

COP - 15: o fiasco

Não que eu estivesse esperando um milagre, a solução para todos os problemas que envolvem o meio ambiente, mas o desfecho da Conferência em Copenhague foi de uma hipocrisia desmedida e uma piada de extremo mau gosto.
 
O encontro só serviu para que os grandes líderes desfrutassem do luxo oferecido pelos grandes hotéis onde se hospedaram, para que novas e mais emissões de CO2 fossem geradas e para desmascarar os falsos ambientalistas do poder.

O Obama, que anteriormente apoiava uma política sustentável se rendeu ao conservadorismo típico de seu pais, muito mais preocupado em manter-se no topo do mundo do que com o futuro climático do planeta Terra. E correu.

O Lula discursou, cobrou, foi aplaudido. No entanto quando as cortinas se fecham é com a arcaica extração de petróleo que ele pretende progredir sustentavelmente (???). 

Carlos Minc tem boas intenções, acredito em seu empenho e na sua luta, mas será barrado sempre, pelo próprio presidente, pela ministra Dilma e por mais todos aqueles que se intressam muito mais pelo desenvolvimento econômico. E como já vimos, o meio ambiente é um obstáculo grande para este desenvolvimento torto.

 Copenhague foi um fracasso, como talvez já fosse previsto. Lamento pela luta dos ativistas e manifestantes, por todos os abaixo-assinados e tentativas de um acordo por parte de quem de fato se empenhou. Que não valeu de nada. Mais um banho de água fria para aqueles que ainda acreditam que existem alternativas.

O medo de não ser, de fato, o dono do mundo, fará com que países como Estados Unidos e China levem para o buraco o resto do mundo inteiro. E o silêncio dos bondosos, apoiará a sentença. Então, tratemos de respirar, comer, beber, banhar-nos apenas com dinheiro porque é só isso que nos vai restar.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Dilma - a verdadeira ameaça para o Brasil!

Em evento oficial do governo brasileiro, em Copenhague, Dilma Roussef, em discurso de mais de uma hora, lançou a seguinte pérola: " O meio ambiente é uma ameaça ao desenvolvimento sustentável". Como assim, Dilma Roussef??? Como assim???

A ameaça é você, ao meio ambiente, ao desenvolvimento sustentável, a todo o país.

Não basta ter sido o grande obstáculo, de Marina Silva, quando esta era a ministra do meio ambiente, nem defender que hidrelétricas são a melhor forma de gerar energia, nem apoiar e acreditar num projeto como pré-sal... Ainda precisa lançar esta frase, no mínimo cretina e descabida em plena conferência sobre o clima.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Papel plástico

A Universidade Federal de São Carlos em parceria com a empresa Vitopel desenvolveu o chamado papel plástico, diferente dos papéis sintéticos, já existentes no mercado, produzidos através do petróleo, o papel plástico tem como matéria-prima as embalagens de plásticos. Isso mesmo, qualquer tipo de plástico pode ser usado no processo que transforma 850 quilos de plástico em 1 tonelada de papel.
As vantagens são bem claras, substituir extração de petróleo ou desmatamento por reciclagem de plásticos que abarrotam lixões, aterros ou a porta da sua casa é a mais incontestável. Mas o papel plástico também tem espessura mais fina, é impermeável, portanto mais resistente e duradouro. Indicadíssimo para livros, etiquetas, rótulos, outdoor e até cédulas de dinheiro.

O produto passou a ser comercializado este ano para o mercado gráfico, editorial e promocional, com o nome de VITOPAPER, mas desde novembro a Vitopel anunciou que também estava disponível no formato padrão de mercado (66 X 96 cm).

 Agora é só você fazer a sua escolha.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Estranhos Ambientalistas

Para a massa, os agropecuaristas, os grandes industriais do petróleo, do setor automobilístico, os mineradores, os madereiros, os cientistas nas pesquisas, os carnívoros fervorosos, as peruas de casaco de pele, os urbanóides convictos, os alienados e ignorantes em geral, nós, ambientalistas, não passamos de sonhadores utópicos, hippies sem noção de econômia, gente que não tem com o que perder seu tempo e por isso se dedica a pequenas e insignificantes causas. Somos vistos como os estranhos do planeta.

Quando estranho para mim não é proteger animais selvagens, mas sim, ter como sonho de consumo uma bolsa de couro de crocodilo australiano, cujo preço ultrapassa os U$$ 150,000.00.

Quando estranho para mim, não é salvar tartarugas com uma verba, exatamente, destinada a isso e sim homens engravatados escondendo dinheiro em cuecas ou depositando milhões em contas estrangeiras, que ninguém nunca vai tocar ou usufruir.

Estranho para mim não é se importar com a extinção da arara azul, mas sim engaiolar pássaros para que eles cantem apenas para você. Não é apoiar leis que diminuam os impactos ambientais gerados, a crueldade com animais em circos ou centros de pesquisa, mas sim criar e aprovar leis que beneficiam muito, alguns poucos e ainda assim, ver o resto do país inteiro calado, esperando para levar o próximo tapa na cara.

 Estranho para mim não é querer viabilizar a utilização de energias limpas, renováveis que garantiriam, inclusive, autonomia e independência, mas sim apoiar e acreditar num projeto bilionário que escava rochas a mais de 5000 m da superfície do mar, na captura do velho (e bom?) ouro negro.

Estranho para mim não é salvar baleias, mas sim buscar em tratamentos e cosméticos de todos os tipos uma maneira de jamais envelhecer. Estranho para mim não é pensar nos outros, na vida, no planeta, mas sim viver focado no próprio umbigo, por décadas e mais décadas.

Não é estranho para mim acreditar que cada vida tem seu valor e deve ser respeitada. Mas é estranhíssimo para mim compactuar com uma sociedade que sentenciou ao inferno os animais e toda a natureza por acreditar que o homem é a espécie superior e soberana, sem entender que sozinhos no mundo, nem teríamos sobrevivido aos tempos das cavernas...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O sofrimento dos animais

"...Aqueles que infligem dor aos animais ou são causa de que a dor lhes seja infligida, quer para obtenção de alimento, quer no campo esportivo, devem refletir sobre isso. O sofrimento infligido a outrém retroage inevitavelmente, cedo ou tarde, àquele que o causou e a lei do carma não deixa de operar mesmo no caso daqueles que são ignorantes ou que tentam encontrar desculpas plausíveis para seu erros. Se os homens soubessem que terríveis sofrimentos acumulam sobre si com sua insensibilidade e crueldade com os animais, seriam menos propensos a continuarem em seu caminho nefasto e irresponsável, deixando de lado esse assunto que consideram desagradável com um sacodir de ombros."

do livro Autocultura à luz do ocultismo
pág 26 parágrafo 3 de I.K. Taimni

Fotos extraídas do site da PEA E você? Concorda com essa citação? Comente.

sábado, 5 de dezembro de 2009

FAÇA A DIFERENÇA!

Para mim evolução humana e sustentabilidade devem estar ligadas primeiramente ao mal que não podemos causar, nem aos homens, nem a qualquer outra forma de vida.

Milhões de animais vêm sendo massacrados, torturados e dizimados pelo homem no decorrer de tantas décadas.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Carta de um índio

Nessa primeira postagem, quero divulgar uma carta escrita por Seattle, índio chefe da tribo Suquamish, em resposta a oferta norte americana à compra de suas terras.

 "Como podeis comprar ou vender o céu, o calor da terra?
 A idéia não tem sentido para nós.
 Se não somos donos da frescura do ar ou o brilho das águas, como podeis querer comprá-los? Qualquer parte desta terra é sagrada para meu povo.
 Qualquer folha de pinheiro, cada grão de areia nas praias, a neblina nos bosques sombrios, cada monte e até o zumbido do inseto, tudo é sagrado na memória e no passado do meu povo.
A seiva que percorre o interior das árvores leva em si as memórias do homem vermelho.
Os mortos do homem branco esquecem a terra onde nasceram, quando empreendem as suas viagens entre as estrelas; ao contrário os nossos mortos jamais esquecem esta terra maravilhosa, pois ela é a mãe do homem vermelho.
Somos parte da terra e ela é parte de nós.
As flores perfumadas são nossas irmãs, os veados, os cavalos a majestosa águia, todos nossos irmãos.
Os picos rochosos, a fragrância dos bosques, o calor do corpo do cavalo e do homem, todos pertencem à mesma família.
 Assim, quando o grande chefe em Washington envia a mensagem manifestando o desejo de comprar as nossas terras, está a pedir demasiado de nós.
 O grande Chefe manda dizer ainda que nos reservará um sítio onde possamos viver confortavelmente uns com os outros.
Ele será então nosso pai e nós seremos seus filhos.
Se assim é, vamos considerar a sua proposta sobre a compra de nossa terra. Isto não é fácil, já que esta terra é sagrada para nós.
 A límpida água que corre nos ribeiros e nos rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados.
Se lhes vendermos a terra, recordar-se-á e lembrará aos vossos filhos que ela é sagrada, e que cada reflexo nas claras aguas evoca eventos e fases da vida do meu povo.
O murmúrio das águas é a voz do pai do meu pai.
Os rios são nossos irmãos, e saciam a nossa sede.
Levam as nossas canoas e alimentam os nossos filhos.
Se lhes vendermos a terra, deveis lembrar e ensinar aos vossos filhos que os rios são nossos irmãos, e também o são deles, e deveis a partir de então dispensar aos rios o mesmo tratamento e afeto que dispensais a um irmão. Nós sabemos que o homem branco não entende o nosso modo de ser.
 Ele não sabe distinguir um pedaço de terra de outro qualquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo de que precisa.
A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, depois de vencida e conquistada, ele vai embora, à procura de outro lugar.
 Deixa atrás de si a sepultura de seus pais e não se importa.
 A cova de seus pais é a herança de seus filhos, ele os esquece.
Trata a sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que se compram, como se fossem peles de carneiro ou brilhantes contas sem valor.
O seu apetite vai exaurir a terra, deixando atrás de si só desertos.
E isso eu não compreendo.
O nosso modo de ser é completamente diferente do vosso.
 A visão de vossas cidades faz doer os olhos do homem vermelho.
 Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreende...
Nas cidades do homem branco não há um só lugar onde haja silêncio, paz.
Um só lugar onde ouvir o desabrochar das folhas na primavera, o zunir das asas de um inseto. Talvez seja porque sou um selvagem e não possa compreender.
 O vosso ruído insulta os nossos ouvidos.
Que vida é essa onde o homem não pode ouvir o pio solitário da coruja ou o coaxar das rãs nas margens dos charcos e ribeiros ao cair da noite?
 O índio prefere o suave sussurrar do vento esfolando a superfície das águas do lago, ou a fragrância da brisa, purificada pela chuva do meio dia e aromatizada pelo perfume dos pinhais.
O ar é inestimável para o homem vermelho, pois dele todos se alimentam.
Os animais, as árvores, o homem, todos respiram o mesmo ar.
O homem branco parece não se importar com o ar que respira.
Como um cadáver em decomposição, ele é insensível ao mau cheiro.
Mas se vos vendermos nossa terra, deveis recordar que o ar é precioso para nós, que o ar insufla seu espírito em todas as coisas que dele vivem.
O vento que deu aos nossos avós o primeiro sopro de vida é o mesmo que lhes recebe o último suspiro. Se vendermos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte, como sagrada, como um lugar onde mesmo um homem branco possa ir saborear a brisa aromatizada pelas flores dos bosques. Por tudo isto consideraremos a vossa proposta de comprar nossa terra.
Se nos decidirmos a aceitá-la, eu porei uma condição: O homem branco terá que tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
Sou um selvagem e não compreendo outro modo de vida.
Tenho visto milhares de bisontes apodrecendo nas pradarias, mortos a tiro pelo homem branco de um comboio em andamento.
Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante que o bisonte, que nós caçamos apenas para sobreviver.
Que será dos homens sem os animais?
Se todos os animais desaparecem, o homem morrerá de solidão espiritual.
Porque o que suceder aos animais afectará os homens.
Tudo está ligado.
Deveis ensinar a vossos filhos que o solo que pisam são as cinzas de nossos avós.
Para que eles respeitem a terra, ensina-lhes que ela é rica pela vida dos seres de todas as espécies. Ensinai aos vossos filhos o que nós ensinamos aos nossos: Que a terra é a nossa mãe.
Quando o homem cospe sobre a terra, cospe sobre si mesmo.
De uma coisa nós temos certeza: A terra não pertence ao homem branco; o homem branco é que pertence à terra.
Disso nós temos a certeza.
Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une uma família.
Tudo está associado.
O que fere a terra fere também aos filhos da terra.
O homem não tece a teia da vida: é antes um dos seus fios.
O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio.
Nem mesmo o homem branco, cujo Deus passeia e fala com ele como um amigo, não pode fugir a esse destino comum.
Por fim talvez, e apesar de tudo, sejamos irmãos.
Uma coisa sabemos, e que talvez o homem branco venha a descobrir um dia: o nosso Deus é o mesmo Deus.
Hoje pensais que Ele é só vosso, tal como desejais possuir a terra, mas não podeis.
Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual tanto para o homem branco, quanto para o homem vermelho.
 Esta terra tem um valor inestimável para Ele, e ofender a terra é insultar o seu Criador.
 Também os brancos acabarão um dia talvez mais cedo do que todas as outras tribos.
 Contaminai os vossos rios e uma noite morrerão afogados nos vossos resíduos.
Contudo, caminhareis para a vossa destruição, iluminados pela força do Deus que vos trouxe a esta terra e por algum desígnio especial vos deu o domínio sobre ela e sobre o homem vermelho.
Este destino é um mistério para nós, pois não compreendemos como será no dia em que o último bisonte for dizimado, os cavalos selvagens domesticados, os secretos recantos das florestas invadidos pelo odor do suor de muitos homens e a visão das brilhantes colinas bloqueada por fios falantes. Onde está o matagal? Desapareceu.
Onde está a águia? Desapareceu.
Termina a vida começa a sobrevivência."

São desnecessárias quaisquer palavras que eu venha a citar, mas certamente essa é a carta mais linda que já li na vida, a de maior valor. É o que eu quero passar para os meus filhos e para o mundo.
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