"Vivo da floresta, protejo ela de todo o jeito, por isso vivo com a bala na cabeça a qualquer hora, porque vou para cima, eu denuncio. Quando vejo uma árvore em cima do caminhão indo para uma serraria me dá uma dor. É como o cortejo fúnebre levando o ente mais querido que você tem, porque isso é vida para mim que vivo na floresta e para vocês também que vivem nos centros urbanos."

Zé Claudio, assassinado em maio de 2011.



domingo, 30 de maio de 2010

Lixões, aterros e incineradores

A participação especial de hoje no blog é do Leonardo Borges, que no twitter você pode seguir como @biosustentavel, ele é o responsável pelo blog Autossustentável, o qual eu indico e também faz parte das minhas parcerias verdes. O tema escolhido pelo Leonardo também não havia sido aprofundado neste blog, mas certamente é uma das minhas maiores preocupações e será o "estopim" para que tanto os temas como lixo e lixões, quanto a reciclagem, sejam mais abordados por aqui.



A concentração demográfica nas grandes cidades e o grande aumento do consumo de bens geram uma enorme quantidade de resíduos de todo o tipo. Toneladas de matérias-prima, procedentes tanto das residências como das atividades públicas e dos processos industriais, são industrializadas e consumidas gerando rejeitos e resíduos, que são comumente chamados lixo. Seria isto lixo mesmo? Lixo é basicamente todo e qualquer material descartado, proveniente das atividades humanas.

Como se percebe, o lixo é gerado em todos os lugares. E se a este for dado um destino final inadequado?

O lixo que é retirado pelos caminhões coletores da porta de nossas casas vai para algum lugar. Muitas vezes esse lugar é impróprio, isto é, o lixo é jogado numa porção de terreno, sem nenhuma preparação para evitar os danos que ele pode causar. Esses locais chamam-se depósitos clandestinos de lixo ou lixões.

Mas há também lugares onde o lixo recebe algum tipo de tratamento, seja ele incinerado ou alocado em aterros, com normas de controle.

E afinal, qual o destino para aquele saco de lixo?

Depósitos clandestinos

São aqueles locais onde um determinado cidadão ou empresa começa a jogar seu lixo. Em poucos dias o monturo vai-se avolumando e muitos começam a jogar seus dejetos lá. Esses depósitos representam uma grave ameaça à saúde pública, devem ser combatidos e denunciados.

Se você tem conhecimento de algum depósito clandestino de lixo, denuncie-o ao órgão responsável pelo controle ambiental em seu estado ou município.

Lixões

Os lixões também são depósitos de lixo, sem nenhuma preparação preliminar do solo, com a diferença de que são institucionalizados, isto é, autorizados pelas Prefeituras. No Brasil esse problema é gravíssimo, em 64% dos municípios brasileiros, todo o lixo produzido é despejado indevida e irregularmente em lixões. Esses depósitos não tem nenhum sistema de tratamento de efluentes líquidos - o chorume (líquido de cor negra característico de matéria orgânica em decomposição). Este penetra pela terra levando substancias contaminantes para o solo e para os lençóis freáticos, causando a poluição do solo, da água que bebemos e do ar, pois as queimas espontâneas são constantes. Além de problemas de saúde causados pela poluição e doenças.

O lixão traz ainda mais um problema: atrai a população mais carente e desempregada, que passa a se alimentar dos restos encontrados no lixo e a sobreviver dos materiais que podem ser vendidos. Esse tipo de degradação humana não pode mais ser permitida e somente a erradicação total dos lixões vai solucionar essa situação.

Verifique para onde o lixo de seu município está sendo levado. Se for um lixão, não aceite, reclame das autoridades da prefeitura outra solução, pois todos os habitantes da cidade estão tendo sua qualidade de vida e saúde afetadas por essa situação.

Incineradores

Incineradores são grandes fornos onde o lixo sofre uma queima controlada, com filtros, com a finalidade de evitar que os gases formados na combustão dos materiais atinjam e poluam a atmosfera. Eles tem a grande vantagem de reduzirem o volume do lixo em até 85%, mas mesmo assim existe uma sobra de cinzas e dejetos (os outros 15%), que precisam necessariamente ser levados para um aterro sanitário.

Os incineradores têm alto custo de implantação, manutenção e operação e existe muita polêmica sobre a segurança dos sistemas de filtragem, pois há evidências de que mesmo pequenas falhas podem liberar gases altamente tóxicos, causadores de câncer. Os incineradores são entretanto a forma mais indicada de tratamento para alguns tipos de lixo, como os resíduos hospitalares e resíduos tóxicos industriais.
 
Aterros Controlados

Os aterros chamados de controlados, geralmente são antigos lixões que passaram por um processo de remediação da área do aterro, ou seja, isolamento do entorno para minimizar os efeitos do chorume gerado, canalização deste chorume para tratamento adequado, remoção dos gases produzidos em diferentes profundidades do aterro, recobrimento das células expostas na superfície, compactação adequada, e gerenciamento do recebimento de novos resíduos.

O gerenciamento de todas essas características permite que o aterro passe a ser controlado.
 
 

Aterros Sanitários

São ainda a melhor solução para o lixo que não pode ser reaproveitado ou reciclado. Trata-se de áreas de terreno preparados para receber o lixo, com tratamento para os gases e líquidos resultantes da decomposição dos materiais, baseado em critérios de engenharia e normas operacionais específicas.

Estas normas e critérios permitem a confinação segura do lixo, em termos de controle da poluição ambiental e proteção do solo, do lençol freático, das águas superficiais e da atmosfera. Todos os municípios deveriam ter um aterro para colocação do seu lixo. Dependendo do volume de lixo gerado, existem aterros que podem ser implantados sem a necessidade de um grande dispêndio de recursos, sendo acessíveis a qualquer Orçamento Municipal.

Pressione o prefeito e os vereadores de sua cidade a implantarem um aterro sanitário o mais rápido possível, para armazenamento do lixo. Não aceite desculpas, como falta de recursos: o aterro sanitário é tão necessário à manutenção da saúde em seu município quanto as demais atividades do governo municipal.

A eliminação e possível reaproveitamento do lixo são um desafio ainda a ser vencido pelas sociedades modernas. Qualquer iniciativa neste sentido deverá absorver, praticar e divulgar os conceitos complementares de REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO e RECICLAGEM.



Coleta Seletiva de lixo é um processo que consiste na separação e recolhimento dos resíduos descartados por empresas e pessoas. Desta forma, os materiais que podem ser reciclados são separados do lixo orgânico (restos de carne, frutas, verduras e outros alimentos). Este último tipo de lixo é descartado em aterros sanitários ou usado para a fabricação de adubos orgânicos.

No sistema de coleta seletiva, os materiais recicláveis são separados em: papéis, plásticos, metais e vidros. Existem indústrias que reutilizam estes materiais para a fabricação de matéria-prima ou até mesmo de outros produtos.

Pilhas e baterias também são separadas, pois quando descartadas no meio ambiente provocam contaminação do solo. Embora não possam ser reutilizados, estes materiais ganham um destino apropriado para não gerarem a poluição do meio ambiente.

O lixo hospitalar também merece um tratamento especial, pois costuma estar infectado com grande quantidade de vírus e bactérias. Desta forma, é retirado dos hospitais de forma específica (com procedimentos seguros) e levado para a incineração em locais especiais.

A coleta seletiva de lixo é de extrema importância para a sociedade. Além de gerar renda para milhões de pessoas e economia para as empresa, também significa uma grande vantagem para o meio ambiente uma vez que diminui a poluição dos solos e rios. Ela também contribui significativamente para a vida útil do aterro sanitário, uma vez que a quantidade de resíduos que será descartado para o aterro é menor. Este tipo de coleta é de extrema importância para o desenvolvimento sustentável do planeta.
 
Saiba mais:
 
OS 4 R'S EM AÇÃO
O Por quê Reciclar?

Leonardo, agradeço sua participação e dedicação para fazer o texto.

sábado, 29 de maio de 2010

Unidade de Conservação em Bertioga - Boas notícias


Mais um e-mail que eu recebi e também vou publicar aqui. Dessa vez da WWF relatando os avanços para a criação de uma unidade de conservação em Bertioga. O link para a manifestação on line, já estava disponível por aqui e também pode ser encontrado na barra lateral do blog nos links de "Petições". Seguem as novidades:



Reunião definirá prazos para criação de unidades de conservação em Bertioga

27 de maio é o Dia da Mata Atlântica. E uma boa notícia é que a Fundação Florestal de São Paulo está dando andamento ao processo de criação da unidade de conservação em Bertioga.

Após decreto de limitação administrativa provisória, ou congelamento da área de 8.025 hectares proposta para unidade de conservação (UC) em Bertioga, litoral paulista, a Fundação Florestal de São Paulo agendou uma reunião na Prefeitura para deliberação de prazos e metas do processo, que, até agora, corre dentro do tempo limite. Foram convidados para o encontro vereadores e secretários do município, órgãos ambientais da Baixada Santista, membros do governo federal e do Ministério Público, além de ONGs e demais instituições interessadas.

A reunião na sede da Prefeitura está marcada para o dia 31 de maio, às 14h. De acordo com o diretor-executivo da Fundação Florestal, José Amaral Neto, esta é uma convocação ampla para todos os setores, com o objetivo de chamar a atenção para os prazos do governo. Segundo ele, o processo, iniciado em 22 de março, tem sete meses para ser finalizado.

A reunião, de acordo com a assessoria de imprensa da Fundação, é para apresentar as reivindicações feitas para a área até agora, além de determinar um prazo limite para o envio de demais propostas. Feito isso, o desenho final do polígono pode ser formulado. Também deverão ser estabelecidas datas para as próximas audiências públicas, que devem acontecer em junho.

A unidade de conservação só é decretada após a definição do desenho da área e da categoria de manejo. O diretor da Florestal afirma que esse tempo antes do decreto é para aprimorar o processo: “Estamos em fase de conclusão de estudos fundiários, análise de pedidos de criação de RPPNs e levantamento dos proprietários. A própria Prefeitura também tem áreas adicionais a incluir (na UC). Então, a ideia é melhorar a ação, mas a decisão política já foi tomada, não tem como voltar atrás”, afirma Neto.

Enquanto isso, devem ser feitas reuniões para aprofundamento dos estudos, com elaboração e apresentação de novas propostas, e as manifestações devem continuar. “Atividades como o abaixo-assinado são importantíssimas para frisar a importância do ato”, comentou José Amaral Neto.

O diretor da Fundação Florestal referiu-se à ação lançada na internet pelo WWF-Brasil, em 23 de fevereiro, para colher assinaturas em favor da criação da unidade de conservação em Bertioga. O resultado da primeira fase da mobilização foi entegue ao secretário estadual de Meio Ambiente, Xico Graziano, em 30 de março pela coordenadora do Programa Mata Atlântica, Luciana Simões. O abaixo-assinado continua ativo no site.

“Ainda temos muito trabalho pela frente. Acompanharemos todo o processo e ficaremos atentos às datas das audiências públicas para informar e mobilizar a sociedade para participar dessa fase importante”, informa Luciana Simões.

Novo apoio

No Viva a Mata 2010, evento promovido pela fundação SOS Mata Atlântica no último fim de semana, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, os surfistas da ONG Ecosurfi também levantaram a sua bandeira. Os manifestantes levaram ao estande da instituição o abaixo-assinado em tecido, além de distribuírem folders sobre o movimento e orientarem os presentes a contribuírem com a assinatura online no site do WWF-Brasil. Segundo João Malavolta, dirigente da ONG, essa foi a maneira encontrada pelos praticantes de surf de apoiar a criação da unidade de conservação.

A Ecosurfi também foi convidada a participar da reunião na Prefeitura na próxima segunda-feira. O movimento é pela preservação de uma das mais importantes áreas de Mata Atlântica no estado, e deve reforçar a proteção de parte da restinga paulista, ecossistema que abriga rica biodiversidade e está vulnerável à pressão imobiliária e turística.

O congelamento da área é um primeiro passo para o estabelecimento da UC, e significa que ela fica bloqueada para atividades que impliquem em degradação ambiental, corte raso de floresta ou vegetação nativa e implantação de áreas de reflorestamento para fins comerciais.

Você pode apoiar a criação de área protegida em Bertioga e manter-se informado sobre os desdobramentos dessa ação. Ainda está em tempo. Participe! Clique no link abaixo:


Participe e divulgue para seus amigos!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Resposta de ALDO REBELO para os manifestantes da Campanha do Greenpeace

Aproveitando o tema ALTERAÇÃO DO CÓDIGO FLORESTAL, achei pertinente publicar aqui a resposta de Aldo Rebelo, que eu e todos os manifestantes que assinaram a petição do Greenpeace "Aldo deixe nossas florestas em paz", recebemos por e-mail. Segue na íntegra:


Prezados,

Agradeço pelas opiniões, sugestões e críticas que tenho recebido de todos os que se manifestaram por meio do abaixo-assinado da ONG Greenpeace.

Muitas pessoas, em suas respostas, referiram-se aos temas Reserva Legal (RL) e Área de Preservação Permanente (APP).

A Comissão Especial do Código Florestal ouviu 378 pessoas, entre representantes de ONGs, universidades, órgãos ambientais e agricultores, em 18 Estados da federação. Do inventário de problemas, foram exatamente a RL e a APP que se destacaram pela intensidade com que foram abordadas.

Como relator da Comissão, apresentarei nesta mensagem as visões e as possíveis soluções em torno dos dois temas.

A RL é, coincidentemente, o instituto mais antigo do Direito Ambiental brasileiro. Data de antes da Independência do Brasil, quando foi proposto pelo patriarca José Bonifácio de Andrada e Silva. Trata-se da área da propriedade rural que não pode ser utilizada para a agricultura ou pecuária, devendo permanecer intocada.

Bonifácio propôs a RL como forma de dispor de madeira acessível para a construção naval, civil e fonte de energia. Naquele período, as propriedades chamadas sesmarias eram medidas em léguas, muito diferente da atual estrutura fundiária do País. A RL também é ocorrência única no Direito Ambiental, vez que não consta de nenhuma legislação europeia, nem da norte-americana, o que dificulta qualquer tentativa de direito comparado.

A RL no Brasil foi definida no Código de 1965 na proporção de 20% para a Mata Atlântica e para o Cerrado e 50% para a Amazônia. Depois, no caso da Amazônia, a área de RL foi ampliada para 80%.

Acontece que, por políticas do próprio governo, essas áreas de RL nunca foram respeitadas. Há casos de recusa de financiamento público para proprietários que não ocuparam toda a sua propriedade. Na Amazônia Legal, onde se misturam biomas diversos, áreas que tinham autorização para 20% de RL de repente passaram para o regime de 80%.

Acrescente-se que, em alguns casos, a atividade econômica torna-se absolutamente inviável em apenas 20% da área total adquirida pelo proprietário, ou seja, para utilizar 200 hectares, são necessários 1 mil.

As alterações na legislação e a exigência da recuperação de áreas já ocupadas em pequenas propriedades trouxeram consequências sociais de tal gravidade que obrigaram o governo, por Decreto, a adiar a entrada em vigor de alguns dispositivos legais.

Entre essas consequências, figuram o risco da reconcentração da propriedade da terra pela inviabilização econômica dos pequenos e médios agricultores e o risco de desnacionalização da terra no Brasil, uma vez que os custos ambientais tornam-se insustentáveis para os agricultores locais mas viáveis para investidores de outros países.

O Brasil possui 5,2 milhões de propriedades, das quais 3,8 milhões de até quatro módulos fiscais, que são consideradas pequenas. As grandes respondem por uma produção pautada principalmente para a exportação, e as médias variam de acordo com cada região do País.

As propostas de solução para o impasse apresentam diferenças importantes.

O professor Sebastião Renato Valverde, da Universidade Federal de Viçosa, simplesmente defende o fim da RL, o que não corresponde ao meu ponto de vista. Estou disposto a manter a RL no meu relatório, adaptando-a à realidade econômica e social do campo brasileiro. Creio, entretanto, importante que vocês conheçam a opinião do professor da UFV (quem se interessar, pode solicitar artigos do professor para meu gabinete).

Há ainda quem defenda que as pequenas propriedades sejam isentadas da obrigação de RL, permanecendo apenas a exigência da APP para a proteção do solo e dos recursos hídricos.

Outros advogam que a RL seja transferida da referência da propriedade para o bioma e a bacia hidrográfica. Os rios de primeira geração (aqueles que desaguam no oceano), seus afuentes (segunda geração) e o afluente do afluente (terceira geração) teriam, além da APP, a RL anexa.

Os técnicos e cientistas que defendem essa posição o fazem a partir da convicção que, próxima dos rios, as RL’s cumpririam a função de corredor ecológico, sustentando a reprodução da fauna, mesmo na cadeia alimentar necessária para os mamíferos superiores. Além disso, protegeriam a flora em escala mais eficaz do que pequenas RL’s distribuídas por propriedades.

Outros afirmam que a unidade a ser protegida por RL deve ser o bioma, pouco importando se 80% da Amazônia está preservada em propriedades, parques nacionais, unidades de conservação, RL’s coletivas e assim por diante.

Como se vê, é possível encontrar soluções criativas e adequadas para proteger a natureza e os produtores brasileiros de alimentos para o mercado interno e para exportação.

A APP, como já disse na carta anterior, está voltada para defender a fragilidade do solo e da água, embora seja insuficiente para alcançar esses objetivos sozinha. Vi casos de represas cercadas de uma bela e verde APP, mas cuja água recebe o esgoto de centenas de milhares de pessoas. Essa APP não conseguiu proteger a água.

Pesquisadores da Embrapa questionam duramente a ideia da mata ciliar, aquela que protege as margens dos rios, riachos e lagoas, ter o parâmetro único da medida em metros. Eles opinam que a largura da APP deve considerar a natureza do terreno da margem do rio e do solo que a constitui. Quanto maior o declive do terreno, maior deve ser a mata ciliar, argumentam. Da mesma forma, quanto mais frágil o solo (tipo arenoso), também maior deve ser a proteção. Em sentido inverso, sustentam que em terreno plano e de solo consistente (argiloso) a APP pode ser proporcionalmente reduzida. Aconselho que as medidas para a mata ciliar derivem de estudos técnicos em boa parte disponíveis, e não de uma proposta aleatória, sem referência na realidade.

Disponho da exposição do pesquisador Gustavo Ribas Cursio, que trata do assunto e que vocês também podem solicitar.

Atenciosamente,

Aldo Rebelo

Obs.1: Aos que solicitaram informações sobre a ONG Greenpeace, segue abaixo uma esclarecedora entrevista publicada na revista Veja.

Obs.2: O jornal Valor Econômico publicou uma entrevista comigo sobre Código Florestal. Está em http://www.aldorebelo.com.br/?pagina=entrevistas



REVISTA VEJA

Edição 1338, ANO 27, 4 de maio de 1994


OS PODRES DOS VERDES

O autor de três filmes com ataques contra o Greenpeace diz que a maior entidade ecológica do mundo tem contas secretas, é corrupta e mentirosa

André Petry

O islandês Magnus Gudmundsson, 40 anos, já plantou muitas árvores na vida. Na juventude, fazia excursões a uma região da Islândia, país situado no extremo do Hemisfério Norte, só para plantá-las. “Devido ao frio, temos poucas árvores. Mas se plantadas, elas sobrevivem. Na região a que eu ia hoje há uma pequena floresta”, diz. O jovem ecologista tornou-se o inimigo número 1 do Greenpeace, a barulhenta organização ecológica com 5 milhões de filiados em trinta países. Jornalista, Gudmundsson foi escalado em 1984 para cobrir uma eleição na Groelândia. Lá, viu o estrago que uma campanha do Greenpeace estava provocando nos esquimós co a proibição da caça da foca. Tomou um empréstimo no banco e produziu um documentário, em 1989, denunciando a entidade: “A intenção era fazer só um. Mas o Greenpeace passou a me atacar onde pode. Agora, estou empenhado em mostrar que eles não produzem consciência ecológica. Produzem manipulação e histeria”, afirma.

Em 1993, fez outros dois, um deles agraciado como o melhor documentário do ano na Escandinávia. Todos são reportagens com pesadas acusações ao Greenpeace. Com a exibição dos documentários, que lhe renderam no total 50 000 dólares, Gudmundsson tem causado estragos ao Greenpeace. “Na Suécia, o Greenpeace tinha 360 000 militantes. Já perdeu um terço. Na Dinamarca, o número caiu à metade. Na Noruega nem existe mais. Eles só têm meia dúzia de funcionários no escritório de Oslo”, diz.

Na briga, Gudmundsson desembarca nesta semana no Brasil para colher material para um quarto documentário. Já mandou cópia de seus filmes ao Brasil, mas nunca teve notícia de seua exibição. Casado com uma historiadora, pai de um rapaz de 20 anos e de uma menina de 15, Gudmundsson vive com a sua família em sua cidade natal, Reikjavik, a capital da Islândia. É dono de uma produtora de vídeo, que trabalha para empresas privadas. Na semana passada, ele deu a seguinte entrevista a VEJA:

Veja – O Greenpeace é uma organização ecológica séria?

Gudmundsson – O Greenpeace se apresenta como uma entidade que quer proteger o meio ambiente. Na verdade, é uma multinacional que busca poder político e dinheiro. E vai muito bem. Tem poder, uma enorme influência na mídia no mundo inteiro e recolhe 200 milhões de dólares por ano. David McTaggart, que presidiu o Greenpeace por doze anos, é o dono da entidade. A marca Greenpeace está registrada no nome dele na Câmara de Comércio de Amsterdã, na Holanda.

V – É uma empresa privada?

G – Sim. Quem quiser fundar um escritório do Greenpeace tem de pagar ao senhor McTaggart pelo uso da marca. Funciona como um sistema de franquia. O Greenpeace é o McDonald’s da ecologia mundial. Cada escritório no mundo é obrigado a mandar um mínimo de dinheiro por ano para Amsterdã, a sede do Greenpeace International. Oficialmente, deve mandar 24% do que arrecada. Também existe uma cota mínima de contribuição. Só que é tão alta que há escritórios, como o da própria Holanda, que chegam a mandar 60% do que recolhem. Quem não faz dinheiro cai fora. Na Dinamarca, eles demitiram o pessoal todo. Na Austrália também.

V – Não é um meio lícito de sustentar a organização?

G – Deveria ser. Mas no Greenpeace há desvio e lavagem de dinheiro. Quem diz isso é Franz Kotter, um holandês que foi contador da entidade em Amsterdã. Kotter mexia com o dinheiro em contas bancárias secretas. O Greenpeace tem pelo menos dezessete contas secretas em nome de entidades também secretas. O governo francês pagou ao Greenpeace 20 milhões de dólares de indenização por ter afundado o navio Rainbow Warrior, na Nova Zelândia, em 1985. O dinheiro foi depositado na conta do Greenpeace em Londres, mas não ficou lá nem trinta segundos. Foi transferido para uma conta secreta no Rabo Bank, na Holanda. Essa conta está no nome de uma entidade chamada Ecological Challenge. Examinando os registros, descobrimos que a entidade pertence ao senhor McTaggart. Kotter diz que há pelo menos 70 milhões em contas secretas.

V – O Greenpeace engana os 5 milhões de pessoas que são filiadas à entidade?

G – Eles enganam mais do que 5 milhões de pessoas. Existe um bom exemplo disso. Em seus filmes, manipulam o público produzindo cenas forjadas. Foi o que fizeram em 1978, no Canadá. É a cena de um caçador torturando um filhote de foca. O caçador puxa uma corda arrastando a foca pela neve, deixando um rastro de sangue, enquanto a mãe-foca dá pinotes atrás da cria, querendo alcança-la num gesto de desespero. Em seguida, há um close na cara da foca-mãe. O bicho aparece com um olhar quase humano de tristeza. Qualquer espectador fica indignado com o que vê. Mas, através de um computador da Otan que analisa fotos de satélites, foi possível provar que a cena não era um flagrante de trinta segundos, como o Greenpeace dizia. O computador analisou a extensão das sombras na neve e chegou à conclusão de que a filmagem durou entre duas e três horas. Era um vídeo para mostrar o tratamento cruel que os caçadores infligiam às focas. Mas quem organizou a tortura foi o Greenpeace.

V – Esse episódio não pode ser uma exceção?

G – A armação é uma prática. Em 1986, houve outra, O pessoal do Greenpeace pegou um grupo de adolescentes na Austrália e, por duas semanas, promoveu bebedeiras com os jovens. No fim, convenceram o grupo a matar e torturar cangurus. Os jovens estavam bêbados. Aliás, quem filmou a “matança de cangurus” foi o mesmo câmera da armação das focas, Michael Chechik. A cena é horripilante. O grupo maltrata os cangurus e corta a barriga de uma fêmea para retirar de seu útero um feto que se mexe freneticamente. É impressionante. Na ano passado, o porta-voz do Greenpeace na Suécia, Goakim Bergman, admitiu num programa de televisão que a cena fôra forjada. Eles promovem as atrocidades a atribuem-nas aos nativos para promover a sua causa. É um absurdo e uma incoerência. Se a causa é boa, não é preciso manipular.

V – Evitar matança de focas ou cangurus não é uma boa causa?

G- Não sou contra a ecologia. Sou contra a manipulação e a mentira. Com essa farsa, que tipo de consciência mundial ecológica esses grupos estão ajudando a criar? Não é consciência, é histeria. Eles ajudam as pessoas a pensar que estamos à beira de uma catástrofe planetária. Muita gente, embalada por essa balela, dá dinheiro para esses grupos. Gostaria que estivessem dando dinheiro para a pesquisa científica. É a partir dela que se encontrarão as soluções para os problemas ambientais. E não pelo enriquecimento de tipos sem escrúpulos, como David McTaggart, que usa a ecologia para ganhar dinheiro.

V – O senhor tem provas disso?

G – A vida dele é a prova. Na década de 60, o atual presidente de honra do Greenpeace saiu do Canadá e foi morar na Califórnia. Deu um golpe na mulher, na sogra e numa família do Estado do Colorado. Entrevistamos a sogra e o senhor Wells Lange, do Colorado. Só a família Lange levou um prejuízo de 10 milhões de dólares. McTaggart roubou todo mundo e sumiu. Foi reaparecer na década de 70 na Nova Zelândia. Nessa época, ficou sabendo que o Greenpeace queria um barco para fazer um protesto no Pacífico. McTaggart tinha um. Ofereceu seu barco e foi ao protesto. Depois disso, decidiu aderir à organização, afastou seus fundadores e passou a ter controle sobre tudo. Mas quem ler a biografia oficial dele feita pelo Greenpeace dará boa gargalhadas. Lá, está dito que McTaggart era uma homem de negócios bem-sucedido na Califórnia que, depois de muito rico, resolveu largar tudo para defender o planeta. Voou para a Nova Zelândia e lá entrou para a entidade, Tudo balela. Antes de ir ao protesto náutico de Greenpeace na Nova Zelândia, ele estava preso por contrabando de relógios suíços. É um picareta notório, que vive hoje numa mansão no interior da Itália.

V – O senhor não vê nenhum dado positivo no trabalho que as entidades ecológicas promovem?

G – Os grupos ecológicos são importantes e têm um papel muito sério a executar no mundo. Mas as organizações ecológicas precisam ser críveis, evitar histeria. Promover um trabalho racional e científico. Elas deveriam canalizar seus esforços para conservar o meio ambiente, e não para destruir a sobrevivência de muitas comunidades. O homem tem que viver da natureza, e não a natureza viver à custa do homem.Costumo dizer que é preciso conservar a natureza e não preservá-la. Explico. “Preservar” uma floresta significa deixá-la intocada. Mas “conservar” uma floresta implica descobrir meios de explorá-la para o bem da humanidade. Há ecologistas que desrespeitam os seres humanos. Vi uma vez, na numa reunião ecológica na França, um índio brasileiro. Levaram o índio para lá e o colocaram em exposição como um animal raro. Diziam o que devia fazer, onde sentar, quando levantar. Depois, todos ficaram tomando uísque, conversando. O índio ficou num canto, sozinho. Tive pena de sua solidão.

V – Não existe uma entidade ecológica séria?

G – Os grupos sérios que conheço atuam em âmbito local. Há um grupo seriíssimo na Noruega, por exemplo. É o Bellona, que faz trabalha contra a poluição ambiental. Faz um trabalho científico. É tão positivo que quando descobre alguma coisa errada numa indústria os primeiros a lhe dar atenção são os empresários. Um grupo ecológico não pode encarar a indústria como um monstro. As indústrias foram erguidas pelo homem porque a humanidade precisa delas. Só deve aprender como usá-las com o menor dano possível à natureza. Proibir a caça da foca na Groelândia ou a produção de madeira na Amazônia é um cinismo porque destrói o meio de vida de comunidades inteiras. Há que evitar o extermínio das focas ou a destruição da Amazônia, mas não se pode destruir o homem. A humanidade não está dividida entre os verdes e os monstros. Queremos todos sobreviver.

V – As grandes organizações ecológicas nunca trouxeram benefício?

G – O Greenpeace fez o governa da França parar de promover testes nucleares na atmosfera. Sou inteiramente a favor dessa proibição. Não sou especialista em testes nucleares, mas não me agrada a idéia de explosões nucleares, pelo prejuízo que trazem ao meio ambiente. O problema é quando isso se torna um amontoado de mentiras. Se as explosões são ruins, isso não quer dizer que a energia nuclear também o seja. Sou a favor da energia nuclear para fins pacíficos. Mas já vi propaganda ecológica mostrando um sapo de três pernas que se criou perto de uma usina nuclear nos Estados Unidos. Era mentira. Não se mostrou nenhuma evidência científica de que o defeito tenha sido provocado pela radioatividade.

V – Há mentiras sobre tudo?

G – Já se chegou ao delírio de afirmar que o Brasil destrói, por dia, na Floresta Amazônica uma área igual à da Alemanha. Fiz os cálculos. Se fosse verdade, a floresta inteira estaria no chão em menos de um mês. Também se mente sobre a caça das baleias. Venderam a idéia de que era preciso preservá-las. Há setenta espécies de baleia, e algumas nunca foram caçadas porque não dão boa carne para o consumo humano. Na virada do século, aí sim, as baleias corriam o risco e os próprios países que costuma caça-las tomaram medidas para evitar sua extinção. Essa é uma questão muito antiga, mas os ecologistas parece que tomaram conhecimento dela agora. Na década de 80, o Greenpeace, sem nenhuma base científica, inventou de proibir a caça à baleia. De lá para cá, protegeu-se tanto as baleias que meu país, a Islândia, se encontra à beira de um desastre ecológico. Elas são tão numerosas que comem 1,5 milhão de toneladas de peixe por ano, mais que todos os pescadores do país conseguiram pescar nesse período.

V – O senhor e sua família comem carne de baleia?

G – Claro. É uma tradição cultural na Islândia. É quase como proibir os brasileiros de comer arroz com feijão. Como carne de baleia sem remorso, assim como meus antepassados fizeram há milênios. Nem por isso quero o extermínio das baleias. Quero que existam, em abundância, mas a serviço da sobrevivência humana. A proibição da caça à baleia só foi aprovada por causa da corrupção dos ecologistas.

V – Como assim?

G – O Greenpeace usou 5 milhões de dólares para subornar os delegados de pelo menos seis países na Comissão Internacional de Caça à Baleia. Foram os delegados de Costa Rica, Santa Lúcia, Antígua, São Vicente, Belize e Seyschelles. Houve casos em que militantes do Greenpeace sentavam à mesa de negociações como se fossem delegados de governo. Quem conta isso é um biólogo marinho, Francisco Palaccio, que trabalhava para o Greenpeace. Ele dispunha de 5 milhões de dólares, depositados num banco das Bahamas, para subornar os delegados. Pagava viagens turísticas ao exterior para eles e suas mulheres com hospedagem em hotéis de luxo. Na década de 80, o Greenpeace conseguiu maioria para aprovar a proibição da caça à baleia. O próprio Palaccio sentou-se com a comissão como delegado de Santa Lúcia. A assessoria científica da comissão já fez um estudo alertando que a proibição da caça à baleia é uma aberração e está causando problemas ecológicos.

V – Se não são sérias, como as entidades ecológicas conseguiram tanto ao redor do mundo?

G – Eles fazem mais barulho do que recolhem apoio. Vi um protesto de jovens em Washington na frente de um restaurante que servia peixes da Islândia. O protesto acabou quando as luzes das televisões foram desligadas. Então, o Greenpeace pagou 5 dólares para cada um dos presentes e eles foram embora. Falei com alguns dos manifestantes. Muitos não sabiam a razão do protesto nem onde fica a Islândia. Isso é barulho, não é apoio. Mas, mesmo que se admita que tenham apoio, em parte isso se deve à idéia fácil que vendem. Fazem uma propaganda de tal modo que fica parecendo que quem não é ecologista é favorável à destruição da Floresta Amazônica ou quer matar todos os cangurus da Austrália. Ninguém quer isso. Nem os madeireiros da Amazônia nem os caçadores de canguru. Mas os grupos ecológicos usam argumentos emocional para defender sua causa. E, em geral, são contestados com argumentos técnicos. Os argumentos emocionais pesam mais para a maioria das pessoas. Afinal, nem todos temos informações técnicas, mas todos temos coração.

V – A propaganda de produtos naturais não ajuda a formar uma consciência ecológica?

G – Na maioria dos casos ajuda a encher os bolsos de quem vende. O ambientalismo movimenta bilhões de dólares por ano. Um executivo de uma entidade ecológica nos Estados Unidos ganha mais de 10 mil dólares por mês. Mas não são só eles. Anita Roddick, a dona da famosa Body Shop, que se vangloria de só vender cosméticos ecológicos, ganha dinheiro à beça. Estive com ela uma vez numa palestra. Ela disse que os produtos ecológicos da Body Shop não são testados em animais para não fazê-los sofrer. É mentira. Roddick vende os cosméticos nos Estados Unidos, onde a lei só permite que sejam comercializados se forem testados em animais. Ela não está preocupada com a ecologia, quer apenas fazer dinheiro.

V – O senhor não tem receio de estar sendo manipulado pro governos com interesses na caça à baleia ou indústrias poluentes?

G – Sou procurado por todo tipo de gente. Por políticos que querem manipular minha mensagem ou fabricantes que causam um dano enorme à natureza. Sou jornalista, atendo a todos os telefonemas porque podem ter informação importante para me fornecer. Mas não trabalho para ninguém nem jamais aceitei dinheiro de nenhum órgão. Como jornalista, estou procurando a verdade. Faço conferências para quem me convidar. Falo para partidos de esquerda ou direita, para empresários ou grupos ecológicos. O Greenpeace me acusa de várias coisas, dependendo do país. Na Europa, dizem que estou vinculado a esquadrões da morte latino-americanos. Nos Estados Unidos, dizem que sou anti-semita ou pertenço à seita Moon. Enfim, há de tudo.

V – O senhor gostaria que seus filhos tivessem militância ecológica?

G – Só me preocuparia se entrassem para uma entidade tipo Greenpeace. Nenhum pai ficaria tranqüilo vendo seu filho ser manipulado.

MINHA RESPOSTA

Prezado Aldo rebelo

Definitivamente não preciso do Greenpeace ou de qualquer outra ong para me orientar sobre as minhas escolhas. Mas acho bastante eficiente a existência de organizações, como o Greenpeace, que auxiliam ambientalistas de todo o país a se organizarem e assim, serem ouvidos e respeitados. Porque tenho a absoluta certeza de que não responderia meu e-mail, caso ele não estivesse ancorado por uma petição de uma ong com enorme visibilidade. Digo isso porque, inclusive, me manisfestei como pessoa física e não obtive resposta alguma.

Não acredito que o governo deva entrar numa briga de lavadeiras, tentando escrachar e denigrir uma ou tantas ongs como forma de se defender. Vocês são pagos para nos representar, não nos importa o que pensam a respeito de ongs, nosso dinheiro não vai para elas, vai para os cofres públicos e são vocês que nos devem satisfação, não o Greenpeace.

Com o empenho de Vossas Excelências para fortalecer a agricultura e pecuária, pautados, não por interesses pessoais, mas pelo crescimento do país inteiro, muitas alternativas e ações poderiam ser implantadas. Começando pela recuperação de áreas degradadas. Com a recuperação dessas áreas, poderíamos produzir e lucrar com o agronegócio e outras pessoas poderiam começar a garfar, também, a sua fatia.

Mais importante que alterar o código florestal é instaurar leis que proibam ações criminosas como devastar um grande pedaço de terra, usa-lo enquanto estiver gerando lucro e migrar, como um gafanhoto atrás de um outro lugar, assim que essas terras estiverem improdutivas e destruídas.

Incentivar, através da dedução de impostos, uma agricultura mais sustentável e orgânica. Impedir verdadeiramente grileiros de qualquer nível social, ocuparem ilegalmente hectares do bioma brasileiro para fazerem a sua fortuna pessoal.

Combater e condenar madereiros ilegais e agricultores irresponsáveis, que destróem solo, água, ecossitemas e até comunidades.

Esse é um ano de eleição e no que depender de mim, e de quem ainda pretende ver esse país crescendo, não apenas para grandes ruralistas parlamentares, mas para qualquer outra pessoa que o habite, a bancada ruralista nao se reelegerá, colocando assim, um ponto final nessas arbitrariedades imposta por meia dúzia de homens que comprometem todo o resto da população, meio ambiente e sustentabilidade.

Aliás sustentabilidade é uma palavra que está na moda, mas infelizmente nossa realidade é de uma país retrógrado, andando na contra mão desse conceito. Talvez não sejam vocês, por enquanto os nossos representantes, que vão pagar essa conta...mas é na nossas mãos, que em breve, ela vai chegar.

E só para constar: sim, eu prefiro meus filhos sendo manipulados pelo Greenpeace a enganados pelo governo ou corrompidos pelo dinheiro!

Mariana M. Thomé


Só para constar os significados de RL e APP seguem abaixo:

Reserva Legal (RL) - é a área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção da fauna/flora nativas. (art. 1°, § III da Lei nº 4.771/65 ).

Área de Preservação Permanente (APP) - Segundo o Código Florestal (Lei Federal nº 4.771/65), área de preservação permanente é toda aquela constante em seus artigos 2º e 3º, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.

Desse modo, as áreas desprovidas de vegetação também podem ser consideradas de preservação permanente.

São áreas de preservação permanente (APP), segundo o Código Florestal:

ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima será:

1 - de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura;

2 - de 50 (cinqüenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) metros de largura;

3 - de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) metros de largura;

4 - de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;

5 - de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;

ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais;

nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinqüenta) metros de largura;

no topo de morros, montes, montanhas e serras;

nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45°, equivalente a 100% na linha de maior declive;

nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;

nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;

em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação.

nas áreas metropolitanas definidas em lei.

Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando assim declaradas por ato do Poder Público, as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas:

a atenuar a erosão das terras;

a fixar as dunas;

a formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;

a auxiliar a defesa do território nacional a critério das autoridades militares;

 a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou histórico;

 a asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados de extinção;

 a manter o ambiente necessário à vida das populações silvícolas;

 a assegurar condições de bem-estar público.










Campanha SALVE O CÓDIGO FLORESTAL - AVAAZ.org

Mais uma campanha para a manifestação popular contra as alterações do Código Florestal Brasileiro, já bastante enfraquecido e pouco cumprido, defendida  pela Bancada Ruralista. Dessa vez a iniciativa é da AVAAZ.org



SALVE O CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO

1 de junho, deputados da bancada ruralista tentarão destruir o Código Florestal Brasileiro, reduzindo drasticamente as áreas de proteção ambiental e legalizando o desmatamento.


Caso aprovadas, essas emendas terão um impacto devastador no Brasil e no mundo. Por de trás desta manobra política está o lucro e expansão do agronegócio, quase sempre responsável pela desigualdade no campo, desmatamento e violência rural.

Nós sabemos que se nos unirmos, nossa voz é poderosa. Assine a petição abaixo para salvar o Código Florestal:

Aos deputados brasileiros: Nós pedimos que vocês rejeitem qualquer tentativa de alterar ou enfraquecer o Código Florestal Brasileiro. Qualquer mudança no Código deverá fortalecer as proteções ao meio ambiente e favorecer pequenos agricultores, não o grande agronegócio. Nós pedimos a vocês que protejam o patrimônio natural e o futuro do Brasil.


Clique aqui para assinar a petição e manifestar-se contra essas insanas modificações.

A petição já conta com quase 23 mil assinaturas, a meta é de 80 mil, mas o ideal seria ultrapassar bem mais este número. Assinem e divulguem.

Para saber mais sobre o que deseja a bancada ruralista com as alterações do código clique aqui.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

15º AÇÃO VOLUNTÁRIA ECOFAXINA


O Instituto Ecofaxina realizará neste domingo, dia 30 de maio de 2010, uma ação voluntária na Lagoa da Saudade a partir das 9:00 horas. Para participar basta ter boa vontade e disposição para recolher o lixo deixado por terceiros nesse pedacinho verde que ainda resta na cidade de Santos. Para conhecer um pouco mais do Instituto Ecofaxina clique aqui.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Viva Mata 2010

Nos dias 21, 22 e 23 de maio de 2010, acontecerá no Parque do Ibirapuera o Viva Mata 2010, organizado pela ong SOS Mata Atlântica, o evento conta com diversas atividades, palestras, debates e apresentações gratuítas, além da mobilização O Futuro é Nosso e o Voto Também, fruto do trabalho feito pela ong que através de uma lista reune os parlamentares que são alheios as causas ambientais e/ou empenhados na degradação do meio ambiente.

Para quem é de Sampa e para quem pode dar uma passadinha por lá, certamente vai valer a pena. Atividades para todos os gostos e a garantia de informação e conhecimento. Provemos ao mundo que para nós a natureza importa.

Programação

PALCO DO CAMINHÃO

Sexta-feira

9h – Abertura com fanfarra da Fundação Bradesco
9h30 às 11h – Atividade física com Academia Ecofit
11h – Debate Código Florestal e campanha Exterminadores do Futuro
12h30 – Debate – Gestão de Resíduos em Eventos
14h – Teatro de bonecos Bichos da Mata
15h – Bate-papo - Mata Atlântica Vai à Escola
16h30 às 18h – Bate-papo Planeta Eldorado com o ator Marcos Palmeira

Sábado

9h – Avistar no Ibirapuera – Observação de aves
10h - Monitoramento Participativo de Rios Brasileiros - Quem cuida das águas
11h30 – Roda de conversa sobre Abordagem Colaborativa com Rogério Arns
12h30 – Roda de conversa – “A Mata Atlântica é aqui”
14h – Teatro de bonecos Bichos da Mata
15h – Teatro “Os três porquinhos construindo casinhas sustentáveis” – Grupo de Voluntários Tintas Coral
16h30 às 18h – Bate-papo Planeta Eldorado com a vereadora Mara Gabrili

Domingo

9h30 – Jogos educativos
11h30 às 13h – Mobilização – O Futuro é Nosso e o Voto Também
13h às 14h30 – Atividades físicas com Academia Ecofit
14h30 - Teatro O Menino Sapo – Programa Lagamar
15h30 - Teatro de bonecos Amigos da Mata – Voluntariado SOS Mata Atlântica
16h30 às 18h – Bate-papo Planeta Eldorado com Lawrence Wahba e Renata Falzoni
18h – Ciranda de encerramento



AUDITÓRIO OCA DE PAPELÃO

Sexta-feira

9h30 - Debate: Desastres ambientais e Mata Atlântica – os casos de Santa Catarina (2008) e Angra dos Reis (2009
11h - A Mata Atlântica e as mudanças do clima no Nordeste
13h – Debate - Planos Municipais de Mata Atlântica com a Anamma
14h - Frente Parlamentar dos Vereadores do Brasil
15h – Pacto pela Restauração da Mata Atlântica: resultados e desdobramentos
16h30 às 18h – Debate - Pagamento Por Serviços Ambientais e Conservação de Bacias
18h às 20h – Encontro da Rede de ONGs da Mata Atlântica

Sábado – DIA DA BIODIVERSIDADE NO VIVA A MATA

9h - Palestra – Primatas da Mata Atlântica
10h – Estratégias de proteção da Biodiversidade – Os Mosaicos de UCs - Mosaico Carioca, Mosaico Central Fluminense, Mosaico Bocaina, Mosaico Mantiqueira
12h – Palestra e lançamento de publicação – Biodiversidade nas Reservas Particulares
13h – Palestra - Diversidade e Conservação de Peixes Marinhos na Costa Brasileira
14h – Palestra – Conhecendo a biodiversidade marinha do Atol das Rocas, RN
15h – Palestra - Diversidade e Conservação de Corais no Brasil
16h – Biodiversidade Marinha a Serviço do Turismo Sustentável: A experiência de Tamandaré – APA Costa dos Corais, Pernambuco
17h – Palestra : Manguezal: Floresta das Marés

Domingo

9h30 – Debate sobre Plataforma Ambiental
11h30 às 13h – Mobilização – O Futuro é Nosso e o Voto Também
13h – Palestra – Rumo à Economia verde e solidária – Ecosfera 21
14h – Debate – Biodiversidade e Urbanismo
15h - Debate - Uma rede de gestores para proteger a Mata Atlântica do Nordeste
16h – Lançamento do Guia Plantando Cidadania
17h – Novo Clickarvore – palestra e lançamento de livro sobre os 10 anos do programa
18h – Ciranda de encerramento


Participem!!!

Mais informações no site da organização: Viva Mata 2010





sexta-feira, 14 de maio de 2010

Top 10 dos países que estão matando o Planeta

Essa postagem foi extraída do blog do Instituto Ecofaxina, o qual indico pelo trabalho sério e comprometido a favor do meio ambiente, aqui na Baixada Santista, local tão degradado e tratado com tanto descaso pela população que por aqui mora ou que aqui, apenas visita.

O texto revela quais são os países que mais estão destruindo o nosso planeta...e que ninguém nunca mais me venha com essa historinha de que o Brasil é um dos países que mais preserva suas reservas...porque isso é mentira!

"A crise ambiental que afeta o planeta atualmente é decorrente do consumo excessivo dos recursos naturais. Há considerável e crescente evidência de que a elevada degradação e perda de habitats e espécies estão comprometendo os ecossistemas que sustentam a qualidade de vida para bilhões de pessoas no mundo inteiro ", diz Corey Bradshaw, líder de um novo estudo da Universidade do Meio Ambiente Adelaide Institute, na Austrália que classificou a maioria dos países do mundo para o seu impacto ambiental.

O estudo, Avaliando o Impacto Ambiental Relativo dos Países, utiliza sete indicadores de degradação ambiental: a perda de floresta natural, a conversão do habitat, captura marinha, uso de fertilizantes, poluição da água, emissões de carbono e ameaça as espécies.

Ao contrário dos rankings existentes, este estudo evitou deliberadamente a saúde humana e dados de economicos, concentrando somente o impacto ambiental. Algumas variáveis como colheita, caça, a qualidade do habitat de recifes de coral, degradação dos habitats de água doce, pesca ilegal, padrões de ameaça em invertebrados e algumas formas de emissão de gases foram excluídos devido à falta de dados específicos de cada país.

Duas classificações foram criadas: o ranking "proporcional" de impacto ambiental, onde o impacto é calculado em relação a disponibilidade de recursos total, e um "absoluto" avaliação de impacto ambiental que mede a degradação ambiental total em uma escala global. Foram listados aqui os dez países mais agressivos para o impacto ambiental absoluto, aqueles que estão causando o maior dano, independentemente de cálculos per capitos.

O estudo, em colaboração com a Universidade Nacional de Singapura e da Universidade de Princeton, descobriu que a riqueza total do país foi o vetor mais importante de impacto ambiental. "Nós correlacionamos os rankings contra três variáveis sócio-econômicas (tamanho da população humana, a renda nacional bruta e da qualidade de governança) e constatamos que a riqueza total foi a variável mais importante para explicar que quanto mais rico, maior o seu impacto ambiental médio," disse o professor Bradshaw. "Há uma teoria de que com o aumento da riqueza, as nações têm mais acesso a tecnologias limpas, se tornam mais consciente ambientalmente e o impacto ambiental começa a declinar. Isso não foi verificado.", acrescentou.

10. Peru


Embora o Peru não pareça ser capaz de causar impacto ambiental maior que os países industrializados, esse país da América do Sul ocupa a 10ª posição geral. Dos 179 países, o Peru ocupa a 2ª posição em captura marinha e 7ª posição em espécies ameaçadas. Os excessos na pesca e o comércio ilegal de espécies ameaçadas de extinção parecem ser os culpados: A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção (CITIES) enumera no Perú dez espécies de animais como criticamente em perigo (como a chinchila de cauda curta foto acima), o último passo antes da extinção, 28 espécies em perigo e 99 como vulneráveis.

9. Austrália

Cerca de 11,5 por cento da área total da Austrália está protegida, o que deixa muita sobra para o uso desenfreado, que é como o país ocupa o 7ª posição em pior conversão de habitat. O país ainda ocupa a 9ª posição em uso de fertilizantes, e 10ª posição em perda de floresta natural.

8. Rússia

Menos da metade da população da Rússia tem acesso a água potável. Embora a poluição da água proveniente de fontes industriais tenha diminuido devido ao declínio na produção, os resíduos urbanos e a contaminação nuclear cada vez mais ameaçam as principais fontes de abastecimento de água deixando a Rússia na 4ª posição em poluição da água. A Rússia ainda ocupa a 5ª pior qualidade nas emissões atmosféricas - o CO2 é quase tão ruim quanto à qualidade da água, com mais de 200 cidades, muitas excedem os limites de poluição da Rússia. O país ocupa a 7ª posição em captura marinha.

7. Índia

De acordo com o Wall Street Journal, em um esforço para impulsionar a produção de alimentos, ganhar votos do agricultor e estimular a indústria nacional de fertilizantes, o governo aumentou o subsídio de fertilizantes de uréia ao longo dos anos, pagando cerca de metade dos custos da indústria nacional na produção. O excesso de ureia é tão degradante para o solo que produz em algumas culturas estão caindo. A Índia ocupa a 2ª posição em uso de fertilizantes, a 3ª posição em poluição da água, com uma crescente competição pela água entre os vários setores, incluindo agricultura, indústria, doméstico, potável, geração de energia e outros, isso está levando este precioso recurso natural ao esgotamento, enquanto o aumento da poluição ocasiona a destruição do habitat da vida selvagem que vive no interior. Ocupa ainda a 8ª posição em mais três áreas: espécies ameaçadas, captura marinha e emmissions CO2.

6. México

O México tem mais espécies de plantas e animais do que qualquer outro país: 450 de mamíferos (o Brasil, que é mais do que o dobro do tamanho do México tem apenas 394 espécies de mamíferos), cerca de 1000 aves, 693 répteis, 285 anfíbios e mais de 2.000 peixes. A partir de meados dos anos 1990, muitas espécies eram conhecidas por já estarem ameaçadas: 64 mamíferos, 36 aves, 18 répteis, três anfíbios e 85 peixes. O país demorou muito para aderir à Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES). O acordo internacional, principal para parar o comércio de ameaçadas e em perigo de plantas e animais, em vigor desde 1975, em 1991 a nação latino-americana foi a última a ingressar. É talvez por causa desses fatores que o México ocupa a 1ª posição em espécies ameaçadas. Uma das muitas razões? O país ocupa a 9ª posição em perda de floresta natural.

5. Japão


O Japão ocupa a 4ª posição em captura marinha. Em 2004, a população adulta de atum do Atlântico capazes de desova havia caído para cerca de 19% do nível de 1975 no Japão, que tem 1/4 da oferta mundial das cinco espécies grandes de atum: Atum azul, atum azul do sul, atum bigeye, atum amarelo e albacora. Após a moratória sobre a caça comercial à baleia em 1986, o governo japonês começou a sua "caça às baleias para fins de pesquisa" no ano seguinte, o que resultou em casos documentados de "carne de baleia científica" acabarem em bandejas sashimi. O Japão ocupa a 5ª posição em conversão de habitats naturais e em poluição da água, e 6ª posição em emissões de CO2.

4. Indonésia


Segundo a Global Forest Watch, a Indonésia era ainda densamente florestada em 1950, mas 40% das florestas existentes em 1950 foram derrubadas nos 50 anos seguintes. Em números redondos, a cobertura florestal caiu de 162 milhões de hectares para 98 milhões de hectares. Por causa disso, a Indonésia ocupa a 2ª posição em perda de florestas naturais, o que provavelmente tem relação com a sua 3ª posição em espécies ameaçadas. A Indonésia ocupa ainda a 3ª posição em emissão de CO2, 6ª em captura marinha, 6ª em uso de fertilizantes, e 7ª posição em poluição da água.

3. China

As águas costeiras da China estão cada vez mais poluídas por tudo, desde petróleo a pesticidas e esgoto, fazendo da China o 1º colocado em poluição da água. Na China 20 milhões de pessoas não têm acesso à água potável, mais de 70% dos rios e lagos estão poluídos e incidentes graves de poluição ocorrem frequentemente. A Organização Mundial de Saúde estimou recentemente que cerca de 100.000 pessoas morrem anualmente pela poluição da água e doenças relacionadas. A China é campeã em sobrepesca, 1ª posição em captura marinha. Acrescente a isso a 2ª posição lugar em emissões de CO2 e 6ª posição em espécies ameaçadas, o que leva a China ao bronze em impacto ambiental. As agências chinesas de proteção ambiental não têm autoridade, recursos financeiros e humanos suficientes. Quando há conflitos entre a protecção ambiental e o desenvolvimento econômico, muitas vezes perde a primeira para a segunda.

2. E.U.A.

Você acha que com toda a inteligência e os recursos que este país tem, seria um pouco melhor do que segundo lugar. Embora tenha uma posição respeitável em conversão de habitat natural (211), essa honra é apagada pela péssima classificação do país em outras áreas. Galopando na 1ª posição em uso de fertilizantes, a aplicação excessiva deste país de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) como fertilizantes resulta na lixiviação destes produtos químicos em corpos d'água, removendo, alterando ou destruindo os habitats naturais. Os E.U.A. também levam a 1ª posição em emissões de CO2, 2ª posição em poluição da água, 3ª posição para captura marinha, e 9ª posição em espécies ameaçadas. No momento o orgulho não é um sentimento americano.

1. Brasil

Em todas as sete categorias consideradas para o relatório, o Brasil ficou no top dez para todas, menos captura marinha: 1ª posição em perda de floresta natural, 3ª posição em conversão de habitats naturais, 3ª posição em uso de fertilizantes, 4ª posição em espécies ameaçadas, 4ª posição em emissões de CO2, e 8ª posição em poluição da água. Qual é a conta para todas estas áreas de impacto ambiental intenso?

Uma grande parte do desmatamento no Brasil pode ser atribuída à floresta amazônica, o desmatamento para pastagens por interesses comerciais e especulativos, as políticas governamentais equivocadas, projetos inadequados do Banco Mundial, e exploração comercial dos recursos florestais. Soja e cacau, bem como a pecuária, têm tido um efeito de longo alcance. Enquanto que a Mata Atlântica do Brasil, um dos ecossistemas mais diversificados do mundo, foi convertida em plantações de rápido crescimento (principalmente de eucalipto não-nativos) para matéria-prima do papel.


Ranking Proporcional

O índice proporcional, que leva em consideração o impacto, proporcional aos recursos disponíveis no país, classifica como os dez países criando o maior impacto ambiental negativo: Cingapura, Coréia, Qatar, Kuwait, Japão, Tailândia, Bahrain, Malásia, Brasil e Países Baixos.

Segundo o estudo a partir do qual ambos os rankings foram criados, "a continua degradação da natureza, apesar de décadas de advertência, juntamente com a crescente população humana (atualmente estimada em cerca de 7 bilhões e projetada para alcançar 9 a 10 bilhões em 2050), sugerem que a qualidade de vida humana pode diminuir substancialmente no futuro próximo. O aumento da concorrência por recursos, portanto, poderia levar a guerras freqüentes. A contínua degradação ambiental mostra que os países precisam encontrar soluções urgentemente ser identificados para que possam ser assistidos na conservação e restauração ambiental."

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Ajude a escolher o banner deste blog

O blog terá banner novo!

Para a minha sorte fui presenteada com três modelos diferentes e simplesmente não consigo escolher um só.
Portanto nada mais justo que dividir essa tarefa com os leitores, seguidores e simpatizantes deste blog.

A votação está aberta e vai durar dois meses...até lá os banners serão trocados todas as semanas para ajuda-los a se decidirem também. E eu estou adorando essa idéia de poder exibir os três.

Banner 1 - Folhas e papel reciclado





Banner 2 - Folhas secas





Banner 3 - Gota com Planeta Terra





Para votar basta escolher e clicar numa das três opções na enquete do lado direito do blog.

O criador dos banner é um velho amigo, seu nome é Thiago Cayres.

O Thiago é publicitário e diretor de arte da Agência de Publicidade M51 em Campinas.

Para conhecer mais do trabalho dele clique aqui

O Thiago também é o diretor de arte responsável por essa campanha da Unimed Campinas para o Dia Mundial da Saúde. Adorei esse trabalho e como a proposta tem tudo a ver com o blog, estou divulgando por aqui também.


M51
Diretor de Arte: Thiago Cayres
Redator: Marcelo Sguassabia

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