"Vivo da floresta, protejo ela de todo o jeito, por isso vivo com a bala na cabeça a qualquer hora, porque vou para cima, eu denuncio. Quando vejo uma árvore em cima do caminhão indo para uma serraria me dá uma dor. É como o cortejo fúnebre levando o ente mais querido que você tem, porque isso é vida para mim que vivo na floresta e para vocês também que vivem nos centros urbanos."

Zé Claudio, assassinado em maio de 2011.



quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Natureza 1 X 0 Setor Imobiliário

Boas Notícias!



UCs em Bertioga a um passo da criação

Por 27 votos favoráveis, um voto contra e uma abstenção, o Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Consema) aprovou hoje a criação do Parque Estadual Restinga de Bertioga, com 9.264,42 hectares, e da Área de Relevante Interesse Ecológico Itaguaré, com 58 hectares, ambos no município de Bertioga.

Conforme o diretor-executivo da Fundação Florestal de São Paulo, José Wagner Neto, o texto recebeu pequena alteração para permitir a captação de água para abastecimento público nas áreas protegidas e segue para a Casa Civil do Estado. Em seguida receberá a assinatura do governador e só então será publicado no diário oficial.

"A expectativa é de que a criação seja concretizada este ano. Havia estudos com quase 30 anos para a proteção daquela área, medida que se tornou possível com um processo participativo e apoio do WWF-Brasil. Hoje é um dia importante para a conservação da Mata Atlântica em São Paulo", afirmou José Wagner Neto.

A criação das unidades de conservação em Bertioga é uma prioridade do WWF-Brasil, que promoveu uma série de ações públicas e via Internet. As áreas protegidas também fazem parte da lista de prioridades da campanha Cuidar da natureza é cuidar da vida.

As áreas que receberão proteção oficial abrigam rica biodiversidade e estão vulneráveis à pressão imobiliária e turística. Além de proteger rios que abastecem a região e espécies ameaçadas e exclusivas do bioma, as unidades conservarão a planície que faz conexão com o Parque Estadual da Serra do Mar.

"Em vez de milhares de hectares, ou mesmo milhões de hectares, como temos na Amazônia, resta tão pouco da Mata Atlântica que devemos preservar e comemorar a criação de novas áreas protegidas, mesmo que medidas em metros quadrados", ressalta Cláudio Maretti, superintendente de Conservação do WWF-Brasil.


Importante lembrar que essa vitória só foi possível pela ação coletiva de várias ongs ambientais, que se uniram a favor da mesma causa.
E o mais legal é saber que quando eu for para lá, vou encontrar verde e não um aglomerado de condomínios cinzas de luxo, que permanecem desocupados na maior parte do ano.

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