Corrida para o desmatamento

As alterações do código florestal nem chegaram ao Senado, mas a corrida, liderada pelos ruralistas, rumo a devastação absoluta já começou!

Estados como Minas Gerais e Tocantis já perceberam considerável aumento por autorizações para o desmatamento por parte dos fazendeiros.

O relatório de Aldo Rebelo, aprovado pela comissão especial dos deputados, estabelece  uma moratória de cinco anos para novos desmatamentos. Ainda assim tanto Kátia Abreu quanto o próprio Aldo Rebelo consideram legítimas as reivindicações de seus amigos donos de terras.

Denílson Bezerra, diretor de Florestas do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), acredita que os desmatamentos ilegais no Tocantins devem aumentar - porque não importa o que dizem as leis e o quanto trabalhem o IBAMA e a Polícia Federal, se o produtor quer, o produtor desmata...e anos depois recebe sua anistia e entoa um coro de vozes que clamam que a pecuária e a agricultura são a salvação do país, que graças a eles nós vamos crescer, uma pena que todo esse crescimento não chegue em todas as portas brasileiras.

Eles querem trabalhar mais para exportar mais e receber dos gringos. Recentemente o Porto de Santos sucumbiu...o congestionamento por aqui era dos navios. Não conseguimos dar conta de exportar todo o açúcar necessário. Somos incompetentes.

Ainda assim eles querem desmatar mais, aumentar suas terras de milionários para exportar mais. Para onde? Europa e Estados Unidos, países que eles criticam pela interferência quando o assunto é preservação; países que eles condenam pelas práticas ambientais, numa tentativa de justificar todo o desmatamento patrocinado por nossa nação; países para onde eles correm para mendigar, suplicando para que comprem a "nossa carne".

E enquanto a mesma  Europa e  Estados Unidos mudam suas políticas de extração de petróleo, depois da catástrofe do Golfo...o Brasil  continua solitário, tomando medidas descabidas, favorecendo empresários, superfaturando obras...brincando com o dinheiro público rumo ao progresso.

E viva a democracia!

Referências:

Estadão